Parler processa Amazon por cortar armazenamento da plataforma
Rede social favorecida pela extrema-direita foi retirada das lojas do Google e da Apple
O Parler, rede social favorecida pela extrema-direita, processou a Amazon nesta segunda-feira (11) após perder o serviço de hospedagem da companhia, citando uma suposta violação antitruste, quebra de contrato e interferência com as relações empresariais da companhia com os usuários.
A ação pede a uma corte federal uma ordem de restrição temporária contra a Amazon e chama a decisão da Amazon Web Services (AWS) de “golpe fatal” ao Parler.
“Sem a AWS, o Parler está acabado, porque não há como deixá-lo online”, diz a ação. “E um atraso em conceder essa ordem de restrição temporária de um dia que seja pode ser um anúncio de morte ao Parler, conforme o presidente Trump e outros migram para outras plataformas”.
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O processo do Parler argumenta que a Amazon tentou, ilegalmente, restringir a competição ao eliminar um participante do mercado.
Ele também alega que a Amazon quebrou o contrato com o Parler ao não oferecer um aviso prévio de 30 dias —e que as ações da empresa interferem nas relações do Parler com os usuários atuais e futuros.
Em uma carta obtida pelo CNN Business, enviada à chefe de diretrizes do Parler, Amy Peikoff, no sábado (9), a Amazon Web Services diz que nas últimas semanas viu 98 exemplos de “publicações que claramente encorajam e incitam violência” no Parler. A carta inclui várias capturas de tela desses exemplos.
“Vimos um aumento constante de conteúdo violento no seu website, o que viola nossos termos de uso”, escreveu a AWS. “É claro que o Parler não tem um processo efetivo para cumprir os termos de serviço da AWS”.
A Amazon não respondeu imediatamente a um pedido de contato sobre esse processo.