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    Google diz que vai incluir funções de IA generativa em resultados de busca em breve

    Recurso permitiria empresa reter usuários em sua plataforma

    Por Supantha Mukherjee e Martin Coulter, da Reuters

    O Google anunciou nesta quarta-feira (8) que em breve adicionará recursos generativos de inteligência artificial nos resultados de busca, um dia depois que a Microsoft apresentou planos para integrar respostas semelhantes às produzidas pelo chatbot ChatGPT ao seu mecanismo de busca Bing.

    Adicionar IA generativa — que cria texto ou respostas visuais como um humano — às buscas online permitiria ao Google reter usuários em sua plataforma, fornecendo respostas personalizadas às perguntas dos usuários e protegendo seus negócios com venda de espaço publicitário.

    O Google disse que a IA generativa permitirá que os usuários interajam com as informações de “maneiras totalmente novas”.

    “Ela pode ajudar um padeiro a colaborar com um cliente em um design de um bolo, ou um fabricante de brinquedos a sonhar com uma nova criação”, disse o vice-presidente sênior do Google, Prabhakar Raghavan, em evento em Paris.

    “À medida que continuamos a trazer tecnologias de IA generativas para nossos produtos, o único limite para a pesquisa será sua imaginação.”

    O Google revelou na segunda-feira o serviço de chatbot “Bard”, de olho no risco de que o ChatGPT possa alterar a forma como os usuários buscam informações na internet, o que atingiria seus negócios de venda de publicidade.

    O Bard está disponível apenas para alguns “parceiros externos confiáveis”, mas o lançamento já enfrentou problemas, pois o próprio anúncio online do Google mostrou o chatbot fornecendo respostas imprecisas.

    A OpenAI, com sede em San Francisco, apoiada pela Microsoft, abriu seu chatbot ChatGPT para testes públicos gratuitos em novembro. A ferramenta ganhou popularidade em poucos dias e a Microsoft agora planeja usar a tecnologia para alimentar seu mecanismo de busca Bing.

    Os analistas levantaram preocupações de que uma integração com o Bing possa afastar os usuários do mecanismo de busca do Google, que gerou mais de 100 bilhões de dólares em receita no ano passado.

    O negócio de anúncios é o maior gerador de recursos da Alphabet, respondendo por cerca de 80% da receita anual da empresa.

    A Microsoft espera que cada ponto percentual de participação que ganhar traga US$ 2 bilhões em receita de publicidade em buscas.

    A batalha pela inteligência artificial está esquentando enquanto a União Europeia se prepara para regular a tecnologia por meio de sua própria Lei de IA.

    Além das buscas, o Google também apresentou várias melhorias no Maps, visualizações internas, pesquisa e tradução de imagens — todas usando recursos de inteligência artificial de alguma forma.

    “A IA também está tornando muito mais natural entender e explorar o mundo real”, disse Raghavan.

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