20 melhores locais para visitar em 2020 selecionados pela CNN Travel

Editores se reuniram para indicar alguns de seus locais favoritos para nossa lista anual

Katia Hetter e equipe do CNN Travel

Se você desejar relaxar em uma ilha remota na costa da África, viajar nos trens mais incríveis da Alemanha ou observar macacos uivantes na América do Sul, há muito para explorar nessa nova década que se inicia em 2020.

O Japão sediará os Jogos Olímpicos de Verão, a Jamaica celebrará o 75º aniversário de Bob Marley, e Washington estará ansiosa durante grande parte do ano preparandose para a eleição presidencial dos EUA.

Mas o mundo está claramente em agitação. No momento em que os editores da CNN Travel se reuniram para indicar alguns de seus locais favoritos para nossa lista anual, vimos o estado de Assam irromper em violência contra a legislação antimuçulmana da Índia, e Zimbábue foi assolado pela seca.

Não sabemos se a celebração há muito tempo planejada no Chile para o eclipse solar em dezembro poderá ser superada pelos contínuos protestos nas ruas, ou se Galway, na Irlanda, será afetada pelo Brexit no Reino Unido.

E mesmo assim precisamos viajar para ver destinos diferentes, expandir o conhecimento sobre nosso planeta, e celebrar a beleza das realizações humanas e das maravilhas naturais em todo o mundo.

Eis aqui os 20 locais para visitar em 2020 da CNN Travel, em ordem alfabética:

Distrito do Lago no Chile

Distrito do Lago no Chile
Distrito do Lago no Chile
Foto: SERNATUR/Chile Tourism Board
Embora o Chile tenha estado nas manchetes devido aos distúrbios civis, uma visita a “Los Lagos”, longe dos centros urbanos, oferece aos viajantes paisagens surpreendentes e tranquilidade. Esta região está pronta para se tornar ainda mais fabulosa em dezembro de 2020, graças ao eclipse solar total.

Em 14 de dezembro, ocorrerá às 13h03, horário local, o eclipse total sobre a cidade de Pucón, com duração de apenas pouco mais de dois minutos.

Fenômenos cósmicos à parte, esta região no Sul do Chile vale mais do que uma visita de dois minutos graças aos seus parques naturais, vulcões e aventuras ao ar livre.

Visite a Ilha Chiloé, famosa por suas igrejas de madeira coloridas listadas pela Unesco como patrimônio mundial e casas chamadas de “palafitos”. Voe da capital Santiago diretamente para a capital da ilha, Castro, e hospede-se no Hotel e Spa Tierra Chiloé. Para uma experiência igualmente sofisticada, mas descontraída, o Parque Quilquico está situado em um parque florestal com vista para o oceano.

De volta ao continente, o sítio arqueológico de Monte Verde permite um breve olhar sobre as vidas de povos que viveram mais de 14.000 anos atrás. O Distrito do Lago também abriga diversos parques nacionais, inclusive o primeiro do Chile, Vicente Pérez Rosales.

Enquanto isso, o Parque Nacional Conguillío abriga o vulcão Llaima, que está ativo e entrou em erupção pela última vez em 2008. A cidade turística de Pucón é ótima pelas fontes termais e para visitar diferentes bares, abrigando também um dos vulcões mais famosos do Chile, o Villarica. Arriscar uma excursão até o cume é imprescindível para os viajantes experientes. Descanse à noite no & Beyond Vira Vira, uma pousada em uma fazenda orgânica.

Não perca: Os frutos do mar. Na ilha de Chiloe, experimente o curanto – um prato de ensopado com frutos do mar, carne, batatas e ruibarbo chileno. – Francesca Street

Copenhagen, Dinamarca

Vista da cidade de Copenhagen, na Dinamarca
Cidade de Copenhagen, na Dinamarca
Foto: Kontraframe/Divulgação

Conhecida como a capital feliz de um dos países mais felizes do mundo, Copenhagen há muito tempo é uma fonte de fascinação para viajantes atraídos por sua cultura do ciclismo, casas comerciais coloridas, restaurantes inovadores e espírito “Hygge”.

Copenhagen recebeu outro boom de felicidade no início deste ano quando Kongens Nytorv, sua adorada praça, finalmente reabriu após um fechamento de sete anos devido à construção de uma nova linha de metrô.

Agora, será mais fácil para navegar pelo antigo vilarejo de pesca viking, pois seu M3 (ou Cityringen) sem condutores é totalmente automatizado e oferece 17 novas estações e ligações a três “Bairros de pontes”: Vesterbro, Nørrebro e Østerbro.

O Museu de Copenhagen também está reabrindo suas portas em 2020, com uma experiência imersiva de milhões de dólares.

