Novas imagens de James Webb mostram “galáxia fantasma” a 32 milhões de anos-luz
O supertelescópio capturou imagens nítidas da galáxia espiralada em colaboração com o telescópio espacial Hubble
![Imagem da galáxia fantasma, a 32 milhões de anos-luz da Terra Imagem da galáxia fantasma, a 32 milhões de anos-luz da Terra](https://preprod.cnnbrasil.com.br/wp-content/uploads/sites/12/2022/08/Phantom_Galaxy_across_the_spectrum_article.jpg?w=960&h=597&crop=1)
O supertelescópio espacial James Webb enviou novas imagens da galáxia conhecida como “Phantom Galaxy M74”, ou “Galáxia Fantasma M74”, em português. A captura foi divulgada nesta segunda-feira (29) pela Agência Europeia Espacial (ESA).
As imagens mostram a riqueza de detalhes obtidos graças ao trabalho conjunto do James Webb com o telescópio espacial Hubble, o que permitiu observar melhor o núcleo da galáxia e as espirais formadas por filamentos de gás e poeira. A falta de gás na região nuclear da galáxia forneceu uma visão desobstruída do aglomerado de estrelas no centro da NGC 628, como também é conhecida a galáxia fantasma.
“A visão nítida do Hubble em comprimentos de onda ultravioleta e visível complementa a sensibilidade incomparável do Webb em comprimentos de onda infravermelhos, assim como observações de radiotelescópios terrestres, como o Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA)”, afirmou a agência em comunicado.
![](https://preprod.cnnbrasil.com.br/wp-content/uploads/sites/12/2022/08/Multi-observatory_views_of_M74_article.jpg?w=960)
Liderado pela Nasa, ESA e a Agência Espacial Canadense, o programa internacional Webb pretende resolver uma série de mistérios de nosso Sistema Solar olhando para lugares nunca antes observados pela humanidade.
Webb capturou a M74 com seu Mid-InfraRed Instrument (MIRI) –um dispositivo infravermelho– para coletar informações sobre as primeiras fases da formação de estrelas no Universo. Essas observações fazem parte de um esforço maior para mapear 19 galáxias formadoras de estrelas.
A agência explica que a colaboração das observações super precisas de Webb em comprimentos de onda mais longos permitirá aos astrônomos identificar “regiões de formação de estrelas nas galáxias, medir com precisão as massas e idades dos aglomerados de estrelas e obter informações sobre a natureza dos pequenos grãos de poeira à deriva no espaço interestelar”.
A combinação de dados de telescópio operando em todo o espectro eletromagnético é capaz de fornecer dados sobre objetos astronômicos de forma mais poderosa do que quando usado apenas um único observatório.
A galáxia fantasma já havia sido observada por Hubble anos antes e pelo astrônomo Gabriel Brammer, da Universidade de Copenhague, em julho deste ano, com mais riqueza de detalhes. Brammer utilizou dados captados pelo James Webb e divulgados pelo Space Telescope Institute.
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Com a ajuda de um software, o astrônomo coloriu a imagem formada pelos dados, já que as imagens obtidas pelo Mid-Infrared Instrument trabalham em um espectro que não conseguimos enxergar, o infravermelho. Não só as imagens de Brammer, mas todas as exuberantes imagens obtidas pelos telescópios recebem tratamento de cor para que seja possível enxergar os detalhes originalmente invisíveis a olho nu.