Satélite de 2 toneladas caiu sobre oceano Pacífico, diz agência espacial
Objeto estava no espaço há 30 anos e foi responsável por coletar informações sobre a superfície da Terra
![ERS-2 fotografado em 29 de janeiro usando uma câmera a bordo de outro satélite ERS-2 fotografado em 29 de janeiro usando uma câmera a bordo de outro satélite](https://preprod.cnnbrasil.com.br/wp-content/uploads/sites/12/2024/02/satelite.jpg?w=1220&h=674&crop=1)
Um satélite de duas toneladas lançado pela Agência Espacial Europeia (ESA) ao espaço há quase 30 anos retornou à Terra na quarta-feira (21). Chamado de ERS-2, ele caiu no oceano Pacífico, entre o Alasca e Havaí, nos Estados Unidos.
A reentrada do instrumento foi “natural”, segundo a ESA. “Não foi possível controlar o ERS-2 em nenhum momento durante a sua reentrada e a única força que impulsionou a sua descida foi o arrasto atmosférico imprevisível”, diz o comunicado.
A agência decidiu desorbitar o ERS-2 devido a recente preocupação sobre o perigo a longo prazo que os detritos orbitais representam para as atividades espaciais.
A decisão foi tomada lá em 2011 e, desde então, altitude do objeto vinha diminuindo. Em 21 de fevereiro de 2024, atingiu a altitude crítica de cerca de 80 km, na qual a resistência atmosférica foi tão forte que começou a partir-se em pedaços.
Segundo a ESA, o ERS-2 forneceu dados a longo prazo sobre as superfícies da Terra, temperaturas dos oceanos, camada de ozono e extensão do gelo polar que “revolucionou nossa compreensão do sistema terrestre”.
“Ele nos forneceu novos conhecimentos sobre o nosso planeta, a química da nossa atmosfera, o comportamento dos nossos oceanos e os efeitos da atividade da humanidade no nosso ambiente – criando novas oportunidades para investigação e aplicações científicas”, disse a diretora dos Programas de Observação da Terra da ESA, Simonetta Cheli.
O ERS-2 e o seu antecessor ERS-1 foram os satélites mais sofisticados já desenvolvidos e lançados pela Europa.
“Os dados do patrimônio ERS ainda são amplamente utilizados hoje, principalmente em combinação com dados de missões mais recentes, uma vez que os registos de dados de longo prazo são, por exemplo, essenciais para identificar e compreender as mudanças no nosso clima”, disse o gestor do Programa Espacial do Patrimônio da ESA, Mirko Albani.
Veja também: Imagens da Terra feitas por satélites nos espaço
- 1 de 15As curvas das montanhas Anti-Atlas, em Marrocos. Crédito: Nasa/GSFC/METI/Ersdac/Jaros. And U.S./Japan Aster Science Team
- 2 de 15O lago Qinghai, o maior da China, no Planalto do Tibete Crédito: Nasa
- 3 de 15A cidade de Paris — a Torre Eiffel pode ser vista no centro à esquerda, na margem do Rio Sena. Crédito: Nasa/GSFC/METI/Ersdac/Jaros. And U.S./Japan Aster Science Team
- 4 de 15A intersecção entre a cidade de Sulayyil Sulayel e o deserto Rub' al Khali, na Arábia Saudita. Crédito: Nasa/JPL/UCSD/JSC
- 5 de 15Parque Nacional do Grand Canyon, nos Estados Unidos. Crédito: Nasa/GSFC/METI/Ersdac/Jaros. And U.S./Japan Aster Science Team
- 6 de 15Satélite da Nasa monitora geleiras, um dos indicadores dos níveis de aquecimento global. Essa é uma geleira na Patagônia. Crédito: Nasa
- 7 de 15A Grande Muralha da China, que tem uma extensão de aproximadamente 20.900 quilômetros. Crédito: Nasa/GSFC/METI/Ersdac/Jaros. And U.S./Japan Aster Science Team
- 8 de 15Rio Gurupi, no Maranhão, Brasil Crédito: Nasa
- 9 de 15A Cordilheira dos Andes, na América do Sul Crédito: Nasa
- 10 de 15O Grande Banco das Bahamas: imagem mostra as águas profundas de um cânion subaquático se misturando com as rasas do arquipélago. Crédito: Nasa/JPL/UCSD/JSC
- 11 de 15A Cordilheira dos Andes, na América do Sul Crédito: Nasa
- 12 de 15Mosteiro de Santo Antônio, em um oásis no Egito, em meio às montanhas do Mar Vermelho Crédito: Nasa/GSFC/METI/Ersdac/Jaros. And U.S./Japan Aster Science Team
- 13 de 15A ilha Sakhlin, na costa da Rússia, ao norte do Japão Crédito: Nasa/JPL/UCSD/JSC
- 14 de 15Local onde a margem de um lago colide com o deserto rochoso dos outbacks da Austrália Crédito: Nasa/JPL/UCSD/JSC
- 15 de 15No Golfo Pérsico, se juntam as águas dos rios Eufrates, Shatt Al-Arab e Karun. Crédito: Nasa/JPL/UCSD/JSC