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    Em reunião, funcionários do Twitter levantam questões sobre venda da empresa

    Empregados da rede social perguntaram sobre planos de Elon Musk, possível volta de Trump e mudanças na compensação salarial

    Clare DuffyDonnie O'Sullivando CNN Business

    Elon Musk anunciou oficialmente que comprará o Twitter, e os funcionários da empresa têm questionamentos.

    Em uma reunião na tarde desta segunda-feira (25) com o CEO Parag Agrawal e o presidente do conselho Bret Taylor, os funcionários da rede social levantaram questões sobre tudo, desde o que o acordo significaria para sua compensação salarial até se o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump poderia retornar à plataforma, de acordo com áudio do encontro obtido pela CNN.

    A reunião ocorreu depois que o conselho do Twitter anunciou que havia chegado a um acordo para vender a empresa a Musk por US$ 44 bilhões, ou US$ 54,20 por ação.

    O acordo encerra um ciclo de notícias no qual o CEO da Tesla e da SpaceX se tornou um dos maiores acionistas do Twitter, foi oferecido e recusou um assento em seu conselho e apresentou uma oferta para comprar a empresa – tudo em menos de um mês – e coloca o maior homem mais rico do mundo no comando de uma das redes sociais mais influentes.

    Também levanta grandes questões sobre como as mudanças propostas por Musk para a plataforma, incluindo o afrouxamento das restrições de conteúdo, tomarão forma.

    Agrawal, que está no comando do Twitter há apenas quatro meses, disse aos funcionários que não esperem grandes mudanças antes do fechamento do acordo, que deve acontecer até o fim deste ano.

    O CEO também disse que “não há planos para demissões neste momento” e que as políticas de trabalho remoto do Twitter continuam em vigor.

    “Entre agora e o fechamento (do acordo), continuaremos tomando decisões como sempre fizemos, guiados pelos princípios que tivemos”, disse ele. “Isso não significa que as coisas não vão mudar, as coisas estão mudando… Eu tenho falado sobre impulsionar mudanças positivas na empresa e continuarei fazendo isso porque isso nos torna melhores e mais fortes”.

    Agrawal disse que a liderança do Twitter buscaria encontrar tempo para os funcionários fazerem perguntas diretamente a Musk, e acrescentou que espera passar um tempo com o bilionário sobre os princípios que nortearam as decisões do Twitter.

    Em resposta à pergunta sobre Trump, removido do Twitter no início do ano passado por violar suas políticas de incitação à violência após o motim do Capitólio, Agrawal disse à equipe que é algo que eles deveriam perguntar a Musk e disse: “Assim que o negócio for fechado, saberemos em que direção a plataforma irá”.

    Um funcionário perguntou o que a aquisição de Musk poderia significar para o “compromisso responsável e ético” da inteligência artificial do Twitter. “Somos vistos como líderes na indústria na área e atraimos algumas das melhores e mais brilhantes mentes do setor, mas parece que as visões do novo comando são diferentes”, disse;

    Agrawal chamou esse trabalho de “crítico para o Twitter poder atender nossos clientes” e disse que “precisamos continuar fazendo esse trabalho”.

    Outros funcionários perguntaram o que a aquisição de Musk poderia significar para retenção e desgaste de funcionários. O acordo ocorre em um momento em que já existe uma concorrência acirrada por talentos no mercado de trabalho, especialmente na indústria de tecnologia.

    “Este é realmente um período de incerteza”, disse Agrawal. “Todos vocês têm sentimentos e opiniões diferentes sobre esta notícia, muitos de vocês estão preocupados, alguns estão animados, muitas pessoas aqui estão esperando para entender como isso acontece e têm a mente aberta… Se trabalharmos juntos, não teremos que nos preocupar em perder o núcleo do que torna o Twitter poderoso”.

    Mais tarde na ligação, Agrawal disse estar “otimista” sobre o futuro da empresa. “Ele (Musk) quer que o Twitter seja uma força poderosa e positiva no mundo, assim como todos nós”, disse o CEO.

    De sua parte, Musk disse em um comunicado na segunda que “a liberdade de expressão é a base de uma democracia em funcionamento, e o Twitter é a praça da cidade digital onde são debatidos assuntos vitais para o futuro da humanidade”. Ele acrescentou que “o Twitter tem um tremendo potencial”.

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