França: 5 cidades imperdíveis na região da Provence
Uma das regiões mais charmosas do país, a Provence encanta com seus campos de lavanda, mas vai além com cidadelas medievais e passeios gastronômicos e culturais
Campos de lavanda, vilarejos medievais e surpresas históricas, gastronômicas e culturais por todos os cantos. Esse é um gostinho da Provence, uma das regiões mais encantadoras da França que nos presenteia com elegância e charme de sobra.
Protagonista de episódios da 4ª temporada do CNN Viagem & Gastronomia, a Provence nos proporciona dias recheados de calmaria e paisagens inesquecíveis.
A vida moderna convive com os resquícios de milhares de anos e as ruelas bem conservadas das cidades são preenchidas por diferentes sabores, cores e texturas.
Entre dicas do que ver, o que visitar e onde comer na Provence, confira a seguir 5 cidades imperdíveis de serem visitadas em um roteiro pela região:
Aix-en-Provence
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Um dos destinos mais charmosos da Provence, Aix-en-Provence tem cerca de 140 mil habitantes e mantém o sentimento de interior do sul da França com toques de elegância. Fundada em 122 a.C, a cidade conserva construções medievais e nos leva a uma deliciosa viagem em bistrôs, cafés, parques, jardins e feiras.
Terra natal do pintor pós-impressionista Paul Cézanne, seu ateliê fica a 10 minutos do centro e guarda muitos objetos originais do artista. A visita individual leva cerca de meia hora e custa 6,50 € (cerca de R$ 34).
Já Bibémus é uma antiga pedreira em que o pintor alugou uma cabana – que existe até hoje – e que foi tema de vários de seus quadros. Para visitar o local é necessário entrar na página oficial e seguir as instruções de ofertas de guias.
Outros passeios por Aix-en-Provence incluem café da manhã na Cours Mirabeau, principal avenida da cidade com vários restaurantes, incluindo as docerias Béchard e Weibel, e que sedia uma das maiores feiras regionais.
Entre as atrações culturais há a Cathédrale du Saint-Sauveur, construção mais antiga da cidade; o Hôtel de Caumont, centro de arte dentro de um palacete do século 18; o Musée Granet, focado nas belas artes e com coleções do século 15 e 16 em diante; a Chapelle des Pénitents Blancs, para quem gosta de arte moderna; e o Pavillon de Vendôme, casarão do século 17 usado como parque.
Avignon
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Às margens do Rio Ródano e a 91 km de Aix-en-Provence, Avignon possui quase 100 mil habitantes e conserva muralhas medievais por todos os cantos. O Centro Histórico de Avignon, inclusive, é Patrimônio da Unesco. A ponte Saint Bénézet faz parte dele e começou a ser construída em 1177. Hoje é possível visitar o espaço remanescente da ponte por 5 € (R$ 26,50).
Avignon também foi residência dos papas católicos no século 14 e um dos maiores monumentos medievais da Igreja Católica Romana é justamente o Palácio dos Papas da cidade.
De estilo gótico, ele é grandioso, com 15 mil m² de área construída e paredes bem grossas para assegurar a segurança da época. A entrada sai a partir de 12 € (R$ 63,60)
Junto do palácio, o Museu do Petit Palais e a Catedral românica de Notre-Dame-des-Doms completam os monumentos que valem a visita e tiveram papel importante na história cristã francesa.
Outro local agradável para visitas é o Rocher des Doms, na margem esquerda do Ródano, em que o cume é coberto por um agradável jardim do século 19, o Jardin des Doms, erguido no estilo inglês.
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Entre as paradinhas gastronômicas há o Restaurant Sevin, anexo ao Palácio dos Papas e liderado pelo chef Guilhem Sevin, que coloca à mesa criações culinárias modernas em torno de diferentes menus-degustação entre 45 € e 145 € (R$ 238 e R$ 768) e opções à la carte.
Há também o Le Restaurant do hotel La Mirande, que possui uma estrela Michelin; e a Maison Brémond 1830, lojinha que vende produtinhos com amêndoas, especiarias, azeites e trufas e doces.
Arles
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A uma hora de Marselha, Arles é a cidade mais romana de toda a França, com direito a teatro, anfiteatro e resquícios da ocupação dos romanos na região. Ela remonta ao século 7 a.C e é Patrimônio Mundial da Unesco.
A visita ao Teatro Romano e ao Anfiteatro, chamado também de Arena, é indispensável. Mesmo após dois mil anos, o anfiteatro continua preservado, recebe visitantes e sedia aulas e eventos. Ou seja, permanece com sua função. Semelhanças com o Coliseu não são por acaso: o plano da Arena de Arles é o mesmo da estrutura de Roma.
A entrada em ambos os locais pode ser feita mediante pagamento de uma taxa de 9 € (R$ 47). Os arredores têm vendinhas e comércios típicos com queijos tradicionais, lembrancinhas e doces.
No centro histórico há ainda a Praça do Fórum, que era o centro econômico e político da cidade e onde hoje restam algumas colunas romanas. A praça possui também um enorme subsolo com arcos e galerias.
Arles também serviu como residência para o pintor holandês Vincent Van Gogh, que morou aqui entre 1888 e 1889, período mais produtivo de sua carreira. No centro, o Le Café Van Gogh, chamado originalmente Le Café La Nuit, foi eternizado em um dos quadros do artista holandês batizado de “O Terraço do Café na Place du Forum, Arles, à Noite”.
Diz a história que Van Gogh frequentava assiduamente o espaço. Dentro do café há até uma reprodução da obra que deu fama ao lugar.
Les Baux
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Aninhada entre Arles e Avignon, a pequena comuna de Les Baux é uma das mais bonitas da Provence e fica no chamado Vale do Inferno.
Vilarejo medieval, aqui andamos em meio a construções que datam cerca de mil anos e o cenário ao redor é preenchido por pedras e pedreiras.
É neste cenário que fica o Carrières des Lumières, núcleo de arte digital em uma pedreira desativada com mais de sete mil m² de projeções. Os espetáculos, que envolvem luzes, músicas e efeitos, são como uma exposição imersiva com temáticas que mudam periodicamente.
Saint-Remy-de-Provence
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A pouca distância de Les Baux, Saint-Rémy carrega todo o charme de uma pequena cidade pequena na Provence. Muito antiga, plana e murada, possui ruelas e fontes charmosas, boa gastronomia e já foi passagem de figuras ilustres como Nostradamus e Van Gogh.
No centrinho velho, as lojinhas em estilo provençal são as grandes atrações. A cidadezinha também serviu de inspiração para vários quadros de Van Gogh, incluindo “A Noite Estrelada“, em que retrata a vista da janela do quarto do antigo hospital Saint-Paul de Mausole pouco antes do nascer do sol.
O astrólogo, médico e vidente Nostradamus também tem ligação com Saint-Rémy: a comuna foi o local de seu nascimento, onde hoje podemos ver uma fonte em sua homenagem e uma rua com seu nome.
Uma das dicas é procurar pela feira livre matinal às quartas-feiras e experimentar alguns produtinhos regionais. Por falar em comer, as mesinhas da La Cave aux Fromages, bem no coração de Saint-Rémy, é o local perfeito para degustar uma tábua de queijos com vinhos e azeites.