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    China diz que irá defender seus interesses após Reino Unido banir 5G da Huawei

    A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China Hua Chunying disse que a decisão foi impulsionada pela politização de questões comerciais

    Da Reuters

    A China afirmou nesta quarta-feira (15) que tomará todas as medidas necessárias para salvaguardar seus interesses, após decisão do Reino Unido de proibir todos os componentes da Huawei Technologies na rede 5G britânica até o final de 2027.

    A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China Hua Chunying disse a repórteres que a China se opõe fortemente à decisão britânica, e afirmou que a decisão foi impulsionada pela politização de questões comerciais e tecnológicas, e não pela segurança nacional.

    O anúncio feito pelo governo britânico nesta terça-feira (14) significa uma reviravolta em relação à decisão de janeiro de permitir que a gigante chinesa de telecomunicações fornecesse o equivalente a até 35% da infraestrutura da rede super-rápida de conexão wireless.

    Mas a decisão do primeiro-ministro Boris Johnson não agradou a todos os parlamentares contrários à Huawei. Eles queriam que a empresa fosse excluída no menor tempo possível, mas as operadoras de telecom do país, como a BT e a Vodafone, terão até 2027 para excluir equipamentos já adquiridos e instalados. As companhias alertavam para o risco de interrupção brusca do serviço.

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    A decisão também permite que equipamentos da Huawei para a rede 5G sejam adquiridos até o fim deste ano, enquanto os que funcionam para as redes 2G, 3G e 4G poderão continuar a ser utilizados.

    O principal inimigo da Huawei é o presidente americano, Donald Trump, que acusa os chineses de praticarem espionagem empresarial a partir de seus equipamentos nas redes de internet. O governo chinês e a Huawei negam as acusações.

    Em nota, a Huawei afirmou que a decisão do governo britânico “é uma má notícia para qualquer pessoa com um celular no Reino Unido. Ameaça jogar o país em rede lenta, encarecer as contas e aprofundar a divisão digital”. E afirma que se tratou de uma decisão política, e não de segurança.

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