A máquina do tempo californiana: do mais inovador destino do mundo a uma viagem para a década de 1940
O que um inesperado voo radical em uma aeronave utilizada durante a Segunda Guerra Mundial pode dizer sobre o passado e o futuro? Em sua coluna, o futurista Luiz Candreva reflete
A Califórnia é conhecida pela sua pujança econômica, seus vinhedos, movimentos de direitos civis, ascensão dos hippies e suas coloridas Kombis, surfe, natureza deslumbrante e, obviamente, a poderosa máquina de inovação e progresso tecnológico que alterou o mundo em que vivemos em mais de uma vez.
O Vale do Silício e suas adjacentes cidades “âncoras”, San José, ao Sul, e São Francisco, ao Norte da chamada Bay Area, compõem a região que mais gerou valor e riqueza para toda a humanidade até hoje.
Sinônimo de modernidade e olhar para o Futuro, é destino que atrai inúmeros empreendedores em busca dessa nova corrida do ouro, agora digital, e talentos de todas as partes do mundo em busca de mudá-lo.
São Francisco tem um lugar bastante especial no meu coração e certamente será tema não de uma, mas de inúmeras colunas por aqui.
É a cidade dos ventos que abraçam, das paisagens que encantam, dos pores do sol que, com perdão do clichê (que aliás só é clichê por ser verdade) sequestram nosso fôlego, e, além de tudo isso, atrai a curiosidade de executivos e empreendedores brasileiros que muitas vezes me convidam ou à minha empresa contratam para acompanhá-los em busca de desbravar o tal do modelo mental que fez desse pedaço de terra pendurado no Pacífico tão peculiar e único.
O Norte da Califórnia, contudo, não vive apenas de Futuro, aliás tem em suas origens pilares muito sólidos que remontam à conquista do Oeste Americano.
Por lá passou o ouro que sustentou a luta da União contra os Confederados, durante a Guerra de Secessão. Lá também foram montadas barreiras, baterias antiaéreas, canhões, bases secretas, radares, aeroportos e todo um aparato militar que visava defender a costa pacífica americana de uma potencial invasão Japonesa durante a Segunda Guerra Mundial.
Foi num desses aeroportos que encontrei uma máquina do tempo que me levaria de volta ao início da década de 1940.
Desvio de caminho
De supetão voltando de uma visita à região de Napa e Sonoma, condados vastamente preenchidos por vinícolas, sugeri ao motorista do grupo que fizéssemos uma rota alternativa, não retornando pela Bay Bridge, que conecta São Francisco a Oakland (cidade fortemente industrial e portuária na parte leste da baía), mas sim pela parte norte da cidade, pela Golden Gate Bridge.
Despretensiosamente, o trajeto adicionava cinco minutos ao todo, uma bela vista, e uma última oportunidade do grupo — que há uma semana visitava a região em tudo quanto é modal (barco, bikes, carros autônomos, van, trens, balsas…) — de visitar a famosa ponte que é cartão-postal da cidade e um dos mais fotografados marcos históricos do mundo.
Nada além disso, pensei.
Enganado estava, já que no meio do caminho encontrei uma das mais divertidas e peculiares experiências que já vivi na Califórnia.
Nós não nascemos para voar
Aprendi a voar com meu avô materno, um apaixonado por aviação e singular storyteller, muito antes de eu compreender o que era um avião ou sequer ter entrado em um. Desde pequeno já viajava em suas histórias.
A paixão pela aviação, imagino eu, estava tão entremeada em seu ser que veio até mim pelo DNA. Sou um aficionado pela nossa incrível capacidade de levantar algo que pesa como um prédio do chão (para não falar dos avião de manobras, acrobacias, e toda a história da aviação).
A paixão dele se reverteu não apenas na influência sobre os descendentes como eu, mas também em um dos mais icônicos monumentos ao patrono da aviação brasileira e pai do vôo do “mais pesado que o ar”, Santos Dumont, uma réplica, de bronze, em tamanho real do 14-bis, hoje situado na Praça Campo de Bagatelle em São Paulo e construído por intermédio desse engenheiro que tinha alma de aviador.
