Turismo especializado no público feminino ganha espaço; conheça histórias

Agências de viagem, grupos em redes sociais e empresas focam no turismo feminino para mulheres que procuram experiências seguras e enriquecedoras sozinhas

Daniela CaravaggiTina Binido Viagem & Gastronomia

Viajante sozinha sim, solitária nunca. É assim que muitas mulheres que amam viajar pelo mundo classificam a experiência de desbravar lugares em suas próprias companhias. Quem disse que viajar só é sinônimo de solidão?

Muitas delas, é claro, fazem novas amizades nessas ocasiões, outras ressaltam que o fato de estarem sozinhas em diferentes lugares do mundo desperta sentimentos incríveis – que, diga-se de passagem, passam longe de sofrimento. Coragem, autoconhecimento, liberdade, empoderamento, confiança são apenas alguns deles.

O Dia Internacional da Mulher, comemorado neste 8 de março, simboliza muitas vitórias ao longo da história – e também mostra que as lutas diárias continuam para que outras tantas conquistas venham. E uma dessas conquistas foi o direito das mulheres viajarem sozinhas.

E elas estão viajando muito. De acordo com a última pesquisa feita pelo Booking.com sobre o tema, no fim de 2020, 39% dos viajantes brasileiros afirmaram que planejavam fazer uma viagem solo no futuro. A pesquisa ouviu 20.934  viajantes de 28 países. Deste número, nove em cada dez (90%) mulheres brasileiras disseram que passariam a valorizar mais suas viagens.

Em 2021, a quantidade de mulheres que compraram passagens aéreas para viajar sozinhas na MaxMilhas representou cerca de 19% do total de passagens vendidas pela travel tech.

Ao olhar especificamente para o período do Carnaval deste ano, esse perfil representou aproximadamente 22,3% das vendas. A empresa também fez um levantamento sobre a porcentagem de representatividade de mulheres no total de passagens vendidas para cada destino. É interessante destacar que para São Paulo e Rio de Janeiro, os destinos mais procurados na plataforma, a representatividade de mulheres viajando sozinha é mais de 64%, isto é, grande parte das passagens para esses locais são buscadas por elas.

Pesquisas sobre o tema são pouco atualizadas, mas é perceptível que de uns anos para cá o aumento desse público foi significativo e abriu um novo nicho de mercado: o turismo voltado para mulheres.

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 O mercado especializado

Agências de viagem, grupos em redes sociais e empresas estão focando cada vez mais em mulheres, que procuram experiências seguras e enriquecedoras sozinhas.

Uma delas é a história da Gilsimara Caresia, de 42 anos, que trabalhou por 17 anos no mercado financeiro e tinha um trabalho estável. De uma família simples, ela conta que, quando começou a ganhar o seu dinheiro, investiu naquilo que mais amava: viajar.

Aprendeu a aproveitar suas férias da maneira mais eficaz possível. Pesquisava e viajava para todos os países que gostaria de conhecer sem esbanjar, o que proporcionou visitar uma grande quantidade de destinos. A paixão era tanta que resolveu cursar uma segunda faculdade e concluiu o curso de turismo enquanto levava ainda a vida agitada do banco em que trabalhava.

Até que, em 2015, depois de picos de stress por conta do trabalho, resolveu deixar a vida de bancária para trás. Pediu licença de um ano para realizar outro grande sonho: dar uma volta ao mundo sozinha.

“Brinco que começar a viajar sozinha não foi uma opção, mas uma condição, algo natural. Queria fazer muita coisa e não tinha ninguém que topasse tudo o que gostaria e da forma como eu estava pensando. Foi uma sensação muito libertadora entender que não precisava de ninguém para poder fazer isso, e que bom que descobri isso cedo”, conta.

Um dos sonhos de infância de Gil era conhecer o Egito / Reprodução/Instagram

O que era pra ser um ano acabou virando dois. Gil, como gosta de ser chamada, soma hoje em sua lista mais de 100 países. Sua história impressionava nas redes sociais e, de forma natural, ela começou a receber muitas mensagens, com dores de mulheres que não eram necessariamente as mesmas que as dela – como falta de coragem ou medo da solidão ao programar uma viagem solo.

