Chuva de meteoros Orionids poderá ser observada nesta semana
Fenômeno é originado pelos detritos deixados pelo Cometa Halley; melhor dia para observar é a próxima quarta-feira (21)
A madrugada da próxima quarta-feira (21) será iluminada pelo pico máximo da melhor chuva de meteoros do mês de outubro para 2020: Orionids. O fenômeno é originado dos detritos deixados pelas passagens do Cometa Halley, visível na Terra a cada 75 anos, e costuma ser observado todos os anos, de outubro a novembro.
O fenômeno poderá ser observado ao longo da semana, mas o melhor período é a madrugada de quarta (21).
Em média, esta chuva apresenta 10 meteoros por hora, que chegam a 66km por segundo. Neste ano, é possível que o número seja ainda maior: a expectativa é que entre 20 e 25 meteoros sejam vistos por hora. No céu, a localização da chuva deve partir da constelação de Orion – sendo seu centro, apelidado de Cinturão de Orion, popularmente conhecido como as “Três Marias”.
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Para visualizá-la, é necessário evitar locais com muita poluição luminosa. Noites com lua cheia não são favoráveis, pois o brilho intenso atrapalha a observação (neste dia, a lua estará 23% cheia). O fenômeno poderá ser visto praticamente em todo o território brasileiro, sendo o melhor horário sempre depois da meia-noite.
As informações são de Marcelo de Cicco, astrônomo especialista em meteoros, mestre em ciências e pesquisador do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia). Ele também é coordenador do projeto Exoss, voltado para o estudo de meteoros e bólidos (meteoros muito brilhantes que podem se fragmentar ou explodir) – e que faz parte do doutorado do Observatório Nacional.
“A chuva de meteoros ocorre quando a Terra intercepta a órbita de um cometa. Neste caso, os meteoros são pedaços desprendidos dos cometas, e as datas em que estas chuvas de meteoros ocorrem podem tornarem-se previsíveis”, explicou Marcelo à CNN.
A Orionids é uma das principais chuvas de meteoros que podem ser observadas no Brasil, juntamente com a Lirids, Delta e Eta aquariids, Taurids e Leonids.
(*Sob supervisão Giovanna Bronze)