Sombra e água fresca: ilhas imperdíveis no Caribe visitadas e aprovadas por Dani Filomeno
Calmaria, requinte, diversão e, claro, praias deslumbrantes, Caribe oferece uma diversidade impressionante de territórios que vão desde os mais badalados até os mais reclusos e, o melhor, todos valem a viagem
Mar azul-turquesa, finas areias brancas, coqueiros verdejantes e muito sol ao lado de drinques ao som das ondas: esta é a imagem clássica quando pensamos em Caribe, cenário que, de fato, faz jus à fama desta região mundialmente cobiçada.
E não é novidade que as ilhas caribenhas sempre ganham os corações dos apaixonados por praia – confesso que sou uma dessas fãs convictas de mergulhos e pé na areia!
Afinal, é difícil tais atributos acima não nos encantarem, já que são convites sedutores para dias relaxantes e divertidos.
Agora combine tudo isso a hotéis sofisticados, gastronomia requintada com o melhor dos ingredientes locais e atividades que contemplam desde casais apaixonados em lua de mel até famílias com crianças. Esta é mais uma das facetas do Caribe: sua impressionante diversidade.
Entre algumas localidades já bastante conhecidas, como as Bahamas, até outras mais fora do circuito, como Turks e Caicos e Santa Lúcia, indico a seguir minhas ilhas preferidas do Caribe, em que todas possuem um traço em comum: cenários deslumbrantes, hotéis dignos da realeza e programas para todos os gostos.
Vale lembrar que, apesar de o Caribe nos presentear com calor e sol o ano todo, o melhor período para se visitar os territórios da região é entre dezembro e maio, quando a temporada de furacões já deu trégua e os dias são melhor aproveitados.
Boa viagem – e não se esqueça do protetor solar!
St. Barth
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Vizinha de St. Martin, a ilha de Saint Barthélemy nos conquista logo de cara com suas águas azul-turquesa, sol durante boa parte do ano e rede hoteleira caprichada.
Mas o pequeno território francês no Caribe vai além: a cada ano há novidades gastronômicas que ganham destaque no noticiário internacional e inéditos clubes de praia chegam para aplicar uma dose extra de agito.
Para se ter uma ideia, o L’atelier de Joel Robuchon, do chef ícone Joel Robuchon, e o La Petite Plage, de cardápio assinado pelo chef estrelado Eric Fréchon, são restaurantes que desembarcaram há pouco tempo na ilha e já têm feito barulho no cenário gastronômico.
Abreviada como St. Barth, ela é a mais sofisticada ilha da região, já que conta com lojas de grife, quartos luxuosos, beach clubs onde o agito é apenas um dos detalhes e restaurantes sob assinatura de chefs estrelados mundialmente.
Esta a fórmula infalível que St. Barth nos oferece, onde requinte, exclusividade e charme são palavras de ordem. Com ares europeus (fala-se francês e a moeda usada é o euro), é destino almejado entre jet-setters e fashionistas, que partem para a ilha para dias relaxantes com serviço de primeira.
O centrinho é lindo e na capital Gustavia carros dividem a atenção com veleiros, iates e outros barcos de luxo ancorados ao longo da orla. St. Barth é daqueles destinos a serem desvendados sem pressa e, preferencialmente, de carro.
Vale lembrar que a ilha fica a 10 minutos de avião bimotor de St. Martin, mas o trajeto também pode ser feito por meio de embarcações. Já para acessar St. Martin, há voos diretos a partir do Panamá ou de Miami.
Curaçao
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Ao lado de Aruba e a cerca de apenas 70 km da Venezuela, Curaçao é um daqueles locais que nos recebe com uma explosão de cores, seja do mar paradisíaco típico do Caribe ou ainda das casinhas coloridas em seu centro, na capital Willemstad.
Com cerca de 160 mil habitantes, a ilha faz parte do Reino dos Países Baixos, o que faz sentido quando nos deparamos com casas na capital que se assemelham à arquitetura de algumas construções de Amsterdam – mas aqui com um toque caribenho.
Como é de se esperar, o clima é quente e o céu ensolarado praticamente o ano inteiro, em que as praias de areia branca nos convidam a mergulhar no azul claro – ótima opção também para quem é chegado à prática do snorkel. Tenha em mente por exemplo as praias Klein Curaçao e Cas Abao, um pouco afastadas do centro, mas que valem a viagem.
O destino se mostra também preparado para os visitantes que buscam mais aventura: trilhas, escalada, rapel e circuitos para ciclistas são atividades encontradas por aqui.
A vida noturna também é peculiar, já que há desde bailes tradicionais regados a jazz e outros com toques tropicais, com músicas locais e karaokê.
No cotidiano, Curaçao é conhecida como rota de grandes cruzeiros, que aportam em Willemstad e liberam milhares de turistas para conhecer a região. Inclusive, a área histórica da cidade e seu porto, com claras influências holandesas, estão na lista de patrimônios mundiais da Unesco.