Foi quando decidiu então criar um grupo no Facebook que tiraria todas essas dúvidas, dando dicas para mulheres e proporcionando uma troca de experiências. Nasceu assim o “Mulheres que viajam e Mochileiras“, que hoje soma mais de 180 mil mulheres com os mesmos objetivos.

“Eu não tinha condições de responder a tantas mensagens e também não tinha o conhecimento técnico. Com o grupo, fui identificando oportunidades de como empreender na área e tive a ideia de criar um encontro presencial. O ‘Encontro anual de Mulheres Viajantes’ se tornou o maior da área. São palestras de mulheres com histórias incríveis de viagens, que muita gente nem imagina. Na primeira edição, esperava algumas pessoas, mas, quando vi, havia mais do triplo que eu tinha programado”, relembra.

Do encontro, que ganha mais uma edição neste ano no fim de março e que promete reunir mais de 300 mulheres, também surgiu a ideia de ter uma agência de viagem especializada nesse público, a Girls Go.

“Enxergo a Girls Go como um degrau de tudo o que construí. Tem gente que busca informação, outras pessoas querem um apoio moral e outras precisam de ajuda para colocar em prática seus planos. Formalizei a agência em 2017 e organizo grupos só de mulheres para diferentes destinos”,  conta. “O primeiro grupo que anunciei foi para a Chapada dos Veadeiros. Queria levar apenas 15 pessoas, mas a procura foi tanta que tive que fazer com mais de 20.”.

Gil e seu grupo de passageiras em um dos pontos turísticos mais emblemáticos da Índia / Reprodução/Instagram

Gil ressalta que os perfis são diversos. “Ao contrário do que muitos pensam, mulheres casadas amam viajar sozinhas também. Às vezes o marido não pode por conta do trabalho ou não quer ir para determinado destino, então elas acabam optando pela agência que é mais segura e também dá a oportunidade de conhecer outras mulheres com a mesma vontade. Há jovens de 18 anos até senhoras com mais de 70”, completa.

Além da Girls Go, há outras agências e grupos que reúnem mulheres que desejam viajar. Em um clique na internet, podem ser encontrados vários deles, como a comunidade Mulheres que Viajam Sozinhas, criada por Lu Leal em 2017 e que soma mais de 100 mil mulheres no Facebook. Por enquanto, funciona apenas um espaço de troca e blog com informações, mas Lu conta que deseja tornar o projeto em algo maior, que ajude ainda mais mulheres a terem essa experiência.

“O que mais me encanta na comunidade é a disposição em incentivar e motivar essas mulheres. Fiz questão de criar uma cultura de muito respeito e banimento de qualquer tipo de comunicação violenta. Nós, precisamos estar unidas. Muitas nunca nem haviam cogitado que viajar sozinha fosse possível. Ao ver tantas outras com suas experiências, elas se sentem encorajadas e inspiradas”, afirma Lu.

A experiência que fez empreender

Jussara Pellicano Botelho, designer de 33 anos, passou por uma experiência transformadora ao viajar sozinha pela primeira vez para o Butão. Sentiu a autonomia de poder estar onde queria, com a liberdade de fazer o que queria, na hora que desejava, com a possibilidade de se conectar com pessoas que nunca havia visto na vida.

Tomou gosto pela coisa e, ao voltar de seu terceiro mochilão, em 2017, participou de um evento de inovação para apresentar uma ideia que teve após suas experiências. Queria criar uma rede global de apoio à mulher viajante por meio de uma plataforma, em que mulheres poderiam hospedar mulheres em suas casas pelo Brasil.

Jussara Botelho, criadora da Sistewave, em uma de suas viagens ao Vaticano / Arquivo Pessoal

Em 2018, veio a materialização da SisterWave, que começou a operar no início de 2019 e reúne mais de 22 mil mulheres cadastradas hoje no país. Entre esta terça (8) e quarta-feira (9), a empresária lançará em Madri, na Espanha, o novo aplicativo, que passará a ser mundial e possibilitará que mulheres do mundo inteiro possam ter essa experiência. A expectativa é que no fim de 2023 mais de 300 mil mulheres estejam cadastradas.

