Veja as melhores ilhas da Europa para fugir do agito e curtir o melhor da natureza
De locais com uma incrível vida noturna a pontos vulcânicos longe do continente, a Europa tem ilhas de sobra. Mas para cada Mykonos, Ibiza ou Santorini, há um lugar menos conhecido e igualmente adorável para onde você pode fugir das multidões e se aproximar da natureza.
Confira algumas das melhores ilhas da Europa para fugir da agitação do cotidiano.
Schiermonnikoog, Holanda
A Holanda é mais conhecida por canais, diques e ilhas tropicais holandesas do Caribe, como Bonaire e Curaçao, do que pelas ilhas de areia ao longo da costa do Mar do Norte do país. Mas uma das ilhas mais pacíficas da Europa o aguarda em Schiermonnikoog, nas ilhas da Frísia Ocidental, localizada na costa norte da Holanda, em uma enseada rasa do Mar do Norte chamada Mar de Wadden.
Lar de apenas 950 pessoas e uma cidade solitária, Schier, como os locais chamam a ilha, é principalmente um parque nacional, coberto de dunas e florestas e com algumas das praias mais intocadas da Europa.
“Além da bela natureza e de sua vastidão, não há muito o que fazer na ilha. E é justamente esse o charme de lá”, diz Annemarieke Romeijn, que tem uma casa de férias em Schiermonnikoog, para onde sempre vai.
Apenas residentes podem dirigir carros na ilha, onde você pode chegar a partir da vila holandesa de Lauwersoog pegando uma balsa de 45 minutos. Uma vez lá, os visitantes podem passar o tempo caçando pedaços de âmbar levados para a praia nas amplas faixas de areia branca da ilha, fazer aulas de kitesurf ao longo dos bancos de areia naturais, pedalar e caminhar pelos quilômetros de trilhas solitárias da ilha.
Heimaey, Vestmannaeyjar, Islândia
Lar de mais papagaios-do-mar do que pessoas, a ilha de Heimaey em Vestmannaeyjar (Ilhas Westman), na costa sul da Islândia, parece ter saído de um livro de histórias, com falésias verde-esmeralda pontilhadas de ovelhas, uma extensa praia de areia preta e cavernas marinhas escancaradas em sua costa acidentada.
“Só a vista de Heimaey é de tirar o fôlego”, diz Eyrún Aníta Gylfadóttir, do Hotel Ranga, um hotel na Islândia continental que regularmente envia hóspedes em passeios de balsa para as Ilhas Westman, uma travessia de 40 minutos.
“O porto é cercado por altas falésias e abriga aves marinhas de vários tipos, como papagaios-do-mar, ganso-patola do norte, fulmar do norte e cagarro”, diz ela.
Uma erupção vulcânica cataclísmica em Heimaey em 1973 cobriu a área em 200 milhões de toneladas de cinzas e lava, mas milagrosamente apenas uma morte foi relatada. Hoje reina a paz absoluta, com trilhas solitárias para explorar e vistas do oceano.
Apenas cerca de 4.500 pessoas compartilham Vestmannaeyjar com quase um milhão de pares de papagaios-do-mar que compõem a maior colônia de papagaios-do-mar do Atlântico no planeta. A época de reprodução, entre abril e o final do verão, vê os pássaros saindo das falésias e carregando peixes para seus filhotes em tocas nas falésias.
Ilha das Flores, Açores, Portugal
Uma das ilhas mais remotas de um arquipélago já remoto, a Ilha das Flores, no extremo oeste dos Açores, é o sonho de qualquer amante da natureza.
Lagos de crateras azuis profundas, encostas verdes vívidas, vales profundos, cachoeiras e fontes termais ferventes estão entre as vistas sobrenaturais da ilha vulcânica de 142 quilômetros quadrados que abriga cerca de 3.400 pessoas, onde você pode chegar por meio de voos de outras ilhas açorianas
“Nesta ilha você tem a sensação de estar em outro mundo. Sem poluição, sem estresse, sem barulho” diz Gabriela Silva, 69, que nasceu em Flores e ainda mora na ilha perto de um Airbnb que aluga para hóspedes.
“O mar ao redor é muito limpo, azul profundo e você pode mergulhar e sentir a sensação de estar na casa dos deuses.”
