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    “196 agentes humanitários foram mortos em Gaza e queremos saber por quê”, diz secretário-geral da ONU

    Guterres também afirmou que espera sinceramente que Israel aumente rápida e efetivamente o acesso de ajuda à Faixa de Gaza

    Michelle Nicholsda Reuters

    O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou, nesta sexta-feira (5), que pelo menos 196 agentes humanitários foram mortos na guerra em Gaza.

    “O governo de Israel reconheceu erros”, disse Guterres. “Mas o problema essencial não é quem cometeu os erros, é a estratégia militar e os procedimentos em vigor que permitem que esses erros se multipliquem continuamente”, acrescentou.

    “Corrigir essas falhas requer investigações independentes e mudanças significativas e mensuráveis ​​no terreno”, disse ele.

    “196 trabalhadores humanitários foram mortos e queremos saber por que cada um deles foi morto”, completou.

    Guterres também afirmou que espera sinceramente que Israel aumente rápida e efetivamente o acesso de ajuda à Faixa de Gaza, descrevendo a situação no território palestino após seis meses de guerra como “absolutamente desesperadora”.

    Israel aprovou a reabertura da passagem de Erez para o norte de Gaza e o uso temporário do porto de Ashdod, no sul de Israel, depois que o presidente dos EUA, Joe Biden, exigiu medidas para aliviar a crise humanitária em Gaza, dizendo que poderiam ser impostas condições ao apoio dos EUA a Israel se isso não acontecesse.

    “Quando as portas da ajuda são fechadas, as portas para a fome são abertas. Mais de metade da população – mais de um milhão de pessoas – enfrenta uma fome catastrófica. As crianças em Gaza hoje morrem por falta de comida e água”, disse Guterres a jornalistas.

    “Isso é incompreensível e totalmente evitável”, disse ele. “Nada pode justificar a punição coletiva do povo palestino”.

    A indignação global com a crise humanitária no enclave palestino de 2,3 milhões de pessoas aumentou depois que um ataque aéreo israelense na segunda-feira matou sete pessoas que trabalhavam para a instituição de caridade norte-americana World Central Kitchen.

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