“Estou muito feliz com essa nova fase, sem barreiras geográficas. Mulheres de qualquer parte do mundo poderão se cadastrar. Ampliamos o projeto, que vai oferecer além da hospedagem, a continuação de tours virtuais por vários destinos, tours presenciais, cursos, possibilidade de day use, entre tantas outras coisas”, ressalta Jussara.

Em 2021, a plataforma venceu a Terceira Competição Global de Startups da Organização Mundial do Turismo na categoria equidade de gêneros.

“Muitas mulheres têm tempo, têm dinheiro, mas não têm companhia naquele momento. Essa ferramenta é de conexão e empoderamento, para que mais e mais pessoas possam ter essa experiência libertadora que é viajar sozinha”, completa.

Jussara está em Madri para uma nova fase do seu negócio: vai expandir a plataforma / Arquivo pessoal

A independência conquistada

“Se der medo, vai com medo mesmo”. E foi com medo, mas com muita vontade de reconquistar sua independência, que Mellina Hernandes Reis passou a viajar sozinha. Mellina, sofre de um problema de degeneração da retina, e começou a perder a visão aos 14 anos.

Formada em turismo, em 2008 ela teve a oportunidade de visitar uma amiga na Europa e fazer a primeira viagem sozinha. Tinha apenas com 20% da visão e ficou 21 dias fora de casa. Passou por algumas dificuldades durante a viagem, como não comer direito porque não conseguia ler o cardápio e nem falava a língua; também se perdeu, mas aproveitou tudo o que podia da experiência.

Alguns anos depois, Mellina passou pelo momento mais difícil da sua vida. Desenvolveu uma catarata e começou a perder cada vez mais a visão, o que a limitou para coisas básicas que antes fazia sem problemas.

“Foi um período de luto, mas resolvi que precisava voltar a ser independente e não podia deixar que a deficiência visual me fizesse deixar de ser quem eu era. Eu estava sofrendo muito e dependia de todo mundo para tudo. Precisava tocar a minha vida”, lembra.

Foi então que Mellina aceitou suas atuais condições e buscou dentro do que podia ter sua vida de volta, inclusive fazer suas viagens. Em 2014, foi contemplada com Hilary, treinada como cão guia, que trouxe um novo sentido para sua nova forma de viver.

Mel e Hillary no Magic Kingdom, em Orlando, nos Estados Unidos / Arquivo Pessoal

“Ela me deu muita autonomia e melhorou muito a minha vida. Não tinha coragem de viajar sozinha, eu ia só com o namorado ou com a minha família. Após um período de adaptação, programei nossa primeira viagem sozinha e o destino foi Curitiba. Escolhi por ser um destino referência em acessibilidade. Diferentemente de 2008, eu já não enxergava mais nada e dependia totalmente da Hilary e das pessoas que encontrava. Quando cheguei ao hotel, me arrependi, mas respirei fundo e conheci anjos que me ajudaram e foi o começo para eu nunca mais parar”, conta.

Em 2016, passou por outro momento conturbado após uma separação e a demissão do emprego, mas novamente viajar tornou-se sua salvação. Criou um blog para falar sobre turismo acessível, o 4 Patas pelo Mundo.

“Viajar é muito mais do que apreciar belas paisagens. Faço várias viagens sozinhas, mas gosto de falar que dificilmente fico sozinha. Conheço muita gente, me permito ter mais contato com as pessoas, troco muitas experiências legais, conheço gastronomia, cultura, escuto ótimas histórias. A minha sensação é de prazer e de vitória por estar sozinha, superando os meus medos, me conhecendo cada vez mais e voltando com muita bagagem na mala”, ressalta.

Mellina e Hillary já foram a seis países juntas e a mais de 60 cidades pelo Brasil. Até em brinquedo da Disney, as duas andaram.

Mel e Hillary em Montevideo, uma das viagens que fizeram juntas / Arquivo pessoal

“Aproveito tudo o que posso. Sou deficiente, mas o que eu nunca tinha parado para pensar até pouco tempo é que eu sou mulher. Eu acho muito importante nunca deixarmos de fazer nada que a gente queira. Temos de ter mais lugares de fala, sermos protagonistas e fazermos as nossas vontades”, exalta.