Essas máquinas funcionam colocando a pressão do ar para baixo de suas asas. Uma engenharia fascinante que após o voo de 23 de outubro de 1906 levou tantos outros pioneiros, inventores da aviação e criadores do amanhã seguirem aprimorando aquela que é das maiores invenções da humanidade.
Esses sim, que abraçaram o futuro e enxergaram no impossível como algo meramente a ser descoberto.
A aviação se baseia em uma série de técnicas, cálculos, uma engenharia hipercomplexa e de ponta que faz com que nós consigamos levantar toneladas e toneladas de aço num voo gracioso, hoje sem turbulências, fluido que nos leva de pontos a pontos do mundo numa velocidade nunca antes vista e, assim, conecta culturas, pessoas e também lugares tão diferentes quanto possíveis.
Eu tenho o privilégio de embarcar e decolar mais de 100 vezes por ano desde 2017 (salvo obviamente os anos de pandemia). Em que pese a rotina, coisa de dois a três voos por semana, o meu fascínio e entusiasmo absoluto pela nossa capacidade enquanto espécie de fazer um “prédio” voar seguem intactos e idênticos.
Eu amo toda a experiência, das arquiteturas dos aeroportos à segurança, da operação destes locais gigantes ou pequenos, modernos ou meramente uma pista de pouso. Voar é algo que beira a mágica em todos os momentos.
Não custa lembrar que há pouco mais de 100 anos começávamos a voar e hoje temos um helicóptero em Marte. O progresso voa em velocidades supersônicas e além.
Luiz Candreva
Onde e como voaremos amanhã é uma das mais excitantes perguntas que podemos fazer. Temos foguetes e naves com um ensaio do que serão viagens comerciais ao espaço, ou até interpaíses, que outrora levariam 12, 15, 18 horas, mas feitas em 20 ou 30 minutos via estratosfera. O céu da aviação no futuro é, com certeza, de brigadeiro.
Eu, como estudioso de futuro, espero que possamos, mais brevemente do que imaginamos, aproveitar todas essas oportunidades fantásticas que ele nos reserva.
Em que pese o futuro seja deliciosamente animador, o passado nos reserva também incríveis oportunidades de viver parte da história e curtir uma experiência singular. Foi o que vivenciei na Califórnia há mais ou menos um mês.
Nós não nascemos para voar e nossa racionalidade nos impulsiona a evitar altura e riscos, no mesmo tanto que nossa curiosidade nos impulsiona a explorar e extrapolar os limites.
A mesma mente que ativa nossos neuroreceptores para evitar riscos é capaz de criar um objeto que se desloca no ar sem uma sustentação aparente. A racionalidade é, ao mesmo tempo, inimiga da inovação e sua principal força motriz.
Saber equilibrar nosso lado racional com nossos impulsos de modo que um impulsione o outro é a maior habilidade que qualquer um de nós pode desenvolver. Aliás, sobre o tema, recomendo fortemente o livro “A Mentira da Racionalidade” (The Primal Brain) do best-seller americano e meu amigo Tim Ash.
Nas palavras de G.B. Stern, tanto otimistas quanto pessimistas contribuem para nossa sociedade. “A mesma mente que cria o avião cria o paraquedas”.
Nós não nascemos para voar, muito menos para voar de ponta cabeça e dar piruetas por aí, e numa fria análise todas as “razões racionais” deveriam nos impulsionar a não fazê-lo, mas criamos as máquinas e a habilidade que nos fez e faz capazes de tais estripulias.
Para além, dentro de muitos de nós há um impulso, um desejo primal de descoberta, de busca pelo novo, de encontrar os limites do medo, do risco e puxar para além.
Isso vale para quando tomamos risco ao abrir um negócio, quando passamos pela primeira vez o braço no entorno daquela pessoa especial no cinema, ou seguramos a mão de alguém que gostamos, um primeiro beijo, um destino inusitado, um pedido ousado, uma mudança de direção – vale até para quando decidimos embarcar num avião construído em 1941, usado na Segunda Guerra Mundial para fazer acrobacias nos céus do norte da Califórnia, sobre Sonoma e Napa Valley.
