Musk rebate Nasa sobre impacto de asteroide: ‘Precisamos de foguetes maiores’
Simulação da Nasa e da ESA apontou que seria impossível evitar impacto de asteroide na Terra; Musk discorda da conclusão
O empresário mais famoso e polêmico do ramo da tecnologia, Elon Musk, respondeu através de sua conta no Twitter os resultados de uma simulação recente da Nasa e da Agência Espacial Europeia (ESA), que concluiu ser impossível evitar o impacto de um grande asteroide com a Terra usando a tecnologia disponível atualmente.
One of many reasons why we need larger & more advanced rockets!
— Elon Musk (@elonmusk) May 2, 2021
Na simulação, foi criado um asteroide fictício de tamanho entre 35 e 500 metros, inicialmente a mais de 56 milhões quilômetros da Terra, mas que estaria se aproximando da órbita terrestre. Segundo as previsões do estudo, ele atingiria o planeta em cerca de seis meses após a sua descoberta, e seu impacto seria semelhante ao de uma bomba atômica. A conclusão da pesquisa afirma que seria impossível atravessar o espaço e chegar ao asteroide em tempo hábil para parar seu avanço.
Em sua publicação, o CEO da SpaceX e da Tesla, sugere que o problema poderia ser solucionado através de foguetes maiores com tecnologias mais avançadas. Entretanto, essa solução já havia sido aventada pela Nasa e pela ESA, que afirmaram ser possível tentar explodir o asteroide enviando um foguete munido de bombas nucleares – a conclusão sobre ela foi de que, devido às proporções do aerólito, ele poderia se fragmentar e pedaços cairíam sobre a Terra, atingindo diferentes locais e causando muitos problemas.
Musk não deu maiores detalhes sobre as tecnologias necessárias para a missão sugerida.
Simulação e resultados
A Nasa e a Agência Espacial Europeia fazem simulações esporádicas sobre possibilidades de impactos espaciais na Terra, como forma de se preparar para uma emergência real. Desta vez, escolheram estudar como seria a colisão entre a Terra e um Asteroide de grandes proporções.
Analisando a trajetória que seria feita pelo aerólito e suas dimensões, o impacto seria capaz de dizimar regiões da Europa. Devido aos resultados obtidos, as agências chegaram à conclusão de que a solução mais segura para mitigar o desastre seria evacuar as regiões previstas para destruição assim que identificada a possibilidade.
Esses exercícios ajudam membros da comunidade internacional de defesa da Terra a se comunicarem entre si e com seus governos para assegurar que estaríamos todos coordenados, no caso de uma ameaça de impacto seja identificada no futuro.
Lindley Johnson, do escritório de defesa da Nasa
No cenário fictício, a região atingida seria entre a Europa e o norte da África. Com a aproximação do asteroide, seria possível precisar melhor a região afetada, que seria entre a Alemanha, a República Checa e a Áustria.
*sob supervisão
*com informações de Tamires Vitorio, da CNN