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    Nasa lançará três foguetes durante eclipse solar deste sábado

    Objetivo é investigar como a queda repentina da luz solar afeta a atmosfera superior

    O técnico mecânico John Peterson, do Wallops Flight Facility da NASA, e Barjatya verificam as seis barras que transportam os sensores científicos sensíveis após um teste de implantação de rotação bem-sucedido
    O técnico mecânico John Peterson, do Wallops Flight Facility da NASA, e Barjatya verificam as seis barras que transportam os sensores científicos sensíveis após um teste de implantação de rotação bem-sucedido Wallops Flight Facility da NASA/Berit Bland

    Renata Souzada CNN

    em São Paulo

    No sábado (14), durante o eclipse do Sol, a Nasa lançará três foguetes para estudar a atmosfera em meio ao fenômeno.

    O objetivo, segundo comunicado divulgado pela agência espacial, é investigar como a queda repentina da luz solar afeta a atmosfera superior.

    “Cada foguete implantará quatro pequenos instrumentos científicos que medirão mudanças nos campos elétricos e magnéticos, densidade e temperatura“, informa.

    De acordo com a Nasa, o eclipse fará com que o Sol diminua para 10% do seu brilho normal. Diferentemente de um eclipse total, em que toda a luz da estrela central é coberta pela Lua, o eclipse de sábado será anular — restando uma espécie de “anel de fogo”.

    Os foguetes da missão “Perturbações Atmosféricas ao Redor do Caminho do Eclipse”, ou APEP, serão lançados do Campo de Mísseis de White Sands, no Novo México, e é possível que pessoas na região consigam observar os objetos lançados em direção à sombra do eclipse.

    A ideia é de que o primeiro foguete seja lançado cerca de 35 minutos antes do pico do eclipse local, um durante o pico do eclipse e outro 35 minutos depois.

    Os veículos espaciais APEP farão medições entre 70 e 325 quilômetros acima do solo ao longo de sua trajetória, na região da ionosfera.

    “Se você pensar na ionosfera como um lago com algumas ondulações suaves, o eclipse é como um barco a motor que de repente rasga a água”, disse Aroh Barjatya, líder da missão e professor de engenharia física na Embry-Riddle Aeronautical University em Daytona Beach, na Flórida.

    “Ele cria uma esteira imediatamente abaixo e atrás dele, e então o nível da água sobe momentaneamente enquanto ela volta.”

    O eclipse solar poderá ser visto de todo o Brasil, sendo que algumas regiões do Norte e Nordeste estarão no caminho da anularidade. O restante do país poderá observar o fenômeno como parcial.