A moeda oficial é o florim das antilhas holandesas, mas o dólar é aceito em toda a ilha. O idioma oficial é o papiamento, uma mistura de línguas em que a principal base é o espanhol, mas inglês, espanhol e holandês são amplamente falados. Além disso, caso queira se locomover para diferentes locais e regiões, alugar um carro é indispensável.
As rotas mais comuns para chegarmos em Curaçao são com paradinhas no Panamá ou em Bogotá, que possuem voos diretos para o destino caribenho.
Destaco também que o território faz parte das chamadas Ilhas ABC (que compreende Aruba, Bonaire e Curaçao), uma tríade encantadora pertencente aos Países Baixos – Bonaire, por exemplo, fica a cerca de 50 km de Curaçao e se distingue por uma beleza rústica e natural que não contempla resorts ou hotéis luxuosos, mas onde o mergulho é um dos melhores e mais bonitos do mundo.
St. Lucia
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Escondia, pouco conhecida e com vegetação exuberante. Esse é um gostinho de Santa Lúcia, que se difere das outras ilhas caribenhas mais famosas justamente pelo seu apelo mais recluso e natural.
Próxima de Martinica, de Barbados e de São Vicente e Granadinas, o território de mais de 170 mil habitantes se destaca pelas suas montanhas, cachoeiras, água verde esmeralda e trilhas.
Ela tem origem vulcânica e notamos que, de norte a sul, é formada por cadeias de montanhas, as quais podem ultrapassar os 950 metros de altitude.
Nos arredores da cidade de Soufrière, no sudoeste da ilha, ficam as montanhas pontiagudas Pitons, um dos cenários diretos que podemos ver do quarto do hotel Jade Mountain.
Imagine estar hospedado em um quarto sem paredes, janelas ou ar-condicionado, mas com vistas arrebatadoras para o entorno. É assim no luxuoso hotel, com quartos projetados para serem santuários de contemplação à natureza, com piscina infinita e design único, com passarelas de concreto privativas.
Nome constante entre as escolhas de publicações especializadas, como a Condé Nast Traveller, o grande edifício fica numa encosta, em que segue a curva natural da montanha que está alocado, totalmente integrado à natureza.
Esse é apenas um dos cantinhos especiais da ilha, cuja capital é Castries e possui temperatura média anual que beira os 27ºC. O ideal é alugarmos um carro, de preferência um 4×4 para entrar no clima regional, ou ainda explorar a ilha de barco e conhecer diversas praias, fazer caminhadas, avistar cachoeiras e realizar atividades aquáticas, como o mergulho certificado.
A moeda oficial é dólar do caribe oriental, mas dólares americanos também são aceitos na grande maioria dos estabelecimentos. Inglês e crioulo (de base francesa) são os idiomas falados.
Vale dizer que o turismo tem se tornado uma atividade essencial para a economia nacional e influências espanholas, britânicas e francesas são notáveis por aqui, já que o território foi disputado por estas nações. Para nós, brasileiros, há voos diretos dos Estados Unidos partindo de Miami e Atlanta, ou ainda de outras ilhas caribenhas, com ligações entre Trindade e Tobago, Antígua e Barbados.
Antígua
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Praias calmas, areias imaculadas e águas estonteantes marcam a paisagem de Antígua, ilha que faz parte da nação Antígua e Barbuda – esta última a menor das duas ilhas com praias intocadas e conhecida por ter sido um dos destinos de férias da Princesa Diana, em que há até uma praia batizada com seu nome.
O país é ligado à coroa britânica e possui cerca de 93 mil habitantes. O destaque vai para Antígua, com 280 km², tamanho que possibilita percorrer a ilha de uma ponta a outra em apenas 45 minutos.
Destaco Antígua por suas praias, seu clima acolhedor e também por pequenas ilhas adjacentes ao redor. Aqui entra o Jumby Bay, ilha privativa próxima à ilha principal que funciona como um verdadeiro refúgio com hotel cinco estrelas.
A poucos minutos de carro do aeroporto internacional, além de uma pequena travessia de barco, é um dos mais exclusivos e escondidos hotéis do Caribe. Integra a coleção da Oetker Collection e possui apenas 40 suítes com piscinas privativas que lembram aconchegantes – e muito luxuosas – casas de praias, de frente para o mar, com um dos melhores serviços de todo o Caribe.
Há ainda outras 14 villas e 22 residências, todas rodeadas pelas cores maravilhosas do mar e clima recluso no melhor estilo pé na areia. São três praias ao todo que podemos usufruir (a principal tem serviços na areia e até almoços podem ser armados), assim como spa, kids club, bares e restaurantes – um deles em uma casa colonial espanhola.
Alta gastronomia, decoração clássica com toques praianos chiques e esportes aquáticos são alguns dos detalhes que nos fazem ficar apaixonados por este pedacinho de terra.
O programa principal é ficar esticado nas grandes espreguiçadeiras à beira-mar e contemplar o dolce far niente.
Para chegar ao aeroporto internacional de Antígua contamos com opções de voos que saem dos Estados Unidos, como Miami, Orlando e Nova York, assim como de outras ilhas do Caribe, como Barbados, St. Martin e St. Barth.
