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    Nasa divulga vídeo com uma das primeiras galáxias do universo registradas em 3D pelo James Webb

    Cada 1 segundo do vídeo, que revela a distante galáxia de Maisie, equivale a viajar 200 milhões de anos-luz no conjunto de dados e possibilita ver 200 milhões de anos no passado

    Recorte do universo capturado pelo telescópio James Webb, com cerca de 5 mil galáxias registradas em 3 dimensões.
    Recorte do universo capturado pelo telescópio James Webb, com cerca de 5 mil galáxias registradas em 3 dimensões. Frank Summers (STScI), Greg Bacon (STScI), Joseph DePasquale (STScI), Leah Hustak (STScI), Joseph Olmsted (STScI), Alyssa Pagan (STScI)

    Gustavo Zanferda CNN

    A Nasa divulgou, na segunda-feira (10), um vídeo com cerca de 5.000 galáxias observadas pelo supertelescópio James Webb em 3 dimensões, como parte da pesquisa Cosmic Evolution Early Release Science (Ceers).

    O vídeo, que expõe a capacidade de Webb para observações extremamente profundas do universo, nos leva até a galáxia de Maisie, uma das primeiras galáxias brilhantes e que se formou apenas 390 milhões de anos após o big bang – há cerca de 13,4 bilhões de anos.

    Conforme o vídeo (final do texto) avança, a aparência das galáxias muda, já que objetos mais distantes são vistos em épocas muito remotas do universo, quando as galáxias eram menos desenvolvidas.

    O recorte destacado no vídeo é uma pequena parte da chamada Extended Groth Strip (Faixa Estendida de Groth), uma região que comporta as constelações de Ursa Maior e Boötes, originalmente observadas pelo telescópio espacial Hubble entre 2004 e 2005.

    Segundo a Nasa, a região observada conta com cerca de 100.000 galáxias, mas somente 5.000 foram mostradas.

    Cada 1 segundo do vídeo equivale a viajar 200 milhões de anos-luz no conjunto de dados e possibilita ver 200 milhões de anos no passado.

    Para Steven Finkelstein, da Universidade do Texas em Austin, principal investigador do programa Ceers, “essa observação excedeu nossas expectativas”.

    “O grande número de galáxias que estamos encontrando no início do universo está no topo de todas as previsões.”

    Galáxia de Maisie

    A galáxia de Maisie é alvo de grande interesse para astrônomos. Trata-se de uma das primeiras galáxias brilhantes e inimaginavelmente distantes observadas por James Webb.

    Sua imagem foi registrada graças a tecnologia do supertelescópio, capaz de capturar a luz das primeiras galáxias, cujos comprimentos de onda foram deslocados para ondas infravermelhas pela expansão do universo.

    “Não podíamos estudar galáxias como a de Maisie antes porque não podíamos vê-las. Agora, não só somos capazes de encontrá-las em nossas imagens, como também podemos descobrir de que são feitas e se diferem das galáxias que vemos por perto”, disse Rebecca Larson, do Rochester Institute of Technology em Rochester, Nova York.

    O antigo telescópio Hubble auxilia no estudo de imagens capturadas por Webb, já que, juntamente com dados da pesquisa Ceers, permite aos pesquisadores determinar quais galáxias estavam realmente distantes – as galáxias de interesse do universo inicial – e quais estavam próximas, mas que estão tão empoeiradas que sua luz visível foi obscurecida.

    O telescópio espacial James Webb é parte de um programa internacional liderado pela Nasa com a Agência Espacial Europeia (ESA) e a Agência Espacial Canadense.

    Webb é o principal observatório de ciência espacial do mundo e está resolvendo mistérios não só em nosso sistema solar, mas para além de mundos distantes, revelando imagens de misteriosas estruturas para o estudo das origens do universo.

    Veja o vídeo