Baja California: com ar futurista, hotel no México entrega luxo sustentável no meio do deserto

Distante 1h30 de Tijuana, o hotel Encuentro Guadalupe tem cabines com um "quê" de futuristas (feitas de madeira e aço), suspensas no ar no meio dos rochedos desérticos, com pé fincado na sustentabilidade.

Distante 1h30 de Tijuana, o hotel Encuentro Guadalupe tem cabines com um “quê” de futuristas (feitas de madeira e aço), suspensas no ar no meio dos rochedos desérticos, com pé fincado na sustentabilidade. Para chegar ao quarto é preciso comunicar a recepção (por meio de um walkie talkie), que uma van vem te buscar. Ao todo, 22 quartos, uma suíte master e uma vila. Conforto, discrição e tranquilidade são as palavras de passe nesse hotel luxuoso que faz parte da rota do vinho mexicano, próximo também à divisa de San Diego, nos Estados Unidos.

Ensenada, Baja California, México – A infraestrutura do hotel Encuentro Guadalupe é seu principal trunfo. Não poderia ser diferente, pois a propriedade fica no meio do deserto, com vista para um solo árido. O serviço do hotel eco-loft king size (como chamou o “New York Times certa vez”) compensa toda a distância que você possa ter percorrido até chegar lá pelas estradas tortuosas, por assim dizer. Mas já atraiu celebridades do calibre de Rihanna e Bruce Willis. Os funcionários desconversam quando questionados, mas há histórias em diferentes lugares que contam a passagem desses dois por lá.

Nossa hospedagem foi em uma “casinha suspensa”, de madeira e aço, cuja essência é majestosa. Não tem a ver com a cama king size ou a vista amarelada do amanhecer com vista para as montanhas do deserto ou o pôr do sol. A cama parece ter um ímã: você não quer sair para nada. Mas as atividades te chamam e é preciso coragem para levantar do aconchego quentinho pela manhã. À noite, a temperatura fica bem baixa, então é preciso de cobertores. Um aquecedor geral e outro bem colado à cama ajudam a espantar a friaca.

Apesar de nossa recepção na hora de fazer o check-in não ter sido das melhores (você chega cansado, precisa preencher a ficha do hóspede, entregar seu passaporte para fazer uma cópia, dar o cartão de crédito etc. Todo aquele trâmite burocrático que a gente quer evitar ao máximo), mas só quando você entra no seu quarto-cabine é que entende o motivo pelo qual este é considerado um dos melhores hotéis do mundo. Por fora, um grande cubo de aço com janelão de vidro.

Por dentro, é equipado com uma cama king size, uma mesinha com duas cadeiras, arara suspensa para guardar as roupas (em cima de um aparador) com duas taças fazendo convite: adega climatizada com vinhos, de produção própria. Neste aparador é também onde ficam os cobertores para as noites mais gélidas. Seu sistema de som encanta. É só plugar seu celular no cabo P2 (aquele com saída igual ao de fone de ouvido) e pronto. Você vai poder ouvir sua playlist favorita no Spotify e se sentir acolhido, como se estivesse em casa. A vista é a melhor coisa do quarto. Acorde cedo, antes das 7h, para ver o amanhecer. O céu fica alaranjado, difícil de explicar em palavras.

O banheiro é pequeno, tem uma pia com espelho, secador e – apesar de não ter a melhor pressão d’água – você quer passar horas debaixo daquele chuveiro quentinho. Aí a gente volta à realidade, lembra que muita gente sofre com a falta d’água e tudo bem se apressar para que vá atrás do café da manhã. Já de pé e arrumado? Ligue na recepção e peça para que a van vá te buscar no ponto, no cume da montanha (você vai andar bem pouquinho).

Com a mesa posta, as opções do café da manhã são à la carte. Se você não está acostumado com as chilaquiles e opções de tortilhas (que a gente provou no CuatroCuatros, nossa estadia anterior), o melhor mesmo é apostar nos ovos beneditinos para não errar. O deles, garantimos, é excelente: servido com alface, tomate cereja, flores e jamón serrano, é uma das melhores coisas que você experimentará na passagem pela região mais ao norte do México, pela manhã. Pode apostar! Antes disso, peça um prato de frutas (servido com mel e granola), um suco de laranja ou café com leite para começar o dia desperto.

No fim do ano, época em que estivemos lá, a piscina – apesar de bonita – vai querer te afastar. A temperatura é das mais baixas… Mesmo que o sol esteja a pino, você não vai conseguir dar mais do que um mergulho. Isso é, se você conseguir dar os primeiros passos.

A proposta do hotel é um reencontro consigo mesmo. Lá, a internet funciona bem. Mas é possível, como dissemos, abandonar a tecnologia e curtir um drink à beira da piscina, curtindo a paisagem. Aliás, drink não. Vinhos! Tudo na região é movido às vinícolas. Escolha a safra e o tipo, e pronto. As reservas começam em as tarifas começam em US$ 338 (cerca de R$ 1.100) para o quarto single, enquanto o duplo sai a US$ 383 (em torno de R$ 1.250). A eco-villa custa a partir de US$ 2.565 (aproximadamente R$ 8.300), além dos 19% de taxas*.

*tarifas sujeitas à alteração sem prévio aviso. Valores consultados em dezembro/2017


O repórter viajou para a região de Baja California a convite do Visit Mexico, em press trip organizada pela MSL Group. As atividades tiveram curadoria do Club Tengo Hambre, coletivo de hosts que trabalha como espécie de concierge, assessorando grupos que querem experiências como um autêntico local.

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