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    Após ser citado por Gilmar, Bretas nega ‘escândalo’ na 7ª Vara Federal Criminal

    Durante seu voto sobre a suspeição de Sergio Moro, ministro do STF atacou Bretas e a Lava Jato no Rio de Janeiro

    Leandro Resende e Paula Martini, da CNN, no Rio de Janeiro

    O juiz federal Marcelo Bretas, responsável pelos processos da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, negou, nesta terça-feira (9), que haja um “escândalo” para estourar na 7ª Vara Federal Criminal, que ele comanda há sete anos. 

    Durante seu voto a favor da declaração de que o ex-juiz Sergio Moro seja declarado suspeito para julgar o ex-presidente Lula, o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes atacou Bretas e a Lava Jato no estado. “Não sei por que esse escândalo ainda não veio à tona, mas o que se fala em torno dessa 7ª Vara é de corar também frade de pedra”, disse Mendes. 

    Bretas foi ao Twitter e afirmou que é juiz federal há mais de 23 anos, seis à frente da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, e que tem “consciência tranquila da lisura do trabalho ali desempenhado”.  

    Bretas e a Lava Jato do Rio de Janeiro entraram na mira de investigações em outubro do ano passado, quando a Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão contra o advogado Nythalmar Dias Filho, criminalista investigado por abordar clientes e vender a eles proximidade ao juiz Marcelo Bretas e com procuradores do Ministério Público Federal (MPF) que realizam as investigações.  

    Nessa abordagem, Nythalmar dizia ser capaz de “resolver o problema” de réus por corrupção, já que supostamente conhecia o juiz federal e os procuradores da Lava Jato. As apurações foram abertas pela PF em outubro de 2019. 

    Nesta terça-feira, fontes ouvidas pela CNN relataram expectativa com o rumo da investigação da PF e que podem representar uma “bomba” contra a Lava Jato do Rio de Janeiro. 

    Caso no STJ

    Em dezembro do ano passado, o caso passou a tramitar no Superior Tribunal de Justiça (STJ) por decisão do ministro Humberto Martins, que atendeu a pedido do advogado Nythalmar,  já que a investigação inclui autoridades da Procuradoria Regional da República no Rio de Janeiro, os quais detêm foro especial. 

    “O fumus boni juris está evidenciado pelos documentos juntados aos autos que indicam, em princípio, que o reclamante é advogado e está sendo investigado por ter relações supostamente ilegais com o Juiz Marcelo Bretas – responsável pela Operação Lava Jato no Rio de Janeiro e com procuradores da República que oficiam nessa força-tarefa”, disse o ministro Humberto Martins no despacho em que mudou o foro da investigação.  

    A CNN procurou o juiz Marcelo Bretas, a Associação de Juízes Federais, o Ministério Público Federal e aguarda resposta.

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