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    Snapchat não vai mais destacar perfil de Trump após posts controversos

    "Não vamos amplificar vozes que incitam violência racial e injustiça ao dar publicidade gratuita a elas", disse a rede social em comunicado

    Donie OSullivan, da CNN Business

    O Snapchat não vai mais promover a conta do presidente dos Estados Unidos Donald Trump em sua plataforma após publicações controversas sobre os protestos acontecendo em todo o país, anunciou a companhia nesta quarta-feira (3). 

    O perfil de Trump é destacado regularmente na aba “Descubra”, que também evidencia celebridades e veículos de mídia. 

    “Não estamos promovendo o conteúdo do presidente na plataforma Descubra do Snapchat. Não vamos amplificar vozes que incitam violência racial e injustiça ao dar publicidade gratuita a elas no Descubra”, disse Rachel Racusen, uma porta-voz da Snap, a empresa-mãe do Snapchat, em um comunicado.

    “A violência racial e a injustiça não têm lugar em nossa sociedade e nos juntamos àqueles que buscam paz, amor, igualdade e justiça nos Estados Unidos”, completou. 

    A conta do presidente continua na plataforma.

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    Racusen disse que a decisão foi tomada durante o fim de semana, após o presidente ameaçar manifestantes que cruzassem o portão da Casa Branca em seu perfil do Twitter, dizendo que seriam “recepcionados com os cachorros mais raivosos e armas mais sinistras que já vi”.

    Em um comunicado interno no domingo (31), o CEO da empresa Evan Spiegel escreveu “nós simplesmente não podemos promover contas nos Estados Unidos que estão ligadas à pessoas que incitam violência racial, seja dentro ou fora de nossa plataforma. Nosso Descubra é uma plataforma com curadoria, em que nós decidimos o que vamos destacar. Dissemos repetidamente que iríamos nos esforçar para termos um impacto positivo, e vamos fazer isso com o conteúdo que promovemos no Snapchat. Podemos continuar a permitir que pessoas polêmicas mantenham um perfil no Snapchat, desde que seu conteúdo seja consistente com as nossas diretrizes de comunidade, mas não vamos destacar essa conta ou seu conteúdo de forma alguma”. 

    Ele adicionou: “Há muito a debater sobre o futuro do nosso país e do mundo. Mas não há espaço para debates sobre o valor da vida humana e a importância de uma luta constante pela liberdade, igualdade e justiça. Estamos juntos daqueles que pedem paz, amor e justiça e vamos usar nossa plataforma para promover o bem, e não o mal”. 

    A decisão marca uma escalada nas tensões entre a gestão Trump e algumas redes sociais. 

    Na última semana, o Twitter rotulou pela primeira vez algumas postagens do presidente sobre votação por correspondência, e alguns dias depois, colocou um alerta em uma publicação em que o presidente ameaçava “quando os saques começam, os tiros começam”. O Facebook escolheu não tomar nenhuma ação sobre publicações semelhantes em sua plataforma. 

    Após a medida do Twitter, Trump assinou uma ordem executiva namirando as redes sociais, o que ele classificou como uma tentativa de “defender a liberdade de expressão de um dos mais graves perigos que já enfrentou na história americana”. 

    (Texto traduzido, leia o original em inglês)

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