Sophia Abrahão compartilha roteiro pelos cantos mais charmosos de Paris

Ao lado do marido Sérgio Malheiros, atriz voltou recentemente da Cidade Luz cheia de dicas do que fazer e de onde comer; confira suas andanças pela capital francesa

CNN Viagem & Gastronomiado Viagem & Gastronomia , Paris, França

Cheia de cantinhos especiais que vão de restaurantes, grandes museus e até escadarias eternizadas em filmes de Hollywood, Paris encanta tanto turistas de primeira viagem quanto quem já costuma ter a capital francesa entre os destinos prediletos.

Efervescente em história, cultura e boa gastronomia, Paris é, além de tudo, uma cidade romântica. É o que prova Sophia Abrahão e Sérgio Malheiros, casal de atores que viajou recentemente à Cidade Luz.

Ambos passaram oito dias no destino e experimentaram de tudo um pouco. A hospedagem foi no Marais, mas as andanças aconteceram desde a Champs-Élysées até Montmartre, com direito a esticadinha ainda ao encantador Palácio de Versalhes.

A seguir, entre descobertas em restaurantes charmosos e passeios a pé pela cidade, confira um roteiro com o passo a passo e com dicas da viagem de Sophia Abrahão pela capital francesa:

Primeiro dia: chegada

Chegamos em Paris numa segunda-feira de manhã e logo fomos para a rua após o check-in no hotel, que ficava na região de Marais. Afinal, não queríamos perder nenhum minuto da viagem!

Flanamos pela cidade sem rumo, como manda o figurino.

À noite encontramos uma amiga brasileira que nos levou ao Croco du Marais, casa descontraída que serve brunch aos finais de semana.

No restaurante comi um falafel, homus e tempurá de legumes. Estavam uma delícia. Sentamos na calçada e tomamos bons drinques!

O primeiro dia foi só uma prévia do que estava por vir.

Segundo dia: visita ao Louvre

Acordamos bem cedinho e tomamos café no hotel – amei tanto o menu que repeti meu pedido todos os dias: Avocado Toast, café com leite de soja e um suco detox de beterraba com laranja e gengibre.

Após a refeição fomos fazer nosso primeiro passeio cultural em Paris: o Louvre. Ficamos encantados com essa experiência tão rica e extraordinária pela arte e história do mundo.

Contamos com uma guia para explicar o contexto e os detalhes de cada obra do museu. Aqui fica a dica: se puder, contrate um guia. Foi o melhor investimento da viagem.

Passamos o dia inteiro por lá, mas obviamente não foi o suficiente. Precisamos voltar.

Terceiro dia: encanto em Versalhes

No dia seguinte, fizemos o passeio mais incrível da minha vida: fomos para Versalhes visitar os jardins e o palácio, onde viveram vários reis da França.

O local é inacreditável. A suntuosidade, a riqueza artística e a grandiosidade da arquitetura do palácio me deixaram sem palavras. Também fizemos esse passeio ao lado da guia, que nos deu uma verdadeira aula sobre a monarquia francesa.

Conhecemos ainda a Galeria dos Espelhos, os aposentos dos monarcas, inclusive de Maria Antonieta, e também a parte externa (um espetáculo à parte). É um passeio imperdível.

Na cidade de Versalhes, almoçamos no restaurante La Mangette. As sócias da casa fazem tudo de maneira natural e na própria cozinha, com insumos zero industrializados.

Comi um homus de lentilha, uma salada de grãos e um arroz com milho e abobrinha – tudo estava delicioso.

De volta à capital, jantamos na hamburgueria Bioburguer Le Marais. Um pouco de fast food às vezes cai bem! O meu hambúrguer era de Tofu e pedi uma boa e velha batata frita como acompanhamento.

Quarto dia: descobertas pelo Arco do Triunfo

A sexta-feira era um dia livre, mas que de descanso não teve nada. Aproveitamos para andar pela cidade inteira, em que foram mais de 11 horas na rua conhecendo Paris.

Durante o período visitamos o Arco do Triunfo, a Galerias Lafayette, andamos de bicicleta pela Champs Élysées, pegamos o metrô pela primeira vez e terminamos o dia no Le Cristal, um bar-brasserie no coração da cidade.

Ele fica bem de frente ao Arco do Triunfo e suas mesas externas dão um gostinho do que são as típicas brasseries francesas. No restaurante comi uma salada deliciosa com avocado e, para beber, a pedida foi um clássico mojito pra relaxar.

Quinto dia: Montmartre e Torre Eiffel

No sábado fizemos um tour por Montmartre, um dos bairros mais tradicionais e boêmios de Paris. Era lá que os intelectuais e artistas se reuniam, e pudemos conhecer tudo de perto.

