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    Mesmo antes de sair, auxílio de R$ 600 já motiva tentativas de golpe no WhatsApp

    O Ministério da Cidadania confirmou que é falsa a publicação sobre um possível cadastramento para "Auxílio Emergencial 2020"

    Painel em Brasília alerta para o novo coronavírus
    Painel em Brasília alerta para o novo coronavírus Foto: Ueslei Marcelino - 24.mar.2020/Reuters

    Jairo Nascimento

    Da CNN, no Rio

    O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ainda não publicou a sanção do projeto de lei sobre o pagamento do auxílio de R$ 600 para trabalhadores informais, apelidado de “coronavoucher”, mas hackers já estão aproveitando o momento para aplicar golpes. Links com informações falsas têm sido compartilhados pelo WhatsApp prometendo a distribuição do dinheiro de forma fácil. Quem clica expõe todos os dados salvos no celular para a ação de criminosos. 

    O Ministério da Cidadania confirmou que é falsa a publicação sobre um possível cadastramento para “Auxílio Emergencial 2020, no valor de R$ 1.200, do governo federal”.  O ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni (DEM), disse que o dinheiro será entregue por meio de agências da Caixa Econômica quando a medida for aprovada. Segundo ele, a forma para o resgate do dinheiro será divulgada amplamente.  

    De acordo com Allan Costa, especialista em cibersegurança, “as pessoas acham que os hackers trabalham com tecnologias ultra sofisticadas para aplicar os golpes, isso é equivocado. Eles trabalham com a dificuldade de agir de forma racional. Já vivemos isso em outras tragédias. A dica é o nosso comportamento que abre a porta para que sejamos vítimas de fraudes”.  

    Nossos celulares contêm informações preciosas para golpistas. Basta um clique para se expor.  

    “A página é igual à do governo federal ou de instituições federais, embora ela tenha sido feita para copiar informações como nome, RG, CPF, etc. A pessoa acha que está na página oficial, ele [criminoso] pode usar essas informações para resgatar a conta de e-mail, abrir conta bancária”, explica Costa.  

    Para o especialista, a melhor medida para fugir do engano é a desconfiança. “Sempre conferir a informação que a gente recebe se é verdadeira. Antes de clicar, vai ali na internet, pesquisa se aquela informação faz sentido. A informação que nos ajuda a nos prevenir contra esses golpes também circula muito rápido”, ensina.  

    De acordo com a proposta, o “coronavoucher” poderá será pago a 54 milhões de pessoas por três meses. O número pode aumentar se houver um novo entendimento do governo com os legisladores. Se enquadram os inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, microempreendedor individual, quem tem renda familiar mensal per capita de até meio salário mínimo ou renda familiar mensal total de até três salários mínimos, entre outros.