O Parque Tivoli, o segundo mais antigo parque de diversões do mundo, não perdeu seu encanto e continua sendo a principal atração durante o ano para todas as idades, graças a seus magníficos jardins, lago e brinquedos.

Um passeio a pé descendo a Strøget, uma das ruas de pedestres mais longas da Europa, é altamente recomendado, assim como uma visita a muitos restaurantes de primeira linha de Copenhagen.

O Geranium, restaurante com três estrelas do guia Michelin, é um dos mais impressionantes, oferecendo vistas fabulosas do parque Fælledparken, além de um menu de degustação variado. Há também a maravilhosa Kødbyens Fiskebar, localizada no Distrito dos Abatedouros, onde você encontrará alguns dos melhores frutos do mar dos arredores.

Não perca: No inverno, teste a pista artificial de esqui e de snowboard na usina de energia elétrica municipal CopenHill. Ela é composta por quatro pistas de dificuldades variáveis, um parque de freestyle e um percurso de slalom. — Tamara Hardingham-Gill

Mar Morto

Constituindo um dos pontos mais baixos da Terra, o Mar Morto está longe de ser um segredo oculto. Mas a realidade da crise climática está fazendo os níveis de água do lugar baixarem, redefinindo o destino de “um lugar para visitar algum dia” para “um lugar que você precisa visitar agora.”

Na fronteira de Israel com a Jordânia, o Mar Morto pode parecer um oásis extremamente salgado, onde as conversas sobre o conflito político atual são menos comuns do que a paisagem de viajantes de todas as partes do mundo se cobrindo com lama preta e caindo de costas na água.

A sensação de realizar uma queda com confiança na paisagem de águas –simplesmente feche os olhos, se jogue, e sinta-se sendo puxado para cima pela água– pode ser a razão de tantas pessoas em inúmeras épocas terem encontrado santidade aqui.

Além de andar pelo corpo de água contendo cerca de oito vezes a salinidade do oceano, a localização do Mar Morto é uma parada perfeita em uma viagem pelas estradas do Oriente Médio.

Petra, uma das sete maravilhas modernas do mundo, está a meros 135 quilômetros (84 milhas) do Mar Morto na Jordânia, enquanto os locais mundialmente famosos de Jerusalém estão a apenas 34 quilômetros (21 milhas) na direção oposta. É o mais próximo do centro da Terra que um ser humano médio poderá chegar e, de quebra, sua pele terá um incrível brilho no dia seguinte.

Não perca: Em Israel, a Reserva Natural Ein Gedi é uma área protegida de cataratas cortando desfiladeiros dramáticos e antigos. É um dos locais mais populares visitados pelos israelenses locais– e algumas das trilhas também fornecem vistas do Mar Morto impossíveis de apreciar de perto. — Lilit Marcus

Dominica

Com florestas tropicais exuberantes e originais, picos recobertos de folhagem, e desfiladeiros profundos cortados por 365 rios, a ilha da Dominica no Caribe Oriental mais do que faz jus ao seu título de “Ilha da Natureza.”

A ilha de 466 quilômetros quadrados sofreu danos consideráveis em 2017 devido ao Furacão Maria, mas o país se recuperou com um compromisso de construção sustentável e resistente às alterações climáticas, e um foco renovado em ofertas de ecoturismo.

O Rosalie Bay Eco-Resort, com seus 28 quartos reformados, deve reabrir em fevereiro de 2020 e o Jungle Bay Eco Villas reabriu em junho de 2019 com um novo conceito.

A Dominica está em meio a uma expansão impressionante de hotéis de luxo, graças, em grande parte, ao Cidadania por Investimento. O programa prevê a concessão de cidadania a quem investir mais de US$ 100.000 em um empreendimento turístico.

Entre as novas propriedades de luxo está o Cabrits Resort & Spa Kempinski, o primeiro resort cinco estrelas da Dominica com um spa de 18.000 pés quadrados e quatro piscinas.

Grandes hotéis como o Hilton e o Marriott também estão desenvolvendo resorts –o Hilton’s Tranquility Beach e o Marriott Anichi Resort & Spa.

Acomodações luxuosas são um bônus, mas a real atração na Dominica é o seu relevo montanhoso.

Não perca: Faça mergulhos no Recife Champagne, onde esponjas e criaturas marinhas coloridas se misturam em um local que ganhou esse nome devido às bolhas originárias das fontes térmicas vulcânicas no leito oceânico. — Marnie Hunter

Estônia

Vista aérea da Estônia
Vista aérea da Estônia
Foto: Cortesia de Visite a Estônia

Embora a Estônia ainda não seja sinônimo mundial de alta gastronomia, esse país meio nórdico na Europa do Norte pode se orgulhar de sua culinária.

