Lisboa é um eterno convite à contemplação. Bobeou, tropeçou num mirante com paisagem de tirar o fôlego. O Tejo e suas pontes, o Castelo de São Jorge, Alfama e a Torre de Belém se exibem, faceiras, de qualquer ângulo da cidade. E dá pra apreciar tudo isso munido de bons drinques. As temperaturas em Lisboa são muito gentis até no inverno, então os rooftops costumam funcionar direto. Mas é na primavera e no verão, quando o sol brilha até tarde, que eles viram programas imperdíveis
Um camarote para observar o Rio Tejo de perto e o vai e vem de barquinhos e transatlânticos que passam por ali. Tem uma ótima programação de shows, filmes, eventos culturais e DJs. Boa pedida o ano inteiro. Quando a temperatura cai, a lona transparente sobe e protege os visitantes.
O turista que vai ao Rio Maravilha já garante um “2 em 1”. Antes de chegar lá, dá um rolê na LX Factory, uma antiga fábrica ocupada por escritórios, coworkings, cafés charmosos e lojinhas fofas. É ali, na rua principal, onde fica um elevador xôxo toda vida, mas que leva às maravilhas. O “Rio” é enorme e lindo e com vários ambientes, inclusive cobertos, ótimos para dias de chuva.
No terraço, fica a famosa mulher-colorida-de-braços-abertos-pro-Cristo-Rei. É onde se escuta sotaques do mundo inteiro, ao som de boa música e bebida da melhor qualidade. O restaurante também é super-recomendado e precisa reservar com antecedência.
Com certeza você vai achar que se perdeu. Que nada faz sentido naquela garagem estranha. Quando entrar no elevador (depois de procurar bastante por ele) vai xingar todos os guias de viagem que te recomendaram estar ali. Mas, juro, depois vai agradecer pelo visual. Uma ideia genial transformou o terraço abandonado de um edifício garagem num dos lugares mais agradáveis da cidade. Como fica perto de ótimos restaurantes no Chiado e Bairro Alto, vale tomar um copo lá antes de jantar.
Fica no terraço do Hotel Tivoli, na Avenida da Liberdade. A localização central reflete na vista: dá pra ver a cidade inteira de uma maneira especial. A carta de drinques é enorme, dos clássicos as invenções do mixologista. O cardápio oferece tapas, petiscos e comida japonesa. Vale a pena pegar o elevador do Tivoli nem que seja pra dar aquela espiadinha.
Aqui é pra tomar drinque com história. O Topo fica atrás das ruínas do Convento do Carmo, sobrevivente do terremoto que destruiu Lisboa em 1755. Que não por acaso fica estrategicamente em frente ao Castelo de São Jorge, num jogo histórico de disputa de tamanho e importância. E, por fim, colado no Elevador de Santa Justa, meio de transporte popular e secular estilo neo-gótico, que você vai querer ir, mas garanto que desiste quando olhar a fila. Ah, e tem a vista. E os drinques. E a programação cultural de shows e cinema ao ar livre no verão.
Kizzy Magalhães
Jornalista, diretora de TV e produtora de conteúdo. Trabalhou no Grupo Globo por 20 anos. Atualmente vive em Lisboa, mas tem uma quedinha por Londres, onde morou antes virar mãe do Antonio e do João. Ama viajar e comer. Muito, de preferência.