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    Extinção de animais gigantes afetou evolução, diz estudo

    Desaparecimentos de mamutes, preguiças-gigantes e de outros grandes mamíferos teria alterado a vida de plantas e animais

    Pedro N. Jordãoda CNN , São Paulo

    A extinção em escala global de mamíferos gigantes, de 50 a 10 mil anos atrás, reduziu a interação entre espécies diferentes, deixando vestígios no processo de evolução, aponta estudo da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

    Após o desaparecimento dos mega-animais as sementes de plantas e animais carnívoros reduziram de tamanho para se adaptar a um mundo sem essa megafauna, responsável pela dispersão de sementes e alimentação de grandes predadores.

    Além disso, muitas plantas, antes consumidas por enormes herbívoros, passaram a ser controladas somente pelo fogo.

    Fazem parte dos animais extintos a que o estudo se refere, por exemplo, mamutes, preguiças-gigantes e outros grandes mamíferos que viveram entre 2,5 milhões e 11,7 mil anos atrás.

    A pesquisa da Unicamp foi publicada na terça-feira (12) na revista científica “Annual Review of Earth and Planetary Sciences”.

    “A partir do momento em que a megafauna sumiu, as sementes grandes não tinham mais capacidade de serem dispersas para longe da planta, o que diminuiu suas chances de germinação”, diz Mathias Mistretta Pires, autor do estudo.

    Assim, é possível que os animais menores tenham passado a selecionar sementes menores, dando a elas mais chances no processo de evolução das espécies.

    Algo semelhante teria ocorrido também com grandes predadores carnívoros, como felinos com dentes de sabre e leões-das-cavernas, que, sem presas gigantes, acabaram entrando em extinção.

    No lugar deles, sobreviveram predadores com presas menores, como a onça-pintada e onça-parda, capazes de sobreviver com presas menores.

    Veja também – Brasil tem mais de 1.200 espécies ameaçadas de extinção

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