“Viajar sozinha te faz ter mais coragem para enfrentar a vida de modo geral. Se somos capazes de ir a lugares sozinhas, somos capazes de enfrentar o mundo. Minha dica é que as pessoas não podem deixar que o medo limite suas experiências. Se eu tivesse deixado, minha vida seria muito mais triste. A vida passa muito rápido”.

Idade não é um problema

“Estar sozinha é um estado de espírito, você pode estar acompanhada e mesmo assim estar sozinha”. A frase, dita pela professora Virgínia Maria Zanfelici, de 63 anos, é para motivar todas aquelas que têm a vontade de fazer uma viagem, mas dependem de uma companhia para isso.

Há 20 anos viajando sozinha, Virgínia garante: é um caminho sem volta. Hoje, por opção, prefere conhecer o Brasil e o mundo em sua própria companhia.

Virgínia viaja há 20 anos sozinha. Nesta foto está em Curitiba, no Paraná / Arquivo pessoal

Sua primeira viagem foi para Buenos Aires, na Argentina, em uma Páscoa. A partir daí, não parou mais. “Logo marquei uma outra viagem, mas para dentro do país. Contratei uma excursão, mas não gostei da experiência, de depender das pessoas, de horários, de ir em lugares que definiam pra mim e decidi que nunca mais viajaria dessa forma, apenas sozinha, organizando minha própria viagem”, conta.

Virgínia aproveita tudo o que o destino tem para oferecer. Conversa com todos – mesmo falando apenas português – e curte cada segundo da viagem. Prefere os destinos mais culturais e tenta fugir um pouco daquilo que é muito turístico. Perguntada sobre o medo de encarar essas aventuras sozinhas, ela é enfática:

“As pessoas precisam entender que coisa ruim pode acontecer em qualquer lugar. Para tudo há um jeito. Se ficar doente, tem seguro saúde. Eu fiquei 40 dias na Itália sem falar uma palavra em italiano, fui roubada e foi uma das viagens mais incríveis que já fiz. As mulheres precisam se arriscar mais”, completa.

De tanto viajar, a professora aposentada tem até descontos em plataformas de viagem. Faz todas as suas pesquisas sozinhas e prefere ficar em quartos individuais. Fala que por conta da idade é muito bem atendida em todos os lugares a que vai, desde o hotel mais simples até os mais requintados.

“O conselho que dou é que a mulher precisa acreditar nela mesma e no seu poder de decisão. Vá com o espírito de diversão. A vida é feita de riscos, dentro de um casulo só envelhece mais rápido. A mulher idosa precisa acreditar que a vida é boa e nem sempre precisa ter alguém do lado. É preciso só planejamento e vontade que dê certo”, complementa.

Os preconceitos de lado

Se por um lado muitas mulheres não viajam por alguns medos, outras deixam de viajar apenas pelo preconceito de serem vistas sozinhas. Isso aconteceu no início com a jornalista Renata Telles, que conseguiu dar um novo significado a essa visão a partir de experiências que viveu. Hoje, assim como a maioria que se aventura na viagem solo, também prefere conhecer lugares desta maneira e faz isso há 15 anos.

Renata Telles em uma das suas viagens para Aruba. A jornalista viaja há 15 anos sozinha / Reprodução Instagram

“Tudo começou porque estava cansada de depender das pessoas e acabava me anulando muito. Era muito dependente de família, namorado e amigos. Deixava de ir onde queria por precisar de companhia e resolvi me arriscar”, conta.

Sua primeira experiência foi no sul da Bahia e gostou tanto que passou a organizar outras. Conheceu diversos países diferentes e fez amigos por toda parte do mundo, a ponto de saber que teria onde para ficar em quase todo lugar. Hoje, já visitou mais de 30 países.

“Diz aquele ditado engraçado que não se faz amigo bebendo leite. Mas sou contra ele. Fiz um amigo americano tomando ‘Chai’ na Índia”, lembra, com humor.

“Posso dizer que me libertei. Viajar sozinha é empoderamento e autoconhecimento. Passei a encarar meus problemas de outra forma. É como se você entendesse melhor tudo o que acontece na sua vida. Já conheci muitos casais, famílias, mas é algo natural. Nunca vou com o objetivo de conhecer gente, mas sim para conhecer a história do destino. E acho que as pessoas precisam ir com esse pensamento, sem expectativas. Tudo será uma consequência”, pontua.