Não se surpreenda se você ouvir mais sobre o fervilhante cenário gastronômico em 2020. O mais notável é o Bocuse d’Or Europe, um concurso de culinária ao vivo que presta homenagem ao falecido chefe francês Paul Bocuse, que acontece no final de maio. A Estônia participa festival culinário há uma década, mas esta é a primeira vez que o país irá sediá-lo.

Com mais de 100 restaurantes no White Nordic Guide (um guia de restaurantes com o que há de melhor da gastronomia dos países nórdicos e bálticos), a fidelidade da Estônia ao que é cultivado e feito em casa é evidente nos restaurantes de Tallinn, como o O, um local incrível para jantar com menu inspirado na natureza nórdica, e o Tabac, uma brasserie badalada com preços ainda mais sofisticados.

Apesar de um cenário pujante e crescente de comidas e bebidas, a Estônia talvez seja mais conhecida por sua beleza e espaços naturais e muito abertos. Entusiastas de atividades ao ar livre podem planejar uma viagem completa ao redor da rede abrangente de bog da Estônia. Como o país é relativamente pequeno (cerca do tamanho do estado de Nova York) e com uma reduzida população, ele é perfeito para explorações harmoniosas, sem aglomerações e relativamente baratas. Todas as instalações de camping, por exemplo, são gratuitas.

Acrescente a isso uma gama de spas, numerosos castelos e florestas antigas e silenciosas, e não é difícil ver porque a Estônia está em alta.

Não perca: Não importa em que parte da cidade os visitantes se hospedem, vale a pena perambular pela Cidade Velha de Tallinn . — Stacey Lastoe

Galway, Irlanda

Ela pode ter acabado de ser nomeada a Capital Europeia da Cultura 2020, mas a cidade de Galway, no Oeste da Irlanda, não precisava de nenhuma ajuda no que diz respeito às artes.

Assim como nos Estados Unidos, a costa oeste da Irlanda historicamente atraiu pioneiros e aventureiros. Fustigada pelos ventos do Atlântico, o clima é mais hostil do que no leste. Esta é uma terra rural onde as pessoas vivem de acordo com suas próprias regras e artistas são atraídos pela beleza sublime das paisagens rochosas. A capital do condado de Galway, a cidade de Galway, é um enclave artístico onde cordialidade e erudição são valorizados.

Festivais florescem livremente em Galway, com encontros culturais espalhados por todo o seu calendário como flores selvagens. Visite em qualquer estação e você se deparará com celebrações de culinária, música, história, arte, literatura e natureza, e tudo mais do burlesco a banjos, e de pôneis ao Festival do Orgulho LGBT.

Em 2020, há eventos da Capital Europeia da Cultura acontecendo por toda a parte, desde a presença de Margaret Atwood no Dia Internacional das Mulheres, no evento literário Wild Atlantic Women, até o Lumiere Galway, que termina em janeiro de 2021, com instalações de luzes espetaculares pelas ruas da capital.

O Festival de Artes Internacional de Galway é realizado anualmente em julho e, em 2020, terá Pixies, Flaming Lips e Sinéad O’Connor. As corridas de Galway acontecem no final de julho e, em agosto, Omey Strand em Connemara se transforma em uma pista de corridas de cavalos.

Não perca: Para fãs de comédia, o evento mais peculiar de todos é o February’s TedFest, quando foliões fantasiados de padres, freiras e empregadas domésticas se reúnem em Inishmore, uma das Ilhas Aran, em uma celebração da série cult de TV “Father Ted.” — Maureen O’Hare

Jamaica

James Bond, Bob Marley, águas de cor azul turquesa e cachoeiras estonteantes – a Jamaica tem muito a oferecer, especialmente em 2020.

Em abril, James Bond, o superespião de Ian Fleming, aparece em seu 25º filme “No Time To Die”, no qual Daniel Craig retorna como 007 para a casa de praia da vida real de seu criador, Goldeneye, a cerca de 90 minutos de Montego Bay.

Fleming escreveu 14 romances de James Bond em Goldeneye, trabalhando lá todos os invernos, de 1952 até sua morte, em 1964. Os visitantes podem se hospedar na casa de cinco quartos de frente para a praia, situada na costa norte da ilha, e usar eles próprios da escrivaninha de Fleming.

O filho favorito da Jamaica, no entanto, é o músico de reggae Bob Marley, que teria completado 75 anos em 6 de fevereiro. A Jamaica de Marley é um coração vivo e pulsante, transbordando de amor, dor, história e cultura.

O cantor viveu em Kingston, capital da Jamaica, e seus fãs podem se comunicar com o artista em sua antiga casa, agora o Museu Bob Marley.

Não perca: O estonteante Hotel Rockhouse ao lado de um penhasco em Negril, cujos hóspedes antigos incluem, além de Marley, Bob Dylan e Rolling Stones. Desde que assumiram a propriedade em 1994, os donos do local fundiram perfeitamente sua herança rock’n’roll com um design sustentável, responsabilidade ambiental, comunidade e integridade.