De volta a 1941
De uma quase soneca, entusiasmado fiquei imediatamente. Corri fotografar a placa que indicava “demo flights” e logo estava on-line encontrando os caminhos e detalhes para a experiência.
Fui atrás do telefone e do contato para que pudesse eventualmente entender se era possível voar nesses aviões. Encontrei um site que parecia ter sido construído em 2002, o que só aumentou minha expectativa em relação ao todo.
Lá estavam as orientações sobre como voar com o avião. Não havia necessidade de reserva nem nada disso, meramente ir ao aeroporto, num sistema de quem chegou primeiro, voa primeiro: first come, first serve.
Das mais vívidas memórias que tenho estou eu dentro de um avião da Primeira ou da Segunda Guerra Mundial, no estado da Flórida, voando com meu avô.
Ou quando menor, fotografando e curtindo tudo aquilo, já adolescente, espremido junto ao corpulento nono dentro de um cockpit originalmente desenhado para uma pessoa (e muitas bombas) novamente na Flórida, agora em Islamorada (sobre a qual tenho coluna anterior aqui no CNN V&G).
Assim não foi supresa quando vi um aeroporto em Sonoma recheado de clássicos aviões de combate, que lutaram contra os criminosos do Eixo durante a Segunda Guerra e garantiram boa parte das liberdades das quais desfrutamos hoje em dia — tais quais os aviões voando para lá e para cá, sendo não lembradas e valoradas como poderiam — eu tive a certeza de que teria de voar em um ou mais deles.
Não satisfeito apenas com isso, convidei uma amiga minha, Alessandra, com quem ia tomar um brunch num domingo e depois seguiria para passear pela Califórnia. Sugeri a ela que fôssemos voar e fazer acrobacias num avião que tinha quase 100 anos de idade. Para minha surpresa, ela topou na hora. E lá fomos nós neste domingo.
A Alê (ou para os íntimos Alessandra Zonari, 2xPhd) é uma cientista brasileira, radicada na Bay Area e com uma baita pesquisa sobre longevidade que resultou numa startup chamada OneSkin, que co-fundou com outra igualmente brilhante pesquisadora, Carolina Reis, que visa – da maneira como eu explico – eliminar a morte da realidade humana.
Ou seja, em outras palavras, é um cérebro treinado para método científico, hipótese e antítese e por aí vai. Logo o “então vamos” denota como o equilíbrio entre razão e impulso geralmente nos leva a melhores oportunidades na vida.
“Briefing” pré-voo
A verdade é que, enquanto dirigíamos sentido Sonoma, uma expectativa muito grande inundou os dois. Afinal, não é todo dia que você vira de ponta cabeça, vê o mundo para baixo sem nenhum teto sobre a sua cabeça.
E não é falar de uma montanha-russa, porque trilhos não há. Existe sim o ar, passando por debaixo e até por cima das duas asas, fazendo com que um avião, seja sustentado em voo meramente pela propulsão de uma hélice à frente, garantindo assim a possibilidade de voar pelos secos céus californianos, manobrando e dando piruetas para lá e para cá.
Chegamos ao aeroporto supercharmoso. Fomos recebidos por um estereótipo de um veterano de guerra: piloto com cabelo bem penteado, óculos de aviador da Ray-Ban, uma camisa polo colocada para dentro da calça, uma fivela de cinto com uma águia, calças jeans daquelas tradicionais, sem lavagem nem nada disso.
Um verdadeiro americano do século passado, das décadas de 1950, 60, 70 e 80. Aquele perfil clássico.
Junto dele, alguém que me parecia o filho ou, se não, um sobrinho muito magrelo, rapaz apaixonado pela aviação, que estava lá dando um trato nos aviões, deixando tudo limpo, organizado, bem apresentável.
Sem nenhum luxo, sem nenhum glamour.
Uma geladeira antiga no canto, um balcão de madeira improvisado, uma oficina completa e tudo absolutamente focado na aviação. A paixão por motores era visível.
Aviões, carros e motos para todos os lados, todos sem quaisquer detalhes, sem nenhuma sujeira em meio ao deserto, sem poeira – os antigos diriam “um brinco”.
