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    Popular entre os conservadores, aplicativo Parler voltará para a loja da Apple

    Decisão de retorno aconteceu nesta segunda-feira (19) após a rede social ter feito melhorias para detectar e moderar discurso de ódio e incitação à violência

    Brian Fung, CNN Business

    A Apple aprovou o retorno do Parler à App Store, loja de aplicativos iOS, após melhorias que a empresa de mídia social fez para detectar e moderar o discurso de ódio e incitação à violência, de acordo com uma carta que a fabricante do iPhone enviou ao Congresso dos Estados Unidos nesta segunda-feira (19).

    A decisão abre caminho para o Parler, um aplicativo popular entre os conservadores, incluindo alguns membros da extrema direita, ser baixado mais uma vez em dispositivos da Apple.

    A carta – dirigida ao senador Mike Lee e ao representante Ken Buck e obtida pela CNN – explicava que, uma vez que o Parler foi removido da plataforma da Apple, em janeiro, por violações de suas políticas, a empresa “propôs atualizações para seu aplicativo e as práticas de moderação de conteúdo do aplicativo”.

    Em 14 de abril, a equipe de revisão de aplicativos da Apple disse que as mudanças propostas eram suficientes. Agora, o Parler só precisa girar a chave. “A Apple prevê que o aplicativo Parler atualizado estará disponível imediatamente após o lançamento”, disse a carta.

    A Apple não quis comentar sobre a volta do Parler à App Store. A empresa do aplicativo também não respondeu imediatamente ao pedido de comentário.

    O Parler, uma alternativa ao Facebook e Twitter que se apresenta como um paraíso para a liberdade de expressão, foi removido das principais plataformas de tecnologia após os tumultos no Capitólio dos Estados Unidos, ocorridos no dia 6 de janeiro.

    O Parler foi expulso das lojas de aplicativos da Apple e do Google, bem como da Amazon Web Services, que hospedava o produto da empresa.

    Todos os três gigantes da tecnologia citaram a presença de discurso violento como motivo para a remoção. Mais tarde, outros fornecedores também cortaram os laços com a empresa, efetivamente fechando o serviço e tornando-o inacessível na web. Por várias semanas, os visitantes do site foram recebidos por uma página estática em vez de uma rede social em funcionamento.

    O aplicativo voltou ao ar em 15 de fevereiro, mas não antes de o CEO do Parler ser demitido pelo seu conselho de administração. Demorou mais dois meses para a Apple aprovar a restauração em sua loja virtual.

    Nesse ínterim, o Parler está travando uma batalha judicial contra a Amazon, alegando em parte que grandes empresas de tecnologia conspiraram para restringir seu acesso ao mercado. 

    Em processos judiciais e em outros lugares, o Parler informou que estava desenvolvendo um sistema de moderação de conteúdo baseado em inteligência artificial quando ocorreu a repressão das plataformas maiores.

    As empresas de tecnologia rejeitaram as acusações de Parler de comportamento anticompetitivo. Na carta desta segunda, a Apple enfatizou que a decisão de remoção em sua loja de aplicativos ocorreu de forma independente e que “não coordenou ou consultou o Google ou a Amazon com relação a essa decisão”.

    (Esse texto é uma tradução. Para ler o original, em inglês, clique aqui)

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