Por meio de sua fundação de caridade, a Rockhouse investiu US$ 5 milhões em programas de educação infantil, incluindo a revitalização de seis escolas, e a abertura mais recentemente da primeira escola da ilha que atende estudantes com necessidades especiais em um ambiente inclusivo, a Savanna-la-Mar Inclusive Infant Academy (SIIA).

Hóspedes do Rockhouse e de seu hotel irmão, o Skylark, são convidados para um passeio na escola e encontro com os educadores, administradores e as extraordinárias crianças da SIIA, uma oportunidade que não deve ser perdida. — Brekke Fletcher

Quirguistão

Homem segura ave em montanha no Quirguistão
Quirguistão é de uma beleza ímpar
Foto: Barry Neild/CNN

Incrustado entre a China a leste, o Cazaquistão ao norte, e o Uzbequistão a oeste, o Quirguistão pode facilmente passar despercebido, mas o país é uma joia perfeita.

Siga para o leste da capital Bishkek até onde montanhas irregulares descem até as águas cintilantes de neve derretida do Lago Issyk-Kul, e o Quiguistão se revela como um país das maravilhas que poucos visitantes internacionais descobriram.

No espaço de poucos quilômetros, a paisagem oferece desfiladeiros semelhantes a desertos que rivalizam com o Oeste Americano, e prados em alta altitude exuberantes que rivalizam com os Alpes europeus. No inverno, é possível esquiar ao redor da cidade de Karakol. No verão, caminhar e cavalgar nas montanhas Tien Shan. Durante todo o ano, há maravilhas geológicas de cair o queixo por toda parte.

Anos de sofrimento após o colapso da União Soviética afetaram o país, que ainda procura se firmar como um destino turístico. Mas onde falta infraestrutura para lidar com muitos visitantes, o país se sobressai em oferecer fronteiras genuínas inexploradas a viajantes dispostos a experiências um pouco mais difíceis. O Quirguistão é seguro, extremamente acolhedor e oferece uma boa relação custobenefício.

Não perca: Mars Canyon, próximo às costas meridionais de Issyk-Kul, tem uma paisagem espetacular, com picos vermelhos e vales secos. Foi explorado pela primeira vez como um destino turístico em 2019 durante uma expedição organizada por uma excelente companhia de excursões, Visit Karakol e documentado pela CNN Travel. — Barry Neild

Kyushu, Japão

Com Tóquio se mobilizando para sediar os Jogos Olímpicos de Verão 2020, o Japão trabalha duro se preparando para um grande fluxo de turistas, melhorando sua infraestrutura que já é de primeira linha.

Embora o foco principal esteja em Tóquio, tire algum tempo para explorar a ilha subtropical de Kyushu, que oferece mais de 36.000 quilômetros quadrados de paisagens estonteantes, alta gastronomia e uma variedade de atrações culturais.

A terceira maior das cinco ilhas principais do Japão, Kyushu se situa no sudoeste da ilha principal de Honshu. Não há necessidade de utilizar nenhuma embarcação, uma vez que várias pontes e túneis submarinos conectam as duas ilhas, garantindo uma viagem de cinco horas sem interrupções a partir de Tóquio em um dos famosos trensbala Shinkansen japoneses.

A maior cidade de Kyushu, a cosmopolita Fukuoka, é um paraíso gastronômico.

Pequenas cidades costeiras, como Kunisaki e Beppu são famosas por suas ruas pitorescas e seus onsen (fontes termais).

Há também a pequena cidade de Saga, que sediará a premiação do Melhor Restaurante da Ásia de 2020. A área é conhecida por seus lindos campos de arroz escalonados, montanhas e plantações de chá.

Não perca: Kyushu é também onde você encontrará Nagasaki, que em 2020 marca os 75 anos do bombardeio atômico da Segunda Grande Guerra Mundial. O Museu da Bomba Atômica de Nagasaki e o adjacente Salão do Memorial da Paz oferece uma percepção valiosa da guerra.

Embora essa cidade portuária seja sinônimo de tragédia, ela também está repleta de atrações que destacam sua história comercial com a Europa e a China, além de um fantástico cenário gastronômico beneficiado por sua posição costeira. — Karla Cripps

Nova Caledônia

No final de 2018, quando os residentes deste arquipélago no Pacífico Sul votaram se deveriam permanecer parte da França ou romper com ela para criar uma nova nação, uma questão começou a brotar nas buscas no Google ao redor do mundo: onde fica a Nova Caledônia?

O grupo de quatro arquipélagos – que, por sinal, optaram por permanecer um território ultramarino francês por enquanto – se situa ao Sul das Ilhas Salomão, no meio do caminho entre Fiji e a costa de Queensland, Austrália.

