Fusão de galáxias forma objeto monstruoso mais brilhante do Universo; entenda
Quasares atraem grande quantidade de matéria que emitem luminosidade possível de ser vista na Terra
Astrônomos identificaram duas galáxias que estão em fusão há 12,8 bilhões de anos e notaram indicações de que elas formarão um dos objetos mais brilhantes do universo: um quasar.
Esses corpos descritos como monstruosos pelos pesquisadores geram uma interação gravitacional que atrai matéria para o buraco negro no centro de uma das galáxias — ou nos de ambas — gerando uma atividade extremamente luminosa.
Os quasares (abreviação quasi-stellar object — objeto quase-estelar, em português) brilham porque atraem grandes quantidades de gás e poeira para o buraco negro de suas galáxias. Quando capturadas, eles formam um disco de acreção — estrutura formada em movimento orbital ao redor de um corpo.
Essa matéria entra em um movimento de alta velocidade, gerando um grande aquecimento — emitindo enormes quantidades de radiação eletromagnética, que pode ser vista a bilhões de anos-luz de distância, inclusive por telescópios na superfície da Terra.
Para confirmar se o que estavam observando era realmente um quasar a equipe de pesquisadores usou as informações do radiotelescópio Alma (Atacama Large Millimeter Array), localizado no Chile, para estudar um corpo já conhecido e comparar com as galáxias investigadas no estudo.
Com os dados obtidos, também conseguiram medir a quantidade de gás presente, que é o material para a formação de novas estrelas. Por existir em grande quantidade, a mensuração identificou que a fusão também desencadeará um rápido aumento repentino — conhecido como explosão — na formação de estrelas.
O estudo dos quasares como este publicado no The Astrophysical Journal ajuda a entender a evolução inicial de galáxias e buracos negros no Universo primitivo.
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