Conheça casos em que o quebra-cabeças da ciência não se encaixou na primeira vez
Nem pássaro nem dinossauro, pesquisadores descobrem que animal preservado em âmbar era um pequeno lagarto. Confira outras histórias curiosas
Os cientistas são exploradores do desconhecido, buscando entender o mundo como ele existe agora e há milhões de anos.
É uma tarefa complicada e isso significa que os pesquisadores às vezes erram. E tudo bem. Na verdade, é ótimo. A investigação criativa e sistemática é a forma como a ciência avança e aprendemos mais sobre o nosso planeta Terra. Confira alguns casos em que as peças do quebra-cabeça da ciência não se encaixaram da primeira vez.
Criaturas fantásticas
Com dentes pontiagudos e olhos esbugalhados, este minúsculo animal pré-histórico preso em um pedaço de âmbar fez um grande barulho quando chegou às manchetes no ano passado. Os paleontólogos achavam que o sujeito era um dinossauro do tamanho de um beija-flor.
Mas acontece que o espécime não era nem pássaro nem dinossauro, mas um pequeno lagarto, com seu focinho amassado em forma de bico com o passar do tempo.
Segundo os pesquisadores, o crânio ficou deformado à medida que o âmbar, feito de pedaços de resina de árvore que escorria da antiga casca, endureceu ao redor, ampliando as feições de pássaro. Um segundo espécime em âmbar que preservou escamas e tecidos moles mostrou características semelhantes às de um lagarto, mas os cientistas disseram que ele era diferente de qualquer lagarto vivo hoje.
Olhe para cima
Em outro caso em que os cientistas inicialmente não acertaram, os astrônomos finalmente resolveram um antigo mistério celestial.
Betelgeuse, uma estrela brilhante na constelação de Orion, escureceu no final de 2019 e no início de 2020, uma mudança visível a olho nu que intrigou a comunidade espacial.
Alguns pensaram que a estrela estava prestes a se tornar uma supernova – uma explosão poderosa no final de sua vida e um fenômeno não testemunhado desde 1600.
Mas novas imagens revelaram exatamente o que estava afetando a estrela.
Segredos do oceano
Os tubarões são uma das criaturas mais antigas da natureza – eles nadaram pelos oceanos da Terra muito antes dos dinossauros se arrastarem ao redor do planeta. No entanto, antigamente havia muito mais predadores dentuços.
Cerca de 19 milhões de anos atrás, cerca de 90% dos tubarões de oceano aberto morreram, descobriu uma nova pesquisa. Isso é o dobro do número que desapareceu durante a extinção em massa que condenou os dinossauros há 66 milhões de anos.
Os cientistas não sabem exatamente por que esse evento aconteceu, mas eles têm algumas teorias intrigantes. Descobrir mais sobre essa extinção pode ajudar os pesquisadores a entender melhor as repercussões do declínio nas populações de tubarões de hoje.
Desafiando a gravidade
Pense em um dia estressante no trabalho e depois imagine usar um traje espacial de mais de 130 quilos para o seu trabalho – e apenas uma placa de vidro separando você do infinito vazio escuro do universo.
Uma atualização poderosa e muito necessária para a Estação Espacial Internacional, que orbita a Terra há mais de duas décadas, deu errado esta semana. Atrasos técnicos durante uma caminhada no espaço de quase sete horas deixaram os dois astronautas sem tempo suficiente para instalar os dois primeiros dos seis painéis em um novo conjunto de painéis solares, de acordo com a Nasa.
Perto do fim de sua expectativa de vida, a estação e seu papel como o único local para uma presença humana contínua no espaço está chegando ao fim. A China, que há muito foi excluída do projeto, lançou com sucesso três astronautas em órbita na quinta-feira (17). A tripulação de três homens atracou com Tianhe, o módulo central da estação espacial novata da China, lançada em maio.
É a primeira missão tripulada da China em quase cinco anos e vai durar três meses, tornando-se a mais longa para o ambicioso programa espacial do país. A estação espacial deve ser concluída em 2022.
O clima mudou
Visitei o Lago Mead, um enorme reservatório na fronteira entre Nevada e Arizona, nos Estados Unidos, quando adolescente, em uma viagem de família em um trailer em meados da década de 1990. Nadando na água azul límpida, lembro-me vividamente de uma sensação de profundidade sob meus pés. Não muito depois, em 2000, foi a última vez que o Lago Mead foi considerado cheio.
Agora está em seu nível mais baixo desde que foi preenchido na década de 1930. Esta semana, o reservatório estava com 36% da capacidade – cerca de 44 metros abaixo de “cheio”, um déficit aproximadamente da altura da Estátua da Liberdade. Os especialistas culpam a seca alimentada pelas mudanças climáticas e o aumento da demanda por água entre 25 milhões de pessoas que dependem do Lago Mead para abastecimento.
Os cientistas dizem que o lago pode nunca mais ficar cheio.
Este é um texto traduzido, para ler o original, em inglês, clique aqui.