Renata criou um blog há cinco anos para compartilhar suas experiências. Em seguida, veio o Instagram, que reúne dicas dos lugares por onde a jornalista passa – hoje, já são mais de 40 mil pessoas.

Por meio do “Ela que ama Viajar“, a jornalista recebe histórias e encoraja muitas mulheres que às vezes só precisam de um “empurrãozinho” para mudar suas visões a respeito do tema. Agora brinca que se alguém quiser ir junto, até pode, mas que viagem não é lugar de “DR”.

Renata Telles fez amigos por toda a parte e tem um Instagram onde compartilha as experiências. Na foto, está na Palestina / Reprodução Instagram

Amanda Areias, de 28 anos, por outro lado, viaja sozinha há quase 10 anos. Ao contrário de muitas mulheres, não pensou muito antes de seguir com seus objetivos.

Tinha acabado de sair da escola e não sabia o que faria de faculdade. Decidiu então viajar sozinha para a Europa pela primeira vez, aos 17, para um ano sabático. Amanda veio de uma família que ama viajar e diz que “só seguiu os passos”.

Mas quem pensa que nessa viagem tudo foram flores está enganado. A primeira experiência sozinha foi péssima: chegou com saudade de casa, perdeu a mala, não sabia o idioma, teve de dormir em uma estação de trem, entre outros perrengues.

“Eu não pensei muito, mas claro que tinha medo. De ficar doente, de dar algo errado, de não ser seguro. O desconhecido causa medo, mas você vai lidando com as coisas e os medos vão mudando. Hoje, se tudo acontecesse, eu daria risada. As pessoas me perguntam muito de onde vem a minha coragem. Mas gosto de enfatizar que você não nasce com a coragem, você a pratica. É preciso ir ganhando confianças aos poucos”, ressalta.

Amanda enfatiza que viajar sozinha a fez ter mais confiança, a gostar mais de sua própria companhia e a se reconectar. Virou um ritual em sua vida. Pelo menos uma vez por ano precisa fazer uma viagem sozinha.

Amanda Areias, de 28 anos, na Bolívia. Ela fez a sua primeira viagem sozinha aos 17 e todo ano separa um destino para ir só / arquivo pessoal

“Acho que a única parte ruim é quando estou em um lugar muito legal e não tenho com quem compartilhar”, ressalta. O problema foi resolvido em partes: ela usa seu Instagram para contar um pouco sobre o tema e mostrar detalhes de suas viagens.

“A dica que dou mais valiosa é: programe uma viagem e vá de mente e coração abertos. Coisas maravilhosas vão acontecer”, finaliza.

Confira 7 dicas para a sua primeira viagem sozinha:

1 – Comece com calma. Faça pequenos programas sozinha, como ir ao cinema ou teatro, antes de passar grandes períodos fora. A viagem também pode começar em algum lugar mais próximo da sua casa antes de alçar voos mais longos.

2 – Se ainda se sente muito desconfortável de ir completamente sozinha, procure agências e feche com grupos maiores uma viagem. Há agências especializadas só em levar grupos de mulheres, além de grupos em redes sociais para trocar essas experiências.

3 – A primeira viagem sempre é uma quebra de paradigma. Então, escolha um destino em que você não vá achar muitas dificuldades para que sua primeira experiência seja a mais agradável possível.

4 – Pesquise muito sobre o destino em que vai desembarcar. Quanto mais segura estiver, mais aproveitará sua viagem.

5 – É normal sentir medo, mas vá com medo mesmo, normalmente em uma viagem solo descobrimos que muitos de nossos medos não passavam de fantasias.

6 – Se um dia você pensou que as pessoas vão te ver como coitadinha por estar jantando ou bebendo sozinha, tenha certeza de uma coisa: muitas vezes elas nem estão nos vendo.

7 – Vá de coração aberto para novas experiências, para conhecer gente nova, viver e ouvir boas histórias. Conte com o povo local, em todos lugares há pessoas dispostas a tornarem sua viagem inesquecível.

Faça sua mala e boa viagem! Só depende de você.


 

 

 

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