A cada 15 minutos, via-se o rapaz encerando os aviões e deixando-os impecáveis, não por conta de clientes.
Claramente aquilo não está voltado para o público externo. O site, antigo sistema de reserva, também. O objetivo todo não é o conforto do cliente, mas a paixão pela aviação que certamente move essas pessoas.
Paixão essa que eu compreendo bem, que, como disse, veio no meu DNA, veio embutida aqui dentro.
Senhores passageiros, começaremos seu embarque
Sem mais delongas, vamos às instruções e ao embarque. Analisamos a aeronave, entendemos os comandos, recebemos um briefing muito rápido sobre como utilizar os paraquedas que carregaríamos nas costas.
Neste tipo de voo, as peculiaridades começam por aqui, já que a Federal Aviation Administration (FAA), agência de aviação americana, determina o uso deste tipo de equipamento de emergência caso o passageiro venha a cair do avião ou ocorra outro tipo de acidente que nos leve à “ejetar” ou, mais apropriadamente, nos lançarmos ao vento, caso fosse necessário.
Entramos no avião, insistimos (leia-se, a Alê insistiu) no pacote de acrobacias. Pacote esse que talvez fosse permitido, talvez não fosse; não ficou muito claro.
Existe ali uma zona meio cinza, um limbo, mas o fato é que conseguimos convencê-los.
Prontos para decolar. O cockpit é superapertado. Imagine um lugar no qual deveria caber uma pessoa com algumas bombas na época em que esses aviões eram utilizados na guerra para bombardeio.
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Alessandra na cabine do pequeno avião • Luiz Candreva
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Aeroporto em Sonoma é recheado de clássicos aviões de combate • Luiz Candreva
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O mais pesado da aeronave é o motor que fica à frente • Luiz Candreva
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Hoje, ele conta com um banco de madeira com um cinto que é basicamente uma fita de pano que se encontra com outra de modo cruzado no peito dos aviadores, prendendo duas pessoas pelo ombro à uma fuselagem extremamente leve que, de meramente se encostar, se levanta.
É apenas isso. O mais pesado da aeronave é o motor que fica à frente. Um oito ou 12 cilindros, dependendo do modelo que propulsiona uma hélice de madeira a levar todo esse conjunto para o ar.
A Alê entrou, logo após eu. Sentamos, prendemos o cinto, recebemos pequenas instruções da comunicação. Não feita por rádio, não feita por voz, mas meramente por alguns tapinhas nos ombros, um sinal de positivo e um sinal de não queremos mais para as acrobacias (que acreditem, é necessário).
Portas em Automático
Eis que decolamos. Voamos sobre Sonoma, Napa Valley, regiões muito bonitas e por esse trajeto, chegamos até uma área que é como se fosse um sandbox: uma área exclusiva, uma janela aberta para as manobras, as acrobacias, lugar esse em que naturalmente não há população embaixo. Uma área bastante rural.
Lá, sem nenhum tipo de aviso, meramente um tapinha no ombros alguns segundos antes, o piloto começa a fazer uma série de manobras.
Eu iludido, assim como me parece a Alê também, imaginava que haveria algumas manobras e depois uma pausa. Outras manobras, uma nova pausa. Alguma coisa assim.
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Luiz Candreva e a amiga Alessandra prontos para adentrar a aeronave • Luiz Candreva
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Alê tira fotos enquanto o piloto ainda não realiza manobras bruscas • Luiz Candreva
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Sobrevoar a região de Sonoma é se deparar com paisagens incríveis deste canto da Califórnia • Luiz Candreva
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A verdade foi extremamente diferente.
Depois de um voo muito tranquilo de seus 20 e poucos minutos até essa região, começamos uma série de manobras em sequência, todas conectadas e durante o que nos pareceu 40 minutos, mas que de fato foram lá pelos seus oito a 10 minutos.
Viramos de ponta cabeça, fizemos parafuso, looping para lá, “stallou” o avião, ou seja, levou o equipamento até um ponto em que o motor não conseguia propalar mais para cima e fez com que o avião assim perdesse a potência e começasse a cair.
