James Webb: saiba tudo sobre o telescópio mais poderoso já construído
JWST foi feito para estudar cada fase da história do Universo, desde o Big Bang até a evolução do nosso próprio sistema
O Telescópio Espacial James Webb (também conhecido como JWST ou Webb) é a ferramenta mais atualizada que temos em relação à observação do espaço. Usando a tecnologia do infravermelho, o instrumento em órbita do Sol consegue obter imagens da infância do cosmos.
Sucessor do Telescópio Hubble, o JWST visa estudar todas as fases da formação do Universo. A investigação começa nas primeiras luzes depois do Big Bang e vai até o surgimento de sistemas solares capazes de suportar vida em planetas, como a Terra.
O telescópio também consegue acompanhar a evolução do nosso próprio Sistema Solar.
“Next Generation Space Telescope”
O Telescópio é fruto de uma colaboração internacional entre a Agência Espacial dos Estados Unidos (Nasa), a Agência Espacial Europeia (ESA) e a Agência Espacial Canadense (CSA).
No começo de seu desenvolvimento, era chamado de “Next Generation Space Telescope” (NGST). Entretanto, em 2002, seu nome foi alterado para James Webb, em homenagem ao diretor na Nasa entre 1961 e 1968.
Sucessor do Telescópio Hubble, lançado em 1990, o JWST traz a tecnologia do infravermelho, que permite uma visualização mais extensa que a do primeiro, que utiliza a radiação ultravioleta para obter imagens. Além disso, o Webb orbita o Sol, estando a 1,5 milhão de quilômetros, enquanto o Hubble está girando em torno da Terra.
O JWST começou sua operação no dia 25 de dezembro de 2021, quando foi lançado de uma base na Guiana Francesa.
Objetivos do James Webb
O Telescópio foi construído para estudar cada fase da história do Universo, desde sua grande expansão até a evolução do nosso próprio Sistema Solar.
As metas do Webb são, segundo a Nasa, buscar as primeiras galáxias ou objetos luminosos formados após o Big Bang; determinar como elas evoluíram; observar a formação de estrelas a partir dos primeiros estágios até a formação de sistemas planetários; medir as propriedades físicas e químicas desses sistemas (incluindo o Sistema Solar); e investigar o potencial para vida nesses conjunto de corpos celestes.
Inovações do maior telescópio espacial
As ondas do infravermelho são mais longas, permitindo que através do JWST se observe mais de perto a formação das primeiras galáxias. Além disso, a tecnologia permite olhar dentro de nuvens de poeira, onde estrelas e sistemas planetários estão se formando hoje.
Por ter um espelho grande, de 6,5 metros, o James Webb consegue uma grande quantidade de detalhes, mais do que o Hubble oferece. Isso acontece porque a qualidade das imagens está diretamente relacionada ao tamanho da área do espelho.
Ainda, ele usa uma proteção para fontes externas de calor, como as vindas do Sol, mantendo o Telescópio frio. Isso possibilita que ele visualize a luz infravermelha de objetos fracos e muito distantes. A Nasa afirma que “O Webb possui um escudo solar de 5 camadas, do tamanho de uma quadra de tênis, que age como um guarda-sol, fornecendo sombra”.
Até agora, o Telescópio Espacial James Webb já permitiu visualizações, por exemplo, dos famosos “Pilares da Criação”; de uma protoestrela; possibilitou a descoberta de duas galáxias distantes; de um pequeno asteroide entre Marte e Júpiter; registrou imagens da Nebulosa de Órion; de uma explosão um milhão de vezes mais brilhante que a Via Láctea; detectou ouro após uma fusão de estrelas de nêutrons; e muitas outras descobertas.