‘Enche de esperança’, diz pesquisador sobre molécula encontrada em Vênus
“Vênus não tem camada de ozônio, então há muita radiação ultravioleta. Tudo isso contribui para a degradação da molécula," disse Ivan Lima, da Nasa
Uma pesquisa feita em colaboração internacional por cientistas dos Estados Unidos, Reino Unido e Japão encontrou indícios de que pode existir vida em Vênus. A descoberta de uma molécula que pode indicar atividade vital no planeta pegou cientistas de surpresa.
Pesquisador do Instituto Blue Marble, da Nasa, o brasileiro Ivan Lima observa que aquela molécula não deveria estar lá.
“Na terra, o gás surge por ação humano ou de micro organismo. Em Vênus, essa molécula não deveria estar ali. Atmosfera do planeta é cheia de ácido sulfúrico, é um ambiente muito inóspito,” disse Lima.
“Vênus não tem camada de ozônio, então há muita radiação ultravioleta. Tudo isso contribui para a degradação da molécula.”
Os pesquisadores encontraram gás fosfina na atmosfera do segundo planeta do sistema solar. O gás incolor e altamente tóxico é considerado uma bioassinatura, ou seja, um forte indicador de presença de vida.
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Lima explica que a fosfina já foi encontrada em planetas como Júpiter e Saturno, mas que a descoberta em Vênus chama atenção pelas condições do local e da proximidade com a terra.
Apesar da descoberta, Lima ressalta que isso ainda não é “evidência de vida em Vênus”, mas abre espaço para investigações mais profundas.
“Uma descoberta com essa já é transformadora pois detectamos isso em nosso vizinho cósmico, uma prova que o universo é rico. A descoberta nos enche de esperança para procurar por vida em outros planetas.”