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    Após crítica, Elon Musk quer montar equipe para criar “rival” do ChatGPT, diz portal

    Bilionário diz que ferramenta de inteligência artificial da OpenAI tem "filtros éticos" e critica a busca por "lucros máximos"

    Musk foi cofundador da OpenAI, dona do ChatGPT, em 2015, mas deixou a empresa em 2018 após desentendimentos
    Musk foi cofundador da OpenAI, dona do ChatGPT, em 2015, mas deixou a empresa em 2018 após desentendimentos CNN

    Flávia Martinsda CNN

    Elon Musk está envolvido em mais uma polêmica.

    Pode parecer que não há nenhuma novidade nesta afirmação, mas depois dos altos e baixos com a Tesla e o Twitter, a situação agora envolve a última moda do mundo “tech”.

    Nos últimos dias, o bilionário procurou especialistas de inteligência artificial para montar seu próprio laboratório de pesquisas e fazer frente ao ChatGPT, da OpenAI. As informações são do site Information.

    Segundo o jornal, o chefe da Tesla e do Twitter quer recrutar Igor Babuschkin, um dos grandes nomes do mercado que deixou a unidade DeepMind AI, da Alphabet, dona do Google.

    Musk e Babuschkin discutiram a montagem de uma equipe, mas o projeto ainda está nos estágios iniciais, sem nenhum plano concreto para desenvolver produtos específicos, disse a reportagem citando uma entrevista com Babuschkin.

    O pesquisador ainda acrescentou que não se juntou oficialmente à iniciativa com Musk.

    O lançamento do ChatGPT em dezembro de 2022 encantou o público e deu lugar a uma corrida global das “Big Techs” para expandir os esforços e avanços em torno da inteligência artificial.

    Recentemente, o Google e a Microsoft tentaram lançar ferramentas com a tecnologia, mas ainda sem avanços comparáveis aos da OpenAI.

     

    Musk x OpenAI

    Musk fundou a OpenAI com Sam Altman em 2015, mas deixou a empresa em 2018 por discordar do direcionamento que ela estava tomando. No entanto, apesar de já ter dito que o chat era “assustadoramente bom”, ele não tem poupado críticas à ferramenta.

    Basicamente, o ChatGPT é um chat de texto abastecido por inteligência artificial, que reponde a qualquer pergunta feita pelo usuário, desde “Como foi criado o universo?” até “Quantos países existem no mundo?”.

    E uma infinidade de perguntas, exige uma infinidade de respostas – que podem não agradar a todos.

    Segundo o Information, Musk diz que o chat é treinado para ser “woke”. A palavra em inglês é geralmente utilizada para descrever quem tem consciência social em relação a questões como racismo, sexismo, homofobia, entre outros tipos de lutas e causas.

    Musk, que se diz defensor da liberdade de expressão, é apoiado por uma legião de conservadores que apontam que as ferramentas de inteligência artificial generativa têm usado filtros de moderação que a impedem, por exemplo, de contar piadas sobre mulheres e drag queens.

    Especialistas, no entanto, dizem que os filtros são necessários para mitigar a perpetração de linguagens e discursos de ódio contra minorias.

    Além da questão dos “filtros éticos”, o bilionário confronta frequentemente o desvio que a OpenAI fez da sua proposta inicial de não ter fins lucrativos, o que levou a que ela fosse controlada pela Microsoft.