Uma resposta mais complicada é que a Nova Caledônia, ou mais precisamente, La Nouvelle-Calédonie, está em um local singular por si só. Com crepúsculos entremeados da cor rosa e faixas de praia com areias brancas, este local relativamente sem turistas é um destino perfeitamente remoto.

É como visitar o Sul da França quase vazio na época de verão, comendo doces amanteigados maravilhosos após pegar sol durante a tarde e sem estar cercado por uma multidão de pessoas.

Praticamente todos os viajantes iniciam a viagem na capital Noumea. A localidade em frente à lagoa de mesmo nome mescla prédios da herança colonial francesa com as cores do mar e do céu.

Com apenas cerca de 100.000 habitantes, é fácil viver uma vida simples lá. O viajante pode ficar em um Bed & Breakfast urbano, depois passar uma tarde mergulhando com snorkel, nadando ou praticando kitesurfing antes de se deliciar com peixe fresco acompanhado de Burgundies brancos importados.

Não perca: As três Ilhas Lealdade — Lifou, Mare e Ouvea –são um local ideal para aprender sobre o povo indígena Kanak, muito anterior à colonização francesa. Visite essas tribos e saiba mais sobre seus costumes, festivais e modo de vida. — Lilit Marcus

Paraty e Ilha Grande, Brasil

Picos cobertos de floresta tropical mergulham em um paraíso litorâneo neste recémeleito Patrimônio Cultural da UNESCO, a cerca de 250 quilômetros a sudoeste do Rio de Janeiro.

Ponto final de uma rota de ouro terrestre para a Europa no século 17, Paraty é uma cidade da era colonial energizada recentemente por um fluxo chefs e artistas criativos.

Olhe por trás das fachadas caiadas e portas pintadas com cores vibrantes no centro histórico da cidade e você encontrará galerias de arte modernas e restaurantes servindo pratos com ingredientes direto do produtor.

O entorno de Paraty é uma floresta exuberante de rica biodiversidade, onde trilhas de caminhada no Parque Nacional da Serra da Bocaina exploram o habitat de macacosaranha, onças pintadas, e dezenas de espécies de plantas.

Este cenário se estende para além da costa até a Ilha Grande, uma antiga colônia de leprosos e prisão que hoje atrai visitantes com suas águas claras de vicejante vida marinha.

Não perca: Pule de praia em praia em uma excursão de barco que dura o dia todo ao redor de Ilha Grande, parando para relaxar ao lado do famoso coqueiro-torto na Praia do Aventureiro. — Jen Rose Smith

São Tomé e Príncipe

A nação formada pelas duas ilhotas de São Tomé e Príncipe, no golfo de Guiné na África Ocidental, é um local significativo da biodiversidade equatorial.

Algumas vezes denominada as “Galápagos Africanas”, a selva rica e os picos vulcânicos da ilha fervilham de plantas nativas, incluindo centenas de espécies de orquídeas e begônias de três metros de altura. Há ainda muita vida selvagem para se observar, incluindo a menor íbis e o maior colibri do mundo, bem como as tartarugas marinhas que fazem seu ninho.

Apesar de ser um paraíso ecológico e um dos países mais estáveis da África, São Tomé e Príncipe atrai apenas 30.000 visitantes por ano, fazendo com que seja um dos países menos visitados do mundo.

Esse baixo número de visitantes pode ser parcipalmente atribuído ao fato de o país ser de acesso um pouco difícil. Mas o esforço vale a pena. Há voos diretos para São Tomé, a maior das duas ilhas, a partir de Lisboa, Cabo Verde, Angola, ilha Bioko e Gabão. Príncipe fica 140 quilômetros e pode ser acessada por um pequeno avião.

Juntas, as ilhas cobrem apenas 621 quilômetros quadrados e sua população não chega a 200.000 habitantes, fazendo deste o menor estado soberano africano depois de Seychelles.

As ilhas não eram povoadas até que os portugueses estabeleceram nela um entreposto colonial no século 15 e o legado do país europeu ainda é sentido na música, cultura e costumes. Grande parte da população descende de africanos escravizados trazidos para trabalhar nas plantações da ilha. A nação celebrou 40 anos de independência em 2015 e o café e o cacau ainda são os principais ativos econômicos.

Não perca: Lagoa Azul é um local para mergulhos, autônomos ou com snorkels, no Norte de São Tomé, sendo apreciada por suas águas de cor azul celeste. — Maureen O’Hare

São Petersburgo, Rússia

Até agora, muitos viajantes que desejavam ir à Rússia precisavam de alguma persistência para passar, com dificuldade, pelo visto. Não mais.

Desde julho de 2019, cidadãos de 53 nacionalidades – incluindo toda a União Europeia – podem agora obter um visto eletrônico para visitar a cidade setentrional de São Petersburgo por até 30 dias.

