Veja a diferença entre imagens feitas pelo telescópio Hubble e o novo James Webb
Telescópio James Webb pode mostrar imagens de tempos distantes do universo, como logo após o Big Bang
A Nasa divulgou as primeiras imagens coloridas de alta resolução do Telescópio Espacial James Webb. A primeira imagem divulgada, tirada pela câmera infravermelha do Webb, é composta por imagens tiradas em diferentes comprimentos de onda de luz ao longo de 12,5 horas. Os campos mais profundos do Telescópio Espacial Hubble levaram semanas para serem capturados.
Os 31 anos de operação do Telescópio Hubble produziram uma série de descobertas inesperadas, e a comunidade científica vê Webb e suas capacidades da mesma maneira.
“O Webb pode mostrar um tempo muito distante, como logo após o Big Bang, procurando galáxias que estão tão distantes que a luz levou muitos bilhões de anos para chegar dessas galáxias até nós”, disse Jonathan Gardner, vice-cientista principal do projeto Webb, na Nasa, durante uma recente coletiva de imprensa. “O Webb é maior que o Hubble, então pode ver galáxias mais fracas que estão mais distantes.”
Lançado em dezembro, o telescópio Webb permite que os pesquisadores se aproximem quatro vezes mais do Big Bang do que o Telescópio Espacial Hubble, de acordo com Marcia Rieke, professora regente de astronomia do Observatório Steward da Universidade do Arizona e investigadora principal da Near Infrared Camera da Telescópio Webb.
O Hubble observou o universo 450 milhões de anos após o Big Bang.
Cada telescópio espacial baseia-se no conhecimento adquirido com o anterior. No caso de Webb, seu espelho é quase 60 vezes maior do que os telescópios espaciais anteriores, incluindo o Telescópio Espacial Spitzer aposentado. O observatório também melhora a sensibilidade e a resolução do Hubble.
A missão, originalmente prevista para durar 10 anos, tem capacidade de combustível excedente suficiente para operar por 20 anos, de acordo com a vice-administradora da Nasa, Pam Melroy.
Estas serão apenas as primeiras de muitas imagens a vir do Webb nas próximas duas décadas, prometendo alterar fundamentalmente a maneira como entendemos o cosmos.
Embora parte do que Webb possa revelar tenha sido antecipado, as incógnitas são igualmente emocionantes para os cientistas.
“Ainda não sabemos o que não sabemos”, disse Amber Straughn, vice-cientista do projeto Webb para comunicações na Nasa Goddard. “Acho que é verdade que toda vez que lançamos um instrumento revolucionário no espaço, como o Hubble, aprendemos coisas que nos surpreendem completamente, mas mudam nossa compreensão fundamental de como o universo funciona”.
