Espanha e Itália são países mais vulneráveis aos impactos da COVID-19 no turismo

Nações europeias, duas que mais somam mortes pela doença, possuem mais de 10% de participação do setor de viagens em suas economias

Pedro Teodoro,

da CNN, em São Paulo

Soldados patrulham a praça de São Marcos, em Veneza, Itália
Soldados patrulham a praça de São Marcos, em Veneza, Itália
Foto: Manuel Silvestri/Reuters (5.abr.2020)

Itália e Espanha som mais de 350 mil infectados cerca de 40 mil mortos na pandemia do novo coronavírus, segundo dados da Universidade Johns Hopkins. Os impactos às duas nações pela crise da COVID-19, porém, não se restringem à área da saúde.

O turismo de ambas as nações também sofre um duro baque com a pandemia — o que se reflete na economia como um tudo. Segundo dados do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC), divulgados pela Statista na última terça-feira (14), o setor de viagens corresponderam a, respectivamente, 14,3% e 13% dos PIBs de Espanha e Itália em 2019. Os dados levam em conta as arrecadações diretas de hotéis, agências de viagens, companhias aéreas , restaurantes, entre outros.

Dessa forma, os dois países europeus são considerados os mais vulneráveis aos impactos causados pelo coronavírus ao turismo, com a brusca redução de viagens em todo o mundo pela necessidade de isolamento social.

Nos Estados Unidos, nação mais afetada pela COVID-19 até o momento com mais de 645 mil contaminados, o impacto total das viagens e do turismo foi de 8,6% em relação ao PIB; esses setores representam cerca de  16,8 milhões de empregos nos EUA de acordo com o WTTC.

Com dados de 2019 do WTTC, a Statista avaliou a participação do turismo no PIB de oito dos países com mais casos do vírus. Depois de Itália e Espanha, o ranking mostra China (11,3% de colaboração de turismo no PIB), Alemanha (9,1%), Reino Unido (9%), Estados Unidos (8,6%) e França (8,5%) como mais vulneráveis pelos efeitos da pandemia no setor.

No Irã, onde o setor de turismo equivale a 6,8% da economia, os impactos tendem a ser menores.