A capital imperial da antiga Rússia, por muito tempo a porta de entrada para a Rússia, necessita pouca apresentação. Seu mundialmente famoso Museu Hermitage e a arquitetura em estilo palaciano europeu eram um atrativo mesmo no tempo dos soviéticos. Seu Grande Hotel Europa hospedou um show improvisado de Elton John.

Hoje, a cidade é mais popular durante os meses mais quentes, em particular as chamadas “Noites Brancas” no meio do verão, quando, graças à sua localização mais ao norte, a cidade raramente vê alguma escuridão e as ruas se enchem de visitantes a qualquer hora do dia.

Mas São Petersburgo tem provavelmente seu momento mais romântico nos meses de frio congelante no inverno, quando o gelo obstrui o rio Neva e uma neblina flutua sobre a cidade.

Apesar das temperaturas abaixo de zero, é um ótimo momento para estar ao ar livre.

Há patinação nos parques, e mesmo maratonas de esqui. No coração da cidade, neve e gelo transformam prédios históricos, pontes e canais em cenários espetaculares que evocam a literatura clássica russa.

Não perca: Passeios ao longo do grande boulevard de compras Nevsky Prospect ou ao balé no Teatro Mariinsky não são muito lotados. E se o frio aumentar, você pode sempre experimentar uma banya clássica russa – uma sala quente no estilo de sauna, acompanhado por um mergulho nas águas geladas. Ou algumas doses de vodca. — Barry Neild

Sri Lanka

A nação insular no sul da Ásia do Sri Lanka é tão antiga quanto bela; uma civilização tão complexa agora como em qualquer momento de sua história de dois mil anos.

Apesar de tumultos recentes (como os ataques terroristas na Páscoa em 2019), o Sri Lanka continua sendo um destino essencial, um epicentro histórico, com relíquias e ruínas, templos e palácios, com a vida selvagem correndo livre.

Situado no Oceano Índico, ao largo da ponta sudeste da Índia, os viajantes podem erroneamente pensar o Sri Lanka como uma porta de entrada para praias. Mas, para uma imersão verdadeira na história do país, vá para o interior e visite o triângulo cultural do Sri Lanka.

Inicie na antiga cidade de Polonnaruwa capital do país no século 12. Este Patrimônio da Humanidade da Unesco é composto pelas ruínas de templos e dagobas (santuários em formato de abóboda) budistas e frequentado por monges em suas vestes de cor laranja.

Um pouco mais de uma hora de carro em direção oeste está a fortaleza rochosa Sigiriya. Algumas vezes referida como a “Oitava Maravilha do Mundo,” esta antiga formação vulcânica que se eleva a 200 metros de altura foi transformada em uma fortaleza na segunda metade do século cinco. Também um patrimônio da Unesco, Sigiriya é um dos pontos mais visitados no Sri Lanka.

Não perca: A Kandy Esala Perahera, entre 26 de junho a 16 de julho, é um festival anual em honra à Relíquia do Dente Sagrado, que acreditam ser o dente real do Buda.

Também imperdível: “A Reunião”, de julho ao início de novembro, quando manadas de elefantes selvagens migram para as costas de um antigo reservatório no Parque Nacional Minneriya, na parte central Norte do Sri Lanka. — Brekke Fletcher

Tunísia

Sua longa reputação como um destino de praia barato e agitado para os europeus levou um golpe após os ataques terroristas de 2015 no resort de Sousse e no Museu Nacional Bardo em Tunis. A consequente restrição a viagens pela Agência Estrangeira do Reino Unido dizimou a indústria do turismo do país.

Em 2018, a restrição foi suspensa e os europeus foram rápidos em voltar. Atualmente, o governo do Reino Unido desaconselha viagens até a fronteira com a Líbia e a determinadas áreas montanhosas no oeste.

A queda dos viajantes à procura das praias, no entanto, transferiu os holofotes para as credenciais históricas da Tunísia. E, pasmem, não é que a Tunísia as tem? – e não apenas o Patrimônio Mundial da Humanidade da Unesco em Cartago, a cidade fenícia fora de Tunis.

Dougga, a duas horas na direção sudoeste da capital, é uma cidade romana de templos silenciosos, ruas e complexos de banho – sem o emaranhado de paus de selfie sempre presentes em Pompeia. Outro Patrimônio Mundial da Humanidade da Unesco, ela é considerada a cidade romana mais bem preservada no Norte da África.

Depois, há Bulla Regia, a 160 quilômetros a oeste de Tunis, que em 2018 saiu de uma classificação “âmbar” (evite tudo além de viagens essenciais) para “verde” (sem problemas em visitar) nas recomendações de viagem do governo britânico.

Novamente, há um anfiteatro, fórum e um intacto bordel romanos. Escavações arqueológicas recentes também revelaram uma igreja e um cemitério cristãos datados do século quatro.