Um dos locais mais mágicos das Flores é a Rocha dos Bordões, uma formação geológica de colunas de basalto envoltas em vegetação que mais parece o cenário de um filme de dinossauro.
Com apenas 26 quartos, o Hotel das Flores é o maior hotel da ilha, localizado na principal cidade portuária da ilha, Santa Cruz das Flores. Lugares para aluguel de temporada estão espalhados por toda a ilha.
Naustholmen, Noruega
Os visitantes devem voar para Bodø no norte da Noruega e continuar para o norte de barco para chegar a esta ilha particular de propriedade da aventureira norueguesa Randi Skaug, a primeira mulher norueguesa a escalar o Monte Everest.
Os hóspedes de Naustholmen ficam em quartos distribuídos em três casas na ilha e passam os dias andando de caiaque em praias de areia branca banhadas por águas azuis profundas ou caminhando pelos picos próximos para ver as ilhas Lofoten ao norte.
Eles também podem simplesmente se balançar em uma rede (ou até mesmo passar a noite em uma) e não fazer nada, cercados pelo silêncio e pela beleza deste lugar remoto.
“Almoce em uma fogueira na praia, caminhe pela espetacular Nordskot Traverse ou ouça um miniconcerto em uma caverna local”, diz Torunn Tronsvang, CEO da empresa de viagens Up Norway. “Este é um lugar que dará energia e inspiração.”
Ilha de Tiree, Escócia
Basta olhar para as águas azul-turquesa e safira profundas e para as ondas de surf perfeitas que rolam em suas margens e fica claro o motivo pelo qual a Ilha de Tiree é às vezes chamada de Havaí do Norte.
A ilha mais ocidental do arquipélago das Hébridas Interiores, na costa oeste da Escócia continental, Tiree, com 19 quilômetros de extensão, é conhecida por seu clima ameno, ar puro e belas praias de areia branca que podem ser facilmente confundidas com o Caribe em fotos, se não pessoalmente.
As temperaturas da água em agosto ficam na casa dos 14ºC.
Os surfistas corajosos conhecem Tiree por suas pausas na praia desertas, e o Reef Inn atende à multidão de surfistas.
O Tiree Music Festival anual atrai até 2 mil participantes todo mês de julho para uma extravagância de música folclórica escocesa, mas na maioria das vezes você terá as trilhas planas para caminhada e ciclismo da ilha e 72 quilõmetros de lindas praias para você.
Os visitantes chegam a Tiree por meio de passeios de balsa de quatro horas de Oban ou voos de Oban ou Glasgow na Loganair.
Arquipélago das Berlengas, Portugal
Um dos destinos insulares mais surpreendentes de Portugal aguarda os visitantes que chegam de barco para passeios de um dia ou para acampar durante a noite no arquipélago das Berlengas, três grupos de ilhas quase desabitadas dentro da Reserva da Biosfera das Berlengas, classificada pela Unesco.
A cerca de 10 quilômetros da costa da cidade de Peniche, em Portugal continental, o arquipélago é mais conhecido pelo Forte de São João Baptista, uma fortaleza datada de 1600 que comanda uma presença imponente no topo de um afloramento rochoso nas Berlengas Grande, a maior ilha do corrente.
Os quartos podem ser reservados na pousada do forte durante o verão para pernoites.
A Berlengas Grande tem parques de campismo abertos durante o verão onde os visitantes podem pernoitar e sentir-se sozinhos sob a Via Láctea.
“A paisagem é árida, mas bonita, e a vista do Oceano Atlântico que bate nas ilhas é impressionante”, diz Arlindo Serrao, da Portugal Dive.
Serrao diz que o arquipélago é um dos melhores locais para mergulho em Portugal, graças a correntes únicas e a um clima influenciado pelo oceano Atlântico e pelo Mediterrâneo.
Mola mola (peixe-lua oceânico) às vezes pode ser visto nas águas, e as ilhas são um dos locais mais importantes ao longo da costa continental de Portugal para a reprodução de aves marinhas.
Alicudi, Sicília, Itália
Deixe as multidões inspiradas no “White Lotus” para Taormina e vá para a mais ocidental e remota das Ilhas Eólias vulcânicas da Sicília para uma experiência diferente.
Selvagem e acidentada, Aliduci é a menos habitada das sete ilhas da cadeia ao largo da costa norte da Sicília, que incluem Stromboli e Lipari, entre outras.
“É a ilha mais selvagem da Sicília. Eles ainda usam burros para transportar mercadorias em Alicudi”, diz o siciliano Francesco Curione. “Se você está procurando tranquilidade e uma sensação de náufrago, este é o lugar.”
O característico cone vulcânico de Alicudi ergue-se do Mar Tirreno com um efeito dramático, com barcos de pesca coloridos balançando ao longo da costa, completando o visual de cartão postal.
Comprar peixe direto dos pescadores de Alicudi é imperdível.
Não há carros por lá e apenas cerca de 100 moradores habitam o local, então encontrar um local tranquilo só para você nunca é um problema. Quanto mais alto você caminha pelos degraus de pedra de lava que sobem as encostas vulcânicas, mais profundo é o silêncio e o escapismo.
Não há hotéis em Alicudi, mas o aluguel de villas e os Airbnbs facilitam a acomodação e a estadia.
Skyros, Grécia
Ilhas gregas como Santorini e Mykonos, nas Cíclades, podem ficar tão lotadas de turistas durante os meses de verão que você pode ficar se perguntando do que se trata todo esse hype. Para uma experiência mais isolada nas ilhas gregas, concentre-se no norte do Mar Egeu até a ilha de Skyros.
Uma das 24 ilhas na cadeia de Sporades, em grande parte desabitada, no noroeste do Mar Egeu, Skyros é alcançada por meio de voos da Grécia continental, bem como por balsa do continente e outras ilhas gregas próximas.
Uma vez lá, há praias isoladas para explorar, um castelo bizantino elevando-se sobre a cidade principal e o mar e até mesmo uma raça antiga de cavalos em miniatura, o cavalo Skyrian, que vive livre como selvagem apenas nesta ilha.
Com exceção da preparação para a Quaresma – quando o famoso carnaval de Skyros coloca a ilha em modo de festa ininterrupta com desfiles e folia fantasiada e uma inundação de atenienses – é um lugar extremamente pacífico.
Ilha Rathlin, Irlanda do Norte
Estendendo-se por 10 quilômetros em tons de esmeralda e com apenas 1,6 quilômetros de largura, a Ilha Rathlin, na costa da Irlanda do Norte, abriga apenas cerca de 150 residentes permanentes.
Os visitantes que chegam por meio de uma rápida travessia de balsa de Ballycastle, no continente, são transportados para um deserto de dramáticas falésias que abrigam milhares de pássaros que nidificam, incluindo papagaios-do-mar, guillemots, kittiwakes e razorbills.
Colônias de focas se alinham nas enseadas remotas de Rathlin.
Trilhas para caminhadas cruzam a ilha cênica acidentada e mergulhadores experientes são atraídos para debaixo d’água para explorar as dezenas de naufrágios perto da costa que incluem o HMS Drake, torpedeado por um submarino alemão durante a Primeira Guerra Mundial.
Não perca uma visita ao Rathlin West Light, um farol construído de cabeça para baixo nas rochas para cortar melhor o nevoeiro baixo e denso que frequentemente desce sobre a ilha.
Fasta Åland, Finlândia
No Golfo de Bótnia, entre a Suécia e a Finlândia, o arquipélago de Åland tem mais de 6.500 ilhas, das quais apenas cerca de 60 são habitadas.
Dizer que há espaço para relaxar e respirar nessas ilhas do Mar Báltico é um eufemismo.
Uma região autônoma, as ilhas pertencem à Finlândia, mas estão a apenas 40 quilômetros da Suécia, sendo o sueco o idioma oficial.
Fasta Åland é a maior ilha do arquipélago e uma boa base para explorações. Faça um passeio de bicicleta pelas ilhas próximas conectadas por balsas e pontes ou simplesmente acomode-se em um aluguel por temporada ou hotel com sauna e vista para o mar para um descanso relaxante.
HavsVidden oferece um refúgio isolado no norte de Fasta Åland com villas com saunas próprias com vista para a costa rochosa.
