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    Cientistas alemães fazem camundongo com paralisia andar novamente

    Pesquisadores da Ruhr University Bocum conseguiram estimular as células nervosas paralisadas de camundongos a se regenerarem usando uma proteína artificial

    Roedor volta andar após um dano completo na medula espinhal
    Roedor volta andar após um dano completo na medula espinhal Foto: REUTERS/Leon Kuegeler

    Stephane Nitschke e Zuzanna Szymanska,

    da Reuters

    Pesquisadores alemães possibilitaram que camundongos que tiveram seus membros paralisados devido a traumas na medula espinhal andassem novamente, reestabelencendo uma ligação neural que até o momento era considerada irreparável em mamíferos. Eles utilizaram uma proteína artificial desenhada para ser injetada no cérebro. 

    Danos na medula espinhal em humanos, geralmente causados por práticas esportivas ou acidentes de trânsito, os deixam paralisados pois nem todas as fibras dos nervos que carregam informações entre os músculos e o cérebro conseguem se regenerar.

     

    Mas os pesquisadores da Ruhr University Bocum conseguiram estimular as células nervosas paralisadas de camundongos a se regenerarem usando uma proteína artificial.

    “Uma coisa interessante sobre o nosso estudo é que a proteína não foi utilizado apenas para estimular estas células nervosas a produzirem por si próprias, mas também acabou auxiliando em processos mais adentro do cérebro”, disse o líder da equipe, Dietmar Fischer, em entrevista à Reuters.

    Camundongo
    Um dos camundongos participando do tratamento
    Foto: REUTERS/Leon Kuegeler

    “Dessa forma, com uma intervenção relativamente pequena, estimulamos um número grande de nervos a se regenerar e essa é a razão global de o rato poder andar novamente.”

    Os roedores paralisados que receberam o tratamento começaram a andar de dois a três meses depois, ele disse.

    O tratemento envolve injetar transportadores de informação genética para o cérebro, de forma que ele possa produzir a proteína chamada hyper-interleukin-6, de acordo com o site da universidade.

     

    A equipe está investigando se o tratamento pode ser aperfeiçoado.

    “Também temos de entender se nosso método funciona em mamíferos maiores. Pensamos em porcos, cães ou primatas, por exemplo,” disse Fischer.

    “Então, se funcionar nestes animais, teríamos de entender se a terapia é segura para humanos também. Mas isso levará, com certeza, muitos e muitos anos”.