Não perca: O novo Anantara Tozeur Resort, que abriu em outubro de 2019 próximo a um oásis de palmeiras de tâmaras, está no meio de um terreno de “Star Wars” no sudeste do país, onde partes de vários filmes foram gravadas. É uma base ideal para explorar o Saara. — Julia Buckley

Ilha de Vancouver, Columbia Britânica

As grandes e belas cidades e parques nacionais das províncias orientais do Canadá são opções atrativas em todos os sentidos. Mas você dificilmente encontrará um baú do tesouro tão farto como a Ilha de Vancouver na Columbia Britânica na costa oeste do país – uma faixa de floresta preservada de 466 quilômetrose praias pontuadas por vilas pequenas e artísticas, além de uma cidade cosmopolita como capital.

Você poderia facilmente ocupar um mês inteiro repleto de aventura, com uma mochila nas costas, acampando e comendo bem. Mais viável é um itinerário entre duas cidades — o paraíso litorâneo ao sul e a capital, Victoria — com uma atraente viagem de cinco horas de carro, observando ursos.

Tofino é um lindo vilarejo de pesca com opções de jantar excelentes e baratas. É também popular para sua observação de baleias, que você pode ver bem de perto de um barco ou por cima em um hidroavião que decola do porto. O Atleo River Air Service possui uma rota de US$ 99 até algumas das fontes termais naturais da ilha para entrega de suprimentos e busca de passageiros — ainda é possível ver as baleias.

Victoria, em contraste com o resto da ilha selvagem, é uma cidade de arquitetura eduardiana imponente. Troque as botas para caminhadas por jantares de alta classe, compras, espaços verdes e visitas como o Royal BC Museum. Dê uma pausa para dormir em uma cabana flutuante no porto e pegar pequenos táxis aquáticos na cidade.

Ainda, oriente sua visita à Ilha Vancouver por atividade ou tema: escapada romântica, aventura ao ar livre, arte e cultura da Primeira Nação, peregrinação gastronômica, nirvana na natureza, safári de surf ou uma combinação delas.

Não perca: Visite Tacofino,um descontraído truck de tacos de alta qualidade localizado na parte de trás de um estacionamento de uma loja de artigos de surfe em Tofino, e Common Loaf Bake Shop, uma cafeteria popular e aconchegante, para encher seu estômago com delícias. — David G. Allan

Washington, D.C.

aguarde…

Todos os olhos estarão voltados para Washington em 2020, mas os viajantes do mundo estarão bem servidos olhando além do que promete ser uma eleição presidencial muito disputada.

Para os iniciantes, olhem com carinho para todas as opções. É difícil acompanhar a cena gastronômica em D.C., onde há 18 restaurantes com estrelas do guia Michelin entre os muitos e diversos estabelecimentos da cidade. Maydan, Little Pearl, Gravitas e Sushi Nakazawa são todos locais recentemente avaliados com uma estrela do guia Michelin.

A cidade está competindo em esportes como nunca antes, após o primeiro título de beisebol do azarão Washington Nationals, bem como o primeiro título de basquete feminino do Mystics e o campeonato de hóquei do Capitals em 2018.

O estádio Nationals Park situado ao longo do Rio Anacostia nos arredores do Capitol Riverfront, é um dos enormes projetos de desenvolvimento da região, atraindo restaurantes, hotéis, residentes e visitantes. Um novo e luxuoso hotel Thompson, com o restaurante Maialino Mare de Danny Meyer, foi inaugurado em janeiro no Capitol Riverfront e é uma das novas opções de acomodação de Washington em 2020.

A outra principal renovação nos arredores do histórico Waterfront Sudoeste, ao longo do Rio Potomac, está ancorada pelo The Wharf, um complexo de quase 10 hectares com restaurantes, bares, locais de música e um mercado de peixe histórico.

Deixando de lado as áreas modernas, as atrações testadas e comprovadas são razão suficiente para uma visita. O Monumento a Washington reabriu em setembro após anos de reparos, e o complexo de museus Smithsonian — onde a entrada é gratuita –é um tesouro nacional.

Não perca: Em março, o Museu Nacional da História Americana apresentará “Criando Ícones: Como Lembramos o Sufrágio Feminino” em comemoração ao Centenário da 19ª Emenda Constitucional garantindo às mulheres americanas o direito ao voto. — Marnie Hunter

Wuppertal, Alemanha

Uma cidade industrial na Alemanha Ocidental pode não soar como o ideal de férias de alguém, mas Wuppertal tem uma extraordinária carta na manga: um dos sistemas ferroviários mais incríveis do mundo.

Recém-reformada em 2019 após um fechamento de seis meses, a ferrovia municipal suspensa Schwebebhan, de 120 anos, parece algo saído da imaginação de Júlio Verne.