Começamos nossa visita pelo Moulin Rouge, casa de shows tão famosa e tradicional que funciona até hoje, já tendo inspirado várias obras, como filmes e peças.

Por falar em obras artísticas, conhecemos o Café des Deux Moulins, onde a personagem Amélie Poulain trabalhava como garçonete no filme “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain”. Fiquei muito emocionada, já que sou fã da história.

Ainda visitamos a grandiosa Basílica de Sacré Cœur, que está localizada no topo do monte Martre, um dos pontos mais altos da cidade. É linda demais e não é à toa que é um dos monumentos mais visitados da França.

Já fora dessa parte da cidade, fomos em direção à Torre Eiffel, uma parada obviamente obrigatória em Paris. Fizemos várias fotos no melhor estilo turista, mas não tem como escapar do clichê: é bonita demais.

O passeio continuou pelo monumental Panteão de Paris, que originalmente foi planejado para ser uma igreja. A construção homenageia grandes pessoas que marcaram a história de França.

Seguimos nossa jornada até o Jardim de Luxemburgo, um parque público da cidade maravilhoso, construído por Maria De Médicis, em 1611, que hoje é tomado por visitantes que querem ter uma tarde agradável em contato com a natureza.

As pessoas tomam sol, leem seus livros, tocam violão e fazem piquenique. É certamente inspirador.

Saindo do parque fomos direto para um restaurante que foi indicação de uma colega, o Closerie de Lilas. É um restaurante tradicional por onde já passaram nomes como Picasso, Sartre e Hemingway.

Comi um prato com base de quinoa, espinafre, purê de abóbora e tofu salpicado de amêndoas e castanhas de dar água na boca. E, para acompanhar, novamente um mojito.

Sexto dia: excursão por Marais

Sexto dia de viagem foi marcado por descobertas na região do Marais / Acervo pessoal

O domingo também não tinha uma programação definida. Por isso, aproveitamos para bater perna pelo Marais.

Conhecemos alguns brechós, visitamos o belíssimo Jardim de Rohan, do Hôtel de Rohan, e comemos em um restaurante que foi um achado, o Le Verre Luisant.

Almocei um mix de legumes frescos e uma moussaka de berinjela sem queijo que estava espetacular. No restaurante tinha uma cachorrinha de estimação que ficava entre as mesas recepcionando os clientes – achei muito interessante e fofo.

Sétimo dia: andanças a pé

Após uma semana em Paris fizemos um dos passeios mais legais da nossa tour. Conhecemos pontos importantíssimos da cidade, tudo isso a pé. Foram mais de sete horas de passeio, haja fôlego!

Começamos pela Catedral de Notre Dame, que infelizmente só será reaberta em 2024 – mas só a possibilidade de visitar sua fachada já é espetacular.

Seguindo nosso passeio, conhecemos a Shakespeare and Company, famosa livraria da cidade que durante a década de 1920 se tornou um ponto de encontro para escritores como James Joyce, Hemingway e Ford Madox Ford. É como voltar no tempo.

A livraria tem um café em anexo que é superagradável. Continuando o passeio, passamos pela famosa Faculdade de Sorbonne, que é uma universidade pública de pesquisa e frequentemente listada entre as melhores faculdades do mundo.

Passamos também pelas escadarias onde o personagem de Owen Wilson esperava o carro que o transportaria para 1920 na obra prima “Meia-noite em Paris“, de Woody Allen. Sou muito fã do filme e fiquei muito feliz por conhecer esse cenário.

Paramos para almoçar no restaurante Freddy’s, que é uma superdica. Na casa comi bolinho de couve- flor, shitake assado, batata doce com molho de zathar e outras delícias.

Terminamos a andança pela cidade na Ópera Garnier. Sem dúvida, um dos lugares mais lindos que já visitei. Quero muito voltar para assistir uma peça nesse teatro fabuloso.

Oitavo e último dia: Museu D’ Orsay

Nosso último dia de viagem foi muito especial. Visitamos o Museu D’ Orsay, que era um dos passeios que estávamos mais ansiosos.

O museu conta com obras dos movimentos realista, impressionista e pós-impressionista. Dentre as obras, podemos apreciar quadros de nomes como Van Gogh, Monet, Renoir e Paul Gauguin.

De quebra, tivemos a sorte de visitar D’Orsay no dia da estreia de uma exposição temporária do artista expressionista Edvard Munch. Somos fãs e não pudemos acreditar na coincidência. A exposição, inclusive, está incrível.

Tomamos um café dentro do museu, em que o restaurante é lindíssimo. Nem dá pra acreditar na riqueza dos detalhes dessa área, já que parece uma continuação das exposições.

Dessa maneira, nos despedimos da Cidade das Luzes, que já entrou na lista de uma das minhas viagens favoritas. Paris é um convite para voltar.


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