Ao fato que ele joga de lado, desce de ponta cabeça um looping invertido, faz uma pirueta, aponta com o bico do avião para baixo e levanta o avião. Depois uma pressão tremenda no estômago, no corpo inteiro, o céu para baixo, mas a pressão para as pernas.
Uma sensação única, incrível, indescritível.
A verdade é que é uma experiência singular. Não dá para descrever e eu sei que parece clichê, mas a realidade é que não dá para colocar em palavras como esse tipo de coisa funciona.
Há duas maneiras de vivenciar isso de fato: voltar a 1950 ou, a mais fácil, ir até Sonoma Valley e voar nesse avião.
Retornem seus assentos para posição vertical
Depois de algumas manobras, já estávamos mais para lá do que pra cá. Naturalmente você que não está acostumado, assim como nós, acaba ficando enjoado.
Eu e a Alê nos divertimos fortemente, mas tudo tem um limite e em certo momento pedimos para encerrar o ciclo de manobras.
Voltando para a base, num trajeto que em que pese seja mais curto, mais rápido, pareceu muito mais longo, tentando manter tudo o que estava dentro do estômago e — devo dizer, com muito sucesso — a sensação que foi completa com o pouso era de completude, de termos conquistado medos, de termos enfrentado nossos desafios e, essencialmente, de termos descoberto algo incrível.
Quantas coisas existem próximas de nós pelas quais passamos batido? Essa experiência por exemplo é bastante próxima para cada um dos dois, já que a Alê, por exemplo, mora a cerca de 25 minutos do aeroporto e eu já tive inúmeras incursões por aquela região e nunca tinha visto esse local.
Uma sensação gostosa de conquista e de abertura para o novo e um passeio incrível.
“Apenas” 90 minutos depois, já recuperados, seguimos para um final de dia num pôr do sol singular que só a Califórnia pode prover.
Pôr do sol esse que, por causa das queimadas naturais que acontecem na Califórnia todos os anos, fica mais arroxeado ou eventualmente até avermelhado, por conta da maior presença de carbono no ar, que faz com que a difração dos raios de luz, que geralmente junto ao ozônio e ao oxigênio se transformem no céu azul como nós vemos habitualmente, acaba levando a um céu com tons de vermelho, laranja e rosa.
Há pouco mais de 100 anos Santos Dumont, em ato de extrema coragem e até petulância, desafiava a gravidade e se lançava ao ar dando os primeiros passos em superar descrenças, medos e inclusive sua proeminente e brilhante racionalidade.
A verdade é que aviões são o fruto da racionalidade humana, expressa através da inventividade, criatividade e da engenharia, para além dos números, cálculos, engrenagens e afins.
São também, e talvez com maior ênfase, o resultado de um quase ingênuo otimismo e de nossa capacidade de sonhar e se desapegar da racionalidade para conseguir acreditar no impossível.
Voar é uma conquista composta de dois atos, um que nos faz calcular e encontrar na ciência e na racionalidade as respostas para executar tudo aquilo; e outro que nos permitiu antes sonhar e acreditar com inabalável fé na possibilidade do voo.
Luiz Candreva
Não importa porque o pôr do sol é laranja. Apenas o aproveitemos.
O quanto cada um de nós consegue desligar parte do racional e se conectar com o emocional (e vice-versa) é o motor propulsor do futuro e das grandes conquistas humanas.
As acrobacias da vida só acontecem nessa dicotomia. Essa ambidestria cérebro x coração e suas vicissitudes são a maior viagem que cada um de nós pode fazer.
Sobre Luiz Candreva
Luiz Candreva é um dos principais futuristas brasileiros. Head de inovação da Ayoo, colunista da CBN e CNN Brasil, diretor de criação do Disruptive MBA, é professor da Fundação Dom Cabral, da HSM, e da Startse; board member do Aleach Ventures, palestrante com mais de 800 apresentações em diferentes países, além de recordista mundial de KiteSurfing.
*Os textos publicados pelos Colunistas não refletem, necessariamente, a opinião do CNN Viagem & Gastronomia.