Trata-se da visão retrofuturista de um sistema de transporte público cujos trilhos se estendem pelas ruas e canais da cidade, levando passageiros por emaranhados de tráfego até estações tão futurísticas quanto o trem que as conecta.

Custa apenas alguns poucos dólares tomar a Schewebebahn junto com milhares de passageiros que a usa diariamente.

No caso improvável de desaparecer o interesse pelos monotrilhos suspensos, vale a pena explorar Wuppertal, uma das maiores cidades alemães.

A cidade é um playground de aventura arquitetônica, tendo direcionado com orgulho algumas de suas fortunas mercantis a exemplos clássicos de Art Deco, Bauhaus e inúmeros outros estilos.

O modesto site de turismo de Wuppert anuncia a cidade como um local para ficar enquanto se visita outros destinos próximos, provavelmente Colônia ou Dusseldorf. Nenhuma dessas, em particular, tem uma ferrovia suspensa, entretanto.

Não perca: Tente passear sobre duas rodas, em particular ao longo da Nordbahnstrasse –outra ferrovia, esta terrestre — que foi convertida em um percurso ciclístico de 22 quilômetros, cheio de verde, por toda a cidade. — Barry Neild

Wyoming

Grand Teton, Yellowstone, Jackson Hole e sufrágio feminino: estas são apenas algumas poucas razões para Wyoming, o estado menos populoso nos Estados Unidos, estar no topo de sua lista de 2020.

Em dezembro de 1869, Wyoming não era sequer um estado quando se tornou o primeiro território dos EUA a aprovar uma lei garantindo às mulheres não apenas o direito ao voto como também o direito a ocupar cargos públicos — 50 anos antes da ratificação da 19ª Emenda à Constituição dos EUA.

Além do compromisso com igualdade, Wyoming é um dos últimos bastiões do Oeste Americano, com beleza inóspita e natural que atrai amantes dos grandes espaços ao ar livre, aficionados por história, e pretensos cowboys.

Hospede-se em uma das estações de esqui mais amadas do país, Jackson Hole Mountain Resort (pernoite em Amangani, um cinco estrelas das redondezas), pesque uma truta de lago na Área de Recreação Nacional Flamming Gorge ou alivie os músculos doloridos na Casa de Banhos Gratuita no Parque Estadual de Fontes Termais. A rica história regional é também um atrativo, seja visitando as trilhas do Oregon Trail ou explorando o Forte Laramie (uma parada ao longo do Pony Express).

Você pode até visitar os antigos locais dos mísseis nucleares da Guerra Fria, a leste da capital Cheyenne.

Não perca: Cheyenne Frontier Days é o maior rodeio ao ar livre do mundo, realizado de 17 a 26 de julho e inclui dez dias de diversão familiar: um carnaval, desfiles, cafés da manhã com panquecas e as competições de montaria em touros do PBR Last Cowboy Standing. (Aqui na CNN Travel, estamos torcendo pelos touros.) — Brekke Fletcher

Zâmbia

Parques nacionais de fazer cair o queixo e uma vida selvagem imponente caracterizam este lindo país do Sul da África. Com mais de 30% da área do país reservada a parques nacionais, uma visita ao Zâmbia encoraja você a ficar próximo da natureza.

Pegue, por exemplo, o Parque Nacional South Luangwa, repleto de árvores, plantas e vegetação, lar de cerca de 60 espécies de animais, incluindo leopardos, elefantes e búfalos. Na direção oeste, o Parque Nacional Kafue, o maior do país, é um paraíso de flora e fauna.

As paisagens exuberantes do Parque Nacional Lower Zambezi, na fronteira com o Zimbábue, oferece aos visitantes panoramas deslumbrantes. O mais longo lago de água fresca do mundo, o Tanganica, flui parcialmente pelo país. Suas águas cristalinas abrigam centenas de espécies de peixe.

Se você deseja passar seus dias pegando sol, dirija-se ao Lago Kariba, a resposta de Zâmbia à Riviera francesa. Prepare-se para alguns dias de paz explorando o local em uma casa flutuante ou hospede-se  em um estabelecimento com cozinha na pitoresca cidade de Siavonga.

Partes das espetaculares Cataratas Vitória em Zambezi estão sendo afetadas pela seca no vizinho Zimbábue, mas suas cascatas retumbantes das cataratas ainda são imperdíveis. As cataratas oferecem rafting por águas claras, tirolesas, e bungee jumping, enquanto os visitantes podem participar de visitas guiadas sobre a história da ponte que liga os dois países.

Não perca: Os pôres-do-sol. Seria difícil não notar quando tonalidades vibrantes de laranja acobreado e amarelo dourado iluminam os céus zambianos, mas cada vez que isso acontece é uma beleza de tirar o fôlego. — Francesca Street

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