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    Cachorros têm consciência? Cientistas dizem que há uma boa chance

    Estudo sugere que os animais, assim como humanos, têm consciência e provavelmente entendem consequências de seus atos

    Christy Somos, da CTVNews

    Um novo estudo sugere que cachorros, assim como os humanos, têm consciência e provavelmente compreendem as consequências de suas ações. 

    As descobertas, publicadas no periódico Scientific Reports na última quinta-feira (18), dizem que os cachorros são capazes de demonstrar “consciência corporal”, uma manifestação de autoimagem. 

    Autoimagem é o conceito que descreve como você se enxerga, a imagem que tem em sua cabeça de si mesmo —uma construção da sua própria identidade.

    Parte desse conceito é a “consciência corporal” ou “consciência física” —um reconhecimento de como o seu corpo se relaciona com o espaço físico. O estudo diz que bebês a partir de cinco meses de idade são capazes de reconhecer as próprias pernas se mexendo em um vídeo, como exemplo. 

    “A consciência corporal, que é a habilidade de guardar informações sobre o próprio corpo na nossa mente, como um objeto explícito, em relação a outros objetos no mundo pode ser considerado um dos blocos fundamentais da construção da representação de si”, diz o estudo. 

    E enquanto é aceito, de maneira geral, que a maior parte das espécie possui algum sentido básico de autopercepção, a consciência corporal é um traço que é distintivamente aplicado aos humanos, e cientistas têm tentado descobrir se os animais a possuem também. 

    Cachorros têm “habilidades cognitivas complexas muito bem provadas”, como empatia e aprendizado social, o que faz deles o objeto de estudo ideal, diz o estudo. 

    Os cientistas testaram 54 cachorros ao colocá-los num tapete pequeno e comandá-los a pegar e entregar um objeto a seus donos. Os objetos estavam ou grudados ao tapete ou ao chão sob o tapete nas condições do teste. 

    No primeiro teste, os pesquisadores grudaram uma bola ao tapete e pediram para que os cachorros dessem a bola ao dono. Como o objeto estava grudado, o animal não poderia levar a bola a não ser que saísse de cima do tapete primeiro. 

    Muitos dos cachorros perceberam o problema e saíram do tapete para completar a tarefa —um sinal de terem “consciência corporal”, diz o estudo. 

    No segundo teste, os pesquisadores grudaram a bola no chão sob o tapete e comandaram os cachorros a entregarem o objeto a seus donos. Isso era para ver se os animais entendem a diferença entre “há um obstáculo”, versus “meu corpo é o obstáculo”. 

    Nessa situação, os cachorros saíram menos dos tapetes, o que o estudo sugere que significa que os cães conseguem reconhecer quando o corpo deles é ou não é um obstáculo para o comando que receberam. 

    Os pesquisadores dizem que os cachorros mostraram “a primeira evidência convincente de consciência corporal através do entendimento das consequências das próprias ações em uma espécie em que nenhuma capacidade de autoimagem de alta ordem havia sido encontrada anteriormente”. 

    Os estudiosos também disseram que a pesquisa também mostra que os cachorros podem ser capazes de registrar a própria ação e as consequências dela —de maneira diferente de outros estímulos externos. 

    Os autores acreditam que essa descoberta os ajudará a testar consciência corporal em outras espécies animais no futuro. 

    (Texto traduzido, leia o original em inglês)

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