Bahamas
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Considero as Bahamas como um paraíso turquesa. Destino superpróximo para os americanos, já que o conjunto de ilhas e ilhotas é um dos territórios caribenhos mais próximos dos Estados Unidos, as Bahamas impressionam pela diversidade de locais e atividades e possui um dos mares mais espetaculares de todo o Caribe.
A geografia do país é constituída por centenas de ilhas em meio a uma das maiores barreiras de corais do mundo, o que ajuda nos cenários deslumbrantes, como bancos de areias, praias desertas e ilhas ligadas por extensões de areia onde é possível caminhar e fazer snorkel.
Agitação ou calmaria? Casas de veraneio ou grandes resorts? Passeios românticos a dois ou atividades em família com as crianças? Nas Bahamas encontramos opções para todos os gostos, incluindo um luxo diversificado.
Nassau é a capital, na Ilha de Nova Providência, que tem agito e uma movimentação urbana. Também há o ânimo de Exumas; os barcos, pousadas e casas de veraneio de Eleuthera, assim como a rústica e deserta região de Ábaco, minha preferida.
Para quem ama natureza, este arquipélago esconde uma beleza intocada, com água transparente turquesa e areia branquinha, englobando um grupo lindo de ilhas e ilhotas.
Outras localidades que valem a pena nas Bahamas são Paradise Island (onde fica o resort e parque aquático Atlantis), Bakers Bay (queridinho de celebridades) e Cat Island, ponto mais alto de todo o arquipélago.
Para aterrissarmos neste paraíso é preciso, do Brasil, fazer escalas no Panamá ou nos Estados Unidos – principalmente Miami, com várias opções de voos e companhias aéreas. A moeda corrente é o dólar bahamense, que funciona de um para um com o dólar americano, e o inglês é a língua oficial.
Turks e Caicos
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O arquipélago tem uma das águas mais cristalinas do Caribe e resorts sofisticados que aliam espreguiçadeiras na areia branca a um serviço exclusivo.
Digo que é um destino ideal para merecidas férias recheada de mimos, ou ainda para lua de mel caprichada. No mais, Turks e Caicos é frequentada por celebridades e figurões, a exemplo das irmãs Kardashian e Bill Gates.
Em resumo, o arquipélago ultramarino britânico é formado por 40 ilhas, que se mostram como um verdadeiro santuário ecológico, com recifes para a prática de mergulho e snorkeling, além de ser habitat de golfinhos, arraias e tartarugas marinhas.
As ilhas mais conhecidas são Providenciales, North Caicos, Middle Caicos, East Caicos, South Caicos e West Caicos, sendo que a primeira concentra a maior parte das acomodações de hotelaria – a maioria de luxo – e o aeroporto internacional.
A apenas 90 minutos de Miami, Turks e Caicos tem uma beleza singular, impressionante e intocada. Não à toa que uma das praias mais bonitas de todo o mundo fica aqui, a Grace Bay.
A moeda corrente é o dólar, o inglês funciona como idioma oficial e os carros são dirigidos em sua maioria na mão inglesa.
Anguilla
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Estonteante, ainda pouco conhecida, refúgio de celebridades em resorts luxuosíssimos e praias que mais parecem faixas de areias particulares. Anguilla, bem próxima de St. Martin, é assim.
Perfeita para quem não abre mão do descanso e da tranquilidade, a ilha possui uma estrutura hoteleira que garante um sossego requintado com nomes de redes que vão de Four Seasons até Belmond – um dos melhores hotéis do mundo eleito por publicações especializadas está aqui, o Belmond Cap Juluca.
Território ultramarino britânico, Anguilla é superpequena (tem apenas 91 km²), não é rota de grandes cruzeiros e não possui grandes cassinos, baladas recheadas de jovens ou programas madrugada adentro.
Pelo contrário: os resorts prezam pela calmaria e privacidade – e se paga um preço alto por isso – além de vilas e casas serem procuradas para férias de famílias, com opções voltadas também à lua de mel.
Com temperaturas médias que variam entre 25°C e 30°C durante a maior parte do ano, as grandes atrações da ilha são suas praias irresistíveis pela areia branquinha e águas hipnotizantes.
Junto dos grandes hotéis, elas também são o lar dos “shacks”, restaurantes e bares de madeira construídos na areia da praia que servem comidas típicas – entre peixes, costelas ao molho barbecue e o tradicional Rum Punch.
Ao todo, são 33 praias que nos convidam a descansar em uma espreguiçadeira junto de um drinque e nos chamam para banhos de mar refrescantes.
Apesar do calor o ano inteiro, o período mais recomendado para visitar o território é de dezembro a março, quando as chuvas dão uma trégua e a temporada de furacões já passou.
Recentemente, voos da American Airlines passaram a ligar diariamente Miami à ilha, com aproximadamente três horas de viagem. Também há como acessar a ilha por meio de ferry a partir do lado francês de St. Martin – que por sua vez recebe voos dos Estados Unidos e Panamá.
