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    Estudo mostra animal que já hibernava para sobreviver ao frio há milhões de anos

    Lystrosaurus possuíam presas como as de elefantes e um bico parecido com o de tartarugas, e deveria ter mais ou menos o tamanho de um porco.

    Lauren M. Johnson , da CNN

    Novas pesquisas sugerem que espécies de Lystrosaurus que andavam sobre a Terra junto com os dinossauros entravam em um estado semelhante à hibernação para sobreviver a regiões frias como o que se considera hoje a Antártica.

    O Lystrosaurus é um animal que se parece com os atuais mamíferos e viveram no período Triássico Inferior (entre 252,17 milhões de anos e 247,2 milhões de anos atrás). Eles viveram sobre o que hoje conhecemos com a Índia, África do Sul e Antártica há muito tempo atrás. Eles possuíam presas como as de elefantes e um bico parecido com o de tartarugas, e deveria ter mais ou menos o tamanho de um porco.

    Cientistas da Universidade de Washington usaram fósseis das presas desse animal para testar as diferenças de desgaste entre espécies que viviam em climas polares e outras que viviam em climas mais quentes, como no continente africano. As presas são as chaves pois elas podem determinar períodos da vida de um animal, de forma semelhante aos anéis em troncos de árvore.

    Eles encontraram marcas de estresse consistentes com as de animais que passam por períodos de torpor ou descanso prolongado, como a hibernação, o que torna o registro a marca mais antiga já estudada.

    “Esses achados preliminares indicam que entrar em estado de hibernação não é um tipo novo de adaptação, e sim muito antiga”, afirma Megan Whitney, a principal autora da pesquisa, uma doutoranda em biologia pela Universidade de Washington, em uma nota à imprensa.

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    “Para ver os sinais específicos de desgaste e tensão causados pela hibernação, você precisa observar algo que possa fossilizar e que cresceu constantemente durante a vida do animal”, disse o coautor Christian Sidor, professor de biologia na Universidade de Washington. “Muitos animais não possuem estruturas assim, mas felizmente o Lystrosaurus tem.”

    Os cientistas também acreditam que isso pode explicar o porquê de o animal ter sobrevivido à extinção em massa no fim do período Permiano, que extinguiu praticamente 70% dos animais vertebrados terrestres.

    Os pesquisadores disseram que ainda não podem provar que o Lystrosaurus passava por uma hibernação como a que se conhece hoje, o estresse pode ter sido causado por outra forma de torpor prolongado.

    “O que observamos nas presas de Lystrosaurus antárticos se encaixa em um padrão de pequenos ‘eventos reativos’ metabólicos, durante um período de estresse, o que é muito similar àquilo que vemos em animais de sangue quente que hibernam hoje em dia”, disse Whitney. As descobertas foram publicadas em um artigo na Communications Biology Journal em 27 de agosto.

    (Texto traduzido. Clique aqui para ler o original em inglês)

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