TikTok vai reforçar fiscalização contra publicações políticas pagas nos EUA
Plataforma proíbe postagens deste tipo de conteúdo desde 2019, mas estrategistas de campanhas contornaram o impedimento pagando influenciadores para promover questões políticas
O TikTok trabalhará para impedir que criadores de conteúdo publiquem conteúdo pago de cunho político, em preparação para as eleições de meio de mandato dos Estados Unidos em novembro, informou a empresa nesta quarta-feira (17).
Embora a plataforma proíba anúncios políticos pagos desde 2019, estrategistas de campanhas contornaram a proibição pagando influenciadores para promover questões políticas.
A companhia procura acabar com isso realizando reuniões com criadores e agências para lembrá-los de que este tipo de publicação vai contra as políticas do TikTok, disse Eric Han, chefe de segurança da empresa nos Estados Unidos.
Ele acrescentou que as equipes internas, incluindo aquelas que trabalham em confiança e segurança, vão monitorar sinais de que os criadores estejam sendo pagos para publicar conteúdo político. A empresa também contará com relatos da mídia e parceiros externos para encontrar conteúdo que viole as regras.
“Vimos isso como um problema em 2020. Assim que descobrirmos publicações deste tipo, vamos removê-las de nossa plataforma”, pontuou Han.
O TikTok fez o anúncio após decisões semelhantes da Meta e do Twitter.
A dona do Facebook e do Instagram informou na terça-feira (16) que impedirá anunciantes políticos de veicularem novos anúncios uma semana antes da eleição, medida adotada também em 2020.
Na semana passada, o Twitter destacou que planejava repetir estratégias anteriores para a eleição nos Estados Unidos, incluindo colocar marcadores em alguns tuítes enganosos para desmascarar mentiras antes que se espalhassem.