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    Saiba quais devem ser as prioridades da Nasa no governo de Joe Biden

    Novo chefe da agência irá continuar nossos esforços de exploração espacial enquanto amplia as proteções ambientais para incluir o espaço sideral

    Rover da Nasa enviado para explorar Marte 'Perseverence'
    Rover da Nasa enviado para explorar Marte 'Perseverence' Foto: Divulgação/Nasa

    Arick Wierson, da CNN

    NOTA DO EDITOR: Moriba Jah é professor associado de Engenharia Aeroespacial e Engenharia Mecânica da Universidade do Texas em Austin. As opiniões expressas neste texto são dele.

    Como administrador da Nasa nos últimos dois anos e meio, Jim Bridenstine fez muitas coisas boas para a agência espacial, e uma delas foi ter sucesso em levar norte-americanos de volta ao espaço em foguetes que saíram dos Estados Unidos.

    Ele também definiu uma visão para a exploração especial pelo Programa Artemis, que busca a exploração humana do espaço, inicialmente focado em levar as pessoas de volta à lua e as mulheres lá pela primeira vez até 2024.

    Com a transição para o governo Biden, fica claro que haverá um novo administrador da Nasa colocado no lugar. É importante que este novo chefe se concentre em continuar nossos esforços de exploração espacial enquanto amplia as proteções ambientais para incluir o espaço sideral.

    Ou seja, sermos melhores administradores e guardiães da vida aqui na Terra e em outros corpos celestes.

    A questão é mais importante agora do que nunca, pois estamos no meio de uma nova corrida espacial, desta vez entre empresas de informação e tecnologia que buscam capitalizar em novos mercados e empurrar os limites da miniaturização, velocidade e tecnologia, com um espectro que vai da observação da Terra à internet global baseada em satélite.

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    Além disso, o Departamento de Defesa criou recentemente outro ramo de serviço chamado Força Espacial dos EUA, que fornecerá proteção e segurança para o comércio e atividades dos EUA no espaço.

    Com a atual pandemia, o governo Biden-Harris provavelmente estará menos focado na exploração espacial e no comércio do que o governo anterior.

    Mas dada a ênfase do novo governo na mudança climática, o novo administrador da Nasa poderia ser mais eficaz se concentrando em como os serviços, capacidades e atividades espaciais podem ajudar a garantir o ambientalismo alcançável. Muitos dos dados usados para monitorar e avaliar as mudanças climáticas, por exemplo, são coletados de ativos baseados no espaço.

    O espaço próximo à Terra no qual nossos satélites viajam está cada vez mais congestionado, deixando nossos ativos desprotegidos de perigos e ameaças de tráfego espacial. Se qualquer um dos satélites de coleta de dados de mudança climática sofrer danos causados pelo lixo espacial, isso diminuiria muito nossa capacidade de entender o escopo da sustentabilidade ambiental.

    Os administradores que chegarão à Nasa devem buscar maneiras de tornar o tráfego espacial mais previsível (onde ele está e onde estará nas rodovias orbitais), o que ajudará muito na segurança espacial. Com o amplo compartilhamento das localizações dos satélites e as manobras planejadas, o resto dos operadores de satélites podem planejar adequadamente.

    A estação espacial internacional está repleta de assistentes robóticos
    O astronauta Chris Cassidy na estação espacial internacional
    Foto: Reprodução/Nasa

    O tráfego espacial é crescente significativamente sem regras de tráfego espacial acordadas. Cada país é livre para usar o espaço, pacificamente, como desejar, mas, na órbita próxima à Terra, várias entidades se comportando individualmente sem uma estratégia podem resultar em tragédia.

    Uma diretiva de política de 2018 define a prioridade nacional para a consciência da situação espacial e gestão de tráfego para auxiliar a exploração e apoiar o comércio espacial, recentemente apoiado pelo Congresso sob o Departamento de Comércio do Escritório de Comércio Espacial.

    Este conhecimento é necessário para entender quando lançar um satélite e quando sair do caminho de uma possível colisão. O número de quase-acidentes previstos – qualquer par de objetos espaciais com previsão de chegar a 10 quilômetros um do outro – no espaço dobrou nos últimos dois anos, como pode ser visualizado no Serviço de Transmissão Conjunta (CSS) da Universidade do Texas em Austin. O próximo administrador da Nasa deve mitigar esse risco para a exploração espacial.

    É improvável que o próximo chefe da Nasa consiga continuar o caminho iniciado por Bridenstine com o Programa Artemis devido ao seu ambicioso cronograma e requisitos de financiamento. Mas o ambientalismo espacial é uma questão crítica a ser abordada e a Nasa tem um papel claro do ponto de vista científico e tecnológico.

    Sob o próximo administrador, a Nasa deve continuar a pesquisar energia limpa e aviação, ao mesmo tempo que ajuda a humanidade a compreender o impacto e o alcance das mudanças climáticas.

    (Texto traduzido, clique aqui para ler o original em inglês).