Influencer criada por inteligência artificial é alvo de comentários machistas em redes sociais
Milla Sofia não existe na vida real, mas já acumula quase 52 mil seguidores no Instagram
Milla Sofia, uma influencer digital criada pela inteligência artificial (IA), se tornou mais um alvo de comentários machistas e misóginos em suas publicações nas redes sociais.
No Instagram, onde a influencer-robô soma quase 52 mil seguidores, são compartilhadas diversas fotos criadas e ambientadas por meio da tecnologia. No perfil, Milla se descreve como uma “garota” de 24 anos de idade e moradora de Helsinque, na capital da Finlândia.
E mesmo informando que não é real, Sofia recebe uma enxurrada de comentários sexistas e pedidos inusitados como de casamento, para que ela participe do Miss Universo ou mesmo cantadas de homens que dizem sonhar com ela e que ela é realmente “abençoada”.
https://www.instagram.com/p/CsqeMHqIstS/
“Quanto custa uma robô destas?”, “Você ganharia 1 milhão para largar a vida de influencer e ser minha mulher?”, “Você tem tudo que o brasileiro gosta e precisa”, são apenas alguns dos milhares de comentários em suas publicações.
Inacreditável, mas não inédito
Milla Sofia não é a primeira e nem será a última robô criada pela IA a sofrer comentários deste tipo. Inclusive, empresas de diversos segmentos, que desenvolvem chatbots para ajudar seus clientes a lidarem com suas soluções, já anunciaram a criação de medidas adicionais, após suas assistentes tecnológicas passarem pelo mesmo tipo de constrangimento digital.
O assunto é tão complexo que nem mesmo as big techs, os grandes conglomerados de empresas da área de tecnologia, escapam de tais situações, uma vez que há confirmação de ocorrências desta natureza envolvendo as já conhecidas Alexa, Siri e outras ferramentas virtuais de apoio ao usuário.
Úteis, mas inexistentes
É importante relembrar que este tipo de ferramenta não tem necessariamente um gênero definido, embora tenha uma aparência virtual, um nome e seja do tipo “machine learning”. Ou seja, a tecnologia é programada para auxiliar o usuário, sendo aprimorada a cada nova situação ou informação adicionada em sua programação, não importando o quão humana, machista ou constrangedora elas possam ser.