Espaçonave que tombou para o lado na Lua está “viva e bem”, diz empresa
O módulo robótico não tripulado alcançou a superfície lunar na quinta-feira (22) após um pouso tenso
O módulo robótico de pouso batizado de Odysseus está “vivo e bem”, mas descansando de lado um dia após um pouso tenso como a primeira espaçonave particular a alcançar a superfície lunar e a primeira dos Estados Unidos desde 1972, disse a empresa responsável pelo veículo nesta sexta-feira (23).
O presidente-executivo da Intuitive Machines, sediada em Houston, que construiu e pilotou o módulo de pouso, afirmou que acredita-se que o veículo tenha prendido uma de suas seis pernas de pouso na superfície lunar durante sua descida final e tombou, parando apoiado de lado em uma rocha.
Ainda assim, o CEO Stephen Altemus afirmou que o Odysseus “está estável perto ou no nosso local de pouso pretendido” perto de uma cratera chamada Malapert A, na região do polo sul da Lua.
“Estamos em comunicação com o módulo lunar” e enviando comandos para o veículo, disse Altemus, acrescentando que as equipes estavam trabalhando para obter as primeiras imagens fotográficas da superfície lunar no local de pouso.
Uma breve atualização sobre o status da missão publicada no site da empresa mais cedo nesta sexta-feira descreveu o Odysseus como “vivo e bem”.
A empresa havia dito pouco depois do pouso na quinta-feira que os sinais de rádio indicavam que o Odysseus havia pousado em posição vertical, mas Atlemus disse que essa conclusão errônea foi baseada na telemetria anterior ao pouso.
O diretor da missão da Intuitive Machines, Tim Crain, disse que a espaçonave, queimando um combustível de propulsão de metano líquido e oxigênio líquido pela primeira vez no espaço, “teve um desempenho impecável” durante seu voo para a Lua.
Altemus disse que a recarga da espaçonave estava operando adequadamente a partir de energia solar e estava 100% carregada.
O módulo robótico de seis pernas não tripulado alcançou a superfície lunar na véspera após um pouso tenso, que envolveu um problema com o sistema de navegação do módulo lunar que exigiu que engenheiros em solo implementassem, de última hora, uma solução alternativa não testada.
O veículo carrega um conjunto de instrumentos científicos para a Nasa e vários clientes comerciais, projetados para operar por sete dias com energia solar antes que o Sol se ponha sobre o local de pouso.