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    Centenas de funcionários da Activision Blizzard pedem demissão de CEO

    Bobby Kotick, CEO da empresa desde 1991, é acusado de ser complacente com denúncias de assédio sexual e discriminação de gênero

    Rishi Iyengardo CNN Business

    Bobby Kotick, CEO de longa data da Activision Blizzard, está enfrentando uma pressão cada vez maior de seus funcionários para renunciar ao cargo em meio a escândalos de assédio sexual dentro da empresa, uma das mais populares desenvolvedoras de jogos eletrônicos.

    Mais de 800 funcionários da Activision Blizzard assinaram uma petição pedindo a renúncia de Kotick. O abaixo-assinado, lançado na última quinta-feira (18), diz “não ter mais confiança” na liderança de Kotick.

    “Pedimos que Bobby Kotick renuncie ao cargo de CEO da Activision Blizzard e que os acionistas possam selecionar um novo CEO sem a indicação de Bobby, que sabemos que possui uma parte substancial dos direitos de voto dos acionistas”, diz a petição.

    A Activision Blizzard – que detém títulos muito populares como “Call of Duty”, “World of Warcraft” e “Candy Crush” – está há meses num escândalo de assédio sexual e discriminação e atualmente está sob o escrutínio de diversas agências governamentais dos EUA.

    Um porta-voz da Activision Blizzars disse, em resposta à petição, que a empresa estava “totalmente comprometida em promover um ambiente seguro, inclusivo e gratificante” para seus 9,5 mil funcionários no mundo todo.

    “Apoiamos o direito dos funcionários de expressar suas opiniões e preocupações de maneira segura e respeitosa, sem medo de retaliação”, disse o porta-voz.

    A petição chega dois dias depois que mais de 100 funcionários organizaram uma greve pedindo a renúncia de Kotick.

    A greve, que foi a segunda na empresa em menos de seis meses, veio como resposta a uma reportagem do Wall Street Journal indicando que o CEO estava ciente há anos das questões de assédio e discriminação. A reportagem citou documentos internos da empresa, além de pessoas familiarizadas com o assunto.

    Em comunicado aos funcionários, Kotick disse que a reportagem do Wall Street Journal “pinta uma visão imprecisa e enganosa de nossa empresa, de mim e de minha liderança”. Ele acrescentou que “qualquer um que duvide de minha convicção de tornar esse o local mais acolhedor e inclusivo, não percebe como isso é importante para mim”.

    Embora a reportagem tenha renovado as tensões entre os funcionários, até o momento o conselho administrativo da Activision Blizzard manteve Kotick.

    “O Conselho segue confiante na liderança, compromisso e habilidade de Bobby Kotick” para lidar com os problemas de longa data e em andamento na empresa, como assédio e discriminação, disseram em comunicado na última terça-feira (16).

    Kotick, que é CEO da Activision desde 1991, inclusive no período da fusão com a Blizzard em 2008, tem trabalhado em modo de controle de danos durante a maior parte do ano.

    No mês passado, ele anunciou intenções em reduzir seu salário de US$ 155 milhões – um dos maiores corporativos nos EUA – para “a menor quantia que a legislação da Califórnia permita” até que a empresa resolva seus problemas com discriminação de gênero e assédio. Se o Conselho aprovar, isso significa que seu salário cairia para US$ 62.500

    (Texto traduzido. Leia o original aqui.)

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