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    Mari Palma
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    Mari Palma

    Sou jornalista, com pós em moda, neurociência e comportamento. Também sou embaixadora da Marvel, fã de Friends e Beatles, 4 vezes tia e mãe de cachorro

    Planta, VTzeiro, barraqueiro: quem você seria no BBB?

    Reality entra na reta final; decisão vai ser anunciada na próxima segunda-feira (16)

    Alerta: esse texto é uma grande piração da minha cabeça. Quero saber se alguém aí do outro lado também já pensou nisso. Vamos lá.

    Esses dias, eu estava com amigos conversando sobre o BBB e as polêmicas do programa, que são muitas. Clássico de todo ano. E aí, enquanto eu ouvia o pessoal comentando as histórias e dando opinião, eu fiquei pensando muito como deve ser estar dentro do programa vivendo aquela maluquice. Mais do que isso: como a gente, aqui do lado de fora, não faz IDEIA do que é essa experiência e fica tentando analisar as situações com a régua da vida real.

    Pensa comigo: será que você, se estivesse lá dentro, seria exatamente quem você é aqui fora? EXATAMENTE? Qual o peso do confinamento na cabeça da pessoa? Como é ficar sem celular, sem informação, sem falar com a família, sem um livro pra ler por meses? Tudo isso ao lado de pessoas que você nunca viu na vida, com personalidades e realidades totalmente diferentes. Todos concorrendo a um prêmio gigantesco em dinheiro.

    Deve ser uma experiência muito intensa. MUITO. E, com certeza, mexe muito com a cabeça de quem tá lá dentro. De maneiras muito diferentes. Eu, por exemplo, fiquei pensando o quanto eu me afetaria por tudo isso. Quem eu seria no BBB?

    Conhecendo o pouco que conheço sobre mim (afinal, a busca por autoconhecimento é eterna – mas esse é assunto pra outro texto), acho que eu seria a clássica planta. Aquela que dorme quando pode, fica deitada em todo canto, fugindo de briga e tentando viver em paz, um dia depois do outro. Ou seja, chata né? Seria eliminada em duas semanas, eu sei.

    Mas, e se o confinamento me fizesse conhecer um lado meu mais intenso? E se eu descobrisse que consigo me posicionar em uma briga? Que, de repente, eu posso oferecer algum tipo de entretenimento? Quantos participantes já saíram de lá dizendo que a experiência mudou a vida deles nesse sentido. Alguns disseram que saíram se conhecendo mais, outros aprenderam com os erros e diferenças. Não tem como saber.

    É importante dizer, porém, que mesmo que não seja vida real e o contexto seja muito diferente de qualquer coisa que qualquer um já viveu, isso não justifica e valida qualquer tipo de comportamento criminoso ou que ofenda algum grupo de pessoas. Não é a experiência que vai transformar alguém em racista, machista, homofóbico ou capacitista. Se é assim dentro do jogo, é porque também é fora dele. A minha reflexão, inclusive, não inclui essas pessoas.

    A ideia aqui é discutir as situações do dia a dia e como a nossa personalidade seria afetada pelo desafio de tá dentro do jogo. Eu já te contei qual seria o meu perfil. Mas e você? Seria planta junto comigo? VTzeiro? Barraqueiro? Pensa aí e depois me escreve lá no meu perfil no Instagram pra contar: @maripalma. Eu gosto de escrever aqui no blog, mas gosto mais ainda quando existe uma troca, então por favor, conversa comigo, manda sugestão de assunto, o que quiser.

    E se um dia você for para o BBB, não esquece dos amigos, hein? Quando sair, a gente vai querer saber TUDO. 😉