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    Telescópio Webb traz novas tecnologias para o nosso cotidiano, diz astrofísico

    À CNN Rádio, Rogemar André Riffel explicou que o telescópio, além de avanços na astronomia, contribui para desenvolvimento tecnológico aplicado ao cotidiano

    Amanda Garcia

     

    As primeiras imagens divulgadas pela Nasa capturadas pelo telescópio espacial James Webb tornaram esta semana “memorável para a astronomia mundial”, na avaliação do astrofísico da Universidade Federal de Santa Maria, Rogermar André Riffel.

    Em entrevista à CNN Rádio, no entanto, ele explicou que as descobertas científicas extrapolam o espaço e são traduzidas em novas tecnologias que serão incorporadas no nosso cotidiano.

    “Construir um telescópio requer desenvolvimento de tecnologia nova, há esse desenvolvimento que fica disponível para a população em geral, muitas dessas são aplicadas imediatamente no nosso dia a dia, outras com o passar do tempo.”

    Um bom exemplo, segundo o astrofísico, são as câmeras de celular. “As melhores câmeras estão em telescópios e essa tecnologia é reproduzida nos aparelhos celulares. Hoje todo mundo tira suas selfies por aí.”

    “Outro exemplo direto do Webb é que a mesma técnica utilizada para alinhar o espelho do telescópio no espaço já está sendo utilizada em cirurgia nos olhos.”

    Ele destaca que são aplicações que não imaginamos em um primeiro momento, mas que o “desenvolvimento científico sempre vem com desenvolvimento tecnológico, não só com avanços na ciência, mas para coisas próximas do nosso cotidiano.”

    Aspecto científico

    A ciência proposta pelo Webb, é claro, também é ponto importante. Rogemar Riffel destaca que “estamos ingressando em uma nova era da astronomia e da ciência mundial.”

    A proposta do telescópio é fazer “grandes avanços no entendimento do universo como um todo”, ou seja, de onde viemos, como o universo se formou e como atingiu o estado em que estamos.

    O astrofísico vai fazer parte de um de dois projetos liderados por cientistas brasileiros sobre observações do Webb.

    Segundo ele, três galáxias próximas serão o foco, para identificar como as moléculas de hidrogênio, as mais abundantes do universo, se comportam diante dos buracos negros presentes nessas galáxias.

    “Teorias de evolução indicam que os buracos negros têm papel importante na formação das galáxias e do universo como conhecemos hoje, queremos identificar qual é esse papel”.

    *Com produção de Isabel Campos