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    Telescópio Webb captura imagem de estrela 30 vezes maior que o Sol prestes a explodir

    Observatório espacial capturou uma imagem cintilante de uma estrela Wolf-Rayet chamada WR 124 na constelação de Sagitário

    Estrelas Wolf-Rayet são conhecidas por serem eficientes produtoras de poeira
    Estrelas Wolf-Rayet são conhecidas por serem eficientes produtoras de poeira Nasa/ESA/CSA/STScI/Webb ERO Production Team

    Ashley Stricklandda CNN

    O Telescópio Espacial James Webb capturou uma imagem rara e tumultuada a 15.000 anos-luz da Terra.

    O observatório espacial capturou uma imagem cintilante de uma estrela Wolf-Rayet chamada WR 124 na constelação de Sagitário. As estrelas Wolf-Rayet são algumas das mais luminosas e massivas do universo.

    Algumas estrelas tornam-se brevemente uma Wolf-Rayet antes de explodirem em uma supernova, por isso é raro para os astrônomos identificá-las.

    As estrelas grandes e brilhantes queimam seu combustível, como o hidrogênio, ao longo de algumas centenas de milhares de anos – o que é um tempo curto, astronomicamente falando. As estrelas liberam suas camadas externas em anéis de gás e poeira. Então, elas explodem.

    O telescópio Webb vislumbrou WR 124 durante algumas de suas primeiras observações científicas em junho de 2022. A nova imagem, divulgada pela Nasa na terça-feira (14) na South by Southwest Conference em Austin, Texas, revela detalhes sem precedentes na luz infravermelha, que é invisível aos olhos do ser humano.

    A estrela, cercada por um halo de gás e poeira brilhante, brilha no centro da imagem.

    A estrela Wolf-Rayet observada por Webb tem 30 vezes a massa do nosso Sol, que tem uma massa de cerca de 333.000 Terras. Até agora, WR 124 derramou cerca de 10 sóis de material, criando o gás frio e brilhante e a poeira cósmica vistos na imagem.

    Na Terra, a poeira é considerada um incômodo que precisa ser limpo. Mas a poeira cósmica em todo o universo gira junto com o gás para formar estrelas, planetas e os próprios blocos de construção da vida.

    Os astrônomos estão tentando entender por que há mais poeira no universo do que suas teorias podem explicar, e ferramentas como o telescópio Webb podem lançar uma nova luz sobre esse ingrediente astronômico.

    O observatório pode ver através da poeira usando suas capacidades de observação em comprimentos de onda infravermelhos de luz, incluindo o brilho da estrela WR 124, os detalhes do gás que a rodeia e a estrutura irregular do material estelar ejetado no halo.

    Estudar estrelas como WR 124 com Webb ajuda os astrônomos a entender o que aconteceu nos primeiros dias do universo, quando estrelas moribundas explodiram e liberaram elementos pesados que acabaram na Terra e dentro de nossos próprios corpos.

    “No final da vida de uma estrela, elas lançam suas camadas externas para o resto do universo”, disse Amber Straughn, astrofísica do Goddard Space Flight Center da Nasa e vice-cientista do projeto para comunicações científicas do telescópio Webb, na conferência.

    “Acho que este é um dos conceitos mais bonitos de toda a astronomia. Este é o conceito de poeira estelar de Carl Sagan, o fato de que o ferro em seu sangue e o cálcio em seus ossos foram literalmente forjados dentro de uma estrela que explodiu bilhões de anos atrás. E é isso que estamos vendo nesta nova imagem. Essa poeira está se espalhando pelo cosmos e eventualmente criará planetas. E foi assim que chegamos aqui, de fato”.

    Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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