Metade dos universitários brasileiros usa inteligência artificial, diz pesquisa
Cinco em cada dez estudantes brasileiros também acham que as universidades deveriam promover o uso de ferramentas de inteligência artificial para auxiliar nos trabalhos
Pouco mais da metade (52%) dos universitários brasileiros usa inteligência artificial (IA) nos estudos, de acordo com uma pesquisa global realizada pela Chegg.org, o braço sem fins lucrativos da empresa de tecnologia educacional Chegg.
Foram ouvidos mais de 11 mil estudantes universitários de 18 a 21 anos em 15 países, incluindo 1.010 estudantes no Brasil.
Os estudantes brasileiros estão acima da média global, de quatro em cada dez estudantes utilizando ferramentas de IA.
Dentre os estudantes brasileiros que disseram usar inteligência artificial, os principais objetivos são: entender conceitos ou matérias (59%), gerar rascunhos de trabalhos (53%) e pesquisar conteúdo para trabalhos ou projetos (52%).
As principais justificativas dos brasileiros para o uso da ferramenta são: aprender mais rápido (53%), liberar mais tempo livre (45%) e fazer um uso mais criativo da aprendizagem (44%).
Metade dos estudantes brasileiros acredita que as universidades deveriam promover o uso de ferramentas de inteligência artificial para auxiliar nos trabalhos. Enquanto 44% acredita que o seu uso deveria ser limitado, e apenas 7% acha que o uso de IA deveria ser banido nas universidades.
Mesmo a favor do uso, 48% dos estudantes que usam IA no Brasil se disseram preocupados com a possibilidade de receber uma resposta incorreta ou informação errada das ferramentas.
Ansiedade entre universitários
Dois em cada três estudantes universitários brasileiros (65%) afirmaram sentir ansiedade diariamente, segundo os dados da pesquisa.
A porcentagem é a segunda maior dentre os países participantes, ficando atrás apenas dos Estados Unidos (68%).
A maioria dos estudantes brasileiros (59%) também afirmou não dormir o suficiente. E quase metade (47%) disseram não estar sendo capazes de manter hábitos saudáveis, mesmo que apenas 10% considerem estar mantendo hábitos que não sejam saudáveis.
Dentre os ouvidos, 34% dos estudantes brasileiros também disse ter problemas em conhecer novas pessoas e fazer novos amigos.
No entanto, dentre todos os países, os estudantes brasileiros foram os que menos declararam ter sofrido burnout acadêmico, com apenas 15%. Na Coreia do Sul, esta porcentagem chega a 70%.
A pesquisa também questionou aos estudantes se eles consideravam seu país um bom lugar para se viver, 66% dos brasileiros disseram que sim, 17% foram indiferentes e 17% respondeu que não.