O que fazer em Havana: roteiro de 3 dias na capital cubana
Cidade guarda relíquias preciosas e faz turistas sentirem que viajaram no tempo
A impressão dos turistas que chegam a Havana, capital de Cuba, é de que viajaram no tempo. Guardando relíquias preciosas, a cidade tem um centro histórico considerado patrimônio da humanidade pela Unesco, desde 1982. A região também coleciona áreas coloniais, construções históricas e monumentos construídos nos séculos XVI e XVII.
A diversidade cultural, econômica e política de Havana faz o Museo de La Revolución, que inclui o Memorial Granma (com o iate em que Fidel desembarcou com 81 revolucionários para iniciar a luta contra o governo de Fulgêncio Batista), é um bom começo para conhecer a cidade. Afinal, ali o público entende como foi a saga dos revolucionários a partir da visão deles.
Com o turismo sendo a principal fonte de renda do país, é possível visitar museus, estátuas, bairros antigos, igrejas e hotéis icônicos, que viraram cartão postal da cidade.
Veja roteiro de 3 dias para conhecer Havana, a capital de Cuba
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1º dia
Museo de La Revolución e Memorial Granma: construído entre 1913 e 1920 exibe diversas exposições. O público pode encontrar desde coleções de fotografias até bandeiras, documentos e objetos sobre a luta revolucionária de Cuba. Os maiores destaques são mostras sobre Che Guevara e o assalto Moncada.
O Memorial Granma é uma homenagem ao iate que transportou Che Guevara, Fidel Castro e outros revolucionários do México a Cuba, em 1956. É acessível a partir do Museu da Revolução.
Capitólio Nacional de Cuba: a cerca de 14 minutos a pé do museu, o capitólio teve influência e apoio norte-americano para sua construção, em 1926. O visual da construção, inclusive, lembra o Capitólio, em Washington D.C., nos Estados Unidos. Antiga sede do Congresso Cubano, abriga a Academia Cubana de Ciências e a Biblioteca Nacional de Ciência e Tecnologia desde 1959.
Ali também é casa da Estátua da República, no centro do Salón de Los Pasos Perdidos — que recebeu esse nome devido à acústica impecável do local. A figura é uma mulher em bronze, com mais de 14 metros de altura e 30 toneladas para simbolizar a proteção ao povo e ao trabalho.
O Capitólio também dispõe de outros edifícios, como o Salón Baire, sala de conferências da Câmara dos Deputados; e o Salón Baraguá, que foi zona de trabalho para secretários da câmara.
Iglesia del Santo Angel Custodio: a dois minutos a pé do museu, a igreja foi construída em 1695, mas só foi considerada um templo religioso mais de um século depois, em 1788. Em 1986, um furacão destruiu a construção, que foi reformada em estilo neogótico.
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2º dia
La Habana Vieja: Patrimônio da Humanidade pela Unesco, La Habana Vieja é o centro cultural e histórico de Havana. Com cerca de mil edifícios importantes, abriga o porto e quatro praças essenciais para a formação do país. É possível encontrar monumentos, fortalezas, igrejas, palácios e joias arquitetônicas do barroco à Art Déco.
Dentre esses locais, destacam-se: a Plaza de Armas, onde foi o centro militar e defensivo; a Plaza Vieja, que se tornou o eixo comercial da região; a Plaza de San Francisco de Asís, um porto responsável pelas importações e exportações; e a Plaza de la Catedral, um centro religioso.
Bairro de Casablanca: a cerca de 15 minutos a pé de La Habana Vieja, também vale caminhar pelo bairro de Casablanca. Depois, é possível pegar um ferry para visitar a Estátua de Cristo de Havana, do outro lado da baía.
A inspiração para o monumento foi uma promessa da mulher de Fulgêncio Batista, ex-presidente de Cuba, após sobreviver a um atentado no Palácio Presidencial e ser protegida pelos EUA, em 1957. Criada em 1958 pela escultora cubana Jilma Madera, tem cerca de 20 metros de altura.
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3º dia
Necrópole de Cristóvão Colombo: com abundância de monumentos de diferentes estilos e em mármore, tanto de escultores cubanos ou estrangeiros, o passeio no cemitério pode ser educativo. Afinal, há um túmulo de Máximo Gómez, chefe do exército independentista cubano, considerado herói de guerra da República Dominicana.
Ali dentro também há o Monumento aos Bombeiros, de 1980, e a Capela de Amelia Goyre de la Hoz, conhecida como La Milagrosa. Segundo a lenda, a mulher que dá nome ao local morreu dando à luz e foi enterrada com o bebê aos seus pés. Mas, quando teriam exumado seu corpo anos mais tarde, ela estaria intacta e segurando o bebê no colo.
Vedado e Hotel Nacional de Cuba: a cerca de 10 minutos de carro da Necrópole de Cristóvão Colombo, localiza-se o bairro Vedado, em Havana. Conhecido como Município de Plaza de la Revolución, a região abriga uma de maioria de casas do século XX e algumas do final do XIX, tornando-se o principal núcleo comercial e residencial da capital cubana. As mansões antigas são instituições governamentais, embaixadas e até bares ou restaurantes.
Vale uma passada no Hotel Nacional de Cuba, um dos cartões postais de Havana. Construído em 1930, o edifício é parte da história de Cuba e foi reconhecido como Memória do Mundo pela ONU (Organizações das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura). Isso porque cerca de 300 oficiais se esconderem ali durante o golpe do ex-presidente Fulgencio Batista, em outubro de 1933. Na época, 14 dessas pessoas morreram após Batista ordenar que abrissem fogo no hotel.
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