Theatro Municipal comemora centenário da Semana de Arte Moderna de 22

Programação especial entre 10 e 17 de fevereiro conta com concertos, espetáculos de dança, expedições, shows, exposições e sarau no centro de São Paulo

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Uma programação especial tomará conta do Theatro Municipal de São Paulo entre os dias 10 e 17 de fevereiro em celebração aos 100 anos da Semana de Arte Moderna no Brasil. O período contará com apresentações da Orquestra Sinfônica Municipal, do Coral Paulistano, do Quarteto de Cordas e do Balé da Cidade, além de ciclo de encontros, shows, sarau, expedições e outras diversas atividades pelo centro.

O teatro de São Paulo foi palco para o movimento que reuniu artistas e intelectuais que propuseram renovações no cenário artístico da época, um período de valorização de uma cultura essencialmente nacional.

Destaques da programação

Cartaz do Centenário da Semana de Arte Moderna do Theatro Municipal/  Reprodução/Theatro Municipal

Agora, 100 anos depois, o local reafirma sua importância nas artes e começa as comemorações no dia 10 com a instalação artística “Recostura”, da artivista Chris Tigra, que ficará na fachada principal do teatro por um mês. Terá início no mesmo dia um ciclo de encontros, assim como uma apresentação do Coral Paulistano, trazendo um repertório de Música Coral Brasileira, sob a regência de Maíra Ferreira.

No sábado (12), o público poderá participar da Expedição Modernista, onde os participantes caminharão pelo centro fazendo paradas na Casa da Imagem, na Biblioteca Mário de Andrade e no Theatro Municipal. O objetivo é propor diferentes maneiras de olhar a cidade e sua história com o contexto da Semana de 22.

Já entre os dias 12 e 13, a Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo realiza duas apresentações com um programa completo de Heitor Villa-Lobos. No dia 13 é a vez da Orquestra Experimental de Repertório celebrar o centenário com obras de Gnattali e Villa-Lobos com regência de Jamil Maluf e participação especial de Daniel Murray. O Balé da Cidade também não fica de fora e apresentará nos dias 16 e 17 a obra inédita “Muiraquitã”, com coreografia de Allan Falieri.

O grupo Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo, criado pelo próprio poeta Mário de Andrade, apresenta o programa “Identidade Brasileira”, em que interpreta o Quarteto de cordas nº 3, de Villa-Lobos, e o Quarteto nº 2, de Camargo Guarnieri.

Durante o ciclo de encontros, o Theatro trará convidados para refletir sobre assuntos relacionados ao patrimônio e acervo. Na segunda-feira (14), o complexo levará os principais saraus da cidade para se apresentarem no palco, com o rapper e compositor Rappin’Hood como mestre de cerimônias.

Vale ressaltar que algumas das atividades são gratuitas, enquanto outras funcionam mediante a compra de ingressos e reservas digitais. Confira a programação completa do centenário no Theatro Municipal aqui. 

Celebrações além do Theatro

Praça das Artes, local ligado ao Theatro Municipal que receberá parte das celebrações do centenário / Wikimedia Commons

Na Avenida São João, a Praça das Artes – espaço cultural aberto ao público ligado ao Theatro – também recebe parte das celebrações do centenário. Na sexta-feira (11), haverá o show de Dona Onete e do Dj Ju Salty, e no dia 15 o espetáculo “Esta Noite Se Improvisa!” ganha vida na praça, com improvisos de várias linguagens artísticas, como dança, teatro, poesia e discotecagem. A programação de saraus e improvisos terá sequência mensal, a partir de abril.

Uma publicação digital sobre as celebrações da Semana de Arte Moderna no Theatro Municipal também está sendo preparada pela entidade cultural.

A Semana de Arte Moderna de 22

Em 1922, entre os dias 13 e 17 de fevereiro, diversas apresentações de dança, música, recital de poesias, exposição de obras – pintura e escultura – e palestras ocorreram nas imediações do Theatro Municipal de São Paulo, o que marcou o pontapé do Modernismo no Brasil.

Artistas como Mário de Andrade, Anita Malfatti, Oswald de Andrade, Di Cavalcanti, entre outros, trouxeram uma nova visão de arte para o país que rompeu com a arte acadêmica e trouxe uma revolução estética e social no cenário nacional.


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