Bar que projetou Beatles se adapta para reabrir após 5 meses em Liverpool

O Cavern Club, famoso pela música ao vivo, passa por mudanças para se adequar ao pós-pandemia

Jason Cairnduff , da Reuters

Dono do Cavern Club em seu bar

Jon Keats, diretor da famosa casa de shows Cavern Club, que ajudou a lançar os Beatles ao estrelato global e que agora está sob ameaça após meses de fechamento devido à pandemia, em Liverpool, Reino Unido, 20 de agosto de 2020.

Foto: REUTERS/Jason Cairnduff

“É quente, é cheio de suor, é lotado — essa era a reputação do Carven Club antigamente com os Beatles, e até hoje é um local ótimo para rock and roll“, disse Jon Keats, diretor do bar temático de Liverpool onde a banda mais conhecida do Reino Unido iniciou sua carreira.

Essa frase agridoce explica por que visitantes de todo o mundo se aglomeravam no Cavern Club para homenagear o fenômeno musical dos anos 1960 e por que agora ele está ameaçado diante da pandemia de coronavírus.

Keats fechou suas portas em março, quando a Covid-19 estava atingindo fortemente a Espanha e a Itália, e o Reino Unido estava se encaminhando para a crise.

Ele esperava ficar fechado por cerca de um mês.

Cinco meses depois, o bar ainda está com as portas baixadas, a empresa perdeu mais de 600 mil libras (788 mil dólares) e 20 de seus 120 funcionários foram demitidos.

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O negócio — que já foi próspero e também oferece tours temáticos dos Beatles em Liverpool — está buscando ajuda do governo para enfrentar a crise e calculou que pode sobreviver até março de 2021 na pior das hipóteses.

Mas, à medida que o país se adapta a uma nova vida dominada por máscaras e distanciamento social, Keats deve reabrir o bar na próxima semana para o International Beatleweek — um festival de seis dias que celebra os Beatles.

“Eu odeio a frase ‘novo normal’, mas você tem de olhar para o seu negócio de forma diferente”, disse Keats antes da reabertura. “É uma boa maneira de vermos como podemos fazer uma mistura de música ao vivo e sets pré-gravados de bandas de todo o mundo.”

Para cumprir as diretrizes do governo, apenas 150 pessoas poderão entrar no local, que normalmente comporta 500. “Será uma atmosfera diferente, mas é um começo”, afirmou Keats.

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