Após pandemia, demanda por voos domésticos cai 32,9% em março

Número de voos semanais previstos até o fim de abril passou de 14.781 para 1.241, segundo a Anac

Da CNN, em São Paulo

Avião decola de aeroporto
Anac apresenta dados que confirmam retração de voos nacionais e internacionais após COVID-19
Foto: Dominik Scythe/Unsplash

A demanda por voos no mercado doméstico, medida em passageiros-quilômetros pagos (RPK), apresentou queda de 32,9% em março na comparação com o mesmo mês de 2019. Os números foram divulgados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Com a retração, decorrente da pandemia relacionada ao novo coronavírus, foram transportados no mês passado 4,9 milhões de passageiros pagos ante 7,7 milhões de embarques registrados em igual período do ano anterior.

A oferta de voos no mercado doméstico, calculada em assentos-quilômetros ofertados (ASK), também caiu no período comparado, com redução de 24,6%. A taxa de ocupação (aproveitamento) dos assentos oferecidos nas aeronaves das principais empresas brasileiras ficou em 72,1% em março deste ano, contra 80,9% verificados no mesmo mês de 2019.

Após o risco de uma paralisação completa do transporte aéreo no Brasil, em decorrência da pandemia por coronavírus, a Anac acompanhou a construção de uma malha essencial a partir de 28 de março. Com redução de 91,6% em relação a originalmente prevista pelas empresas para o período, o número de voos semanais previstos até o fim de abril passou de 14.781 para 1.241.

A retração da demanda foi ainda maior em relação aos voos internacionais. Neste mercado, a demanda caiu 42,4% em março, na comparação com mesmo período do ano passado, e a oferta registrou retração de 30,1%, na mesma base de comparação. Foram transportados 44% menos passageiros pagos em março de 2020, com taxa de ocupação das aeronaves de 66,7%.

Com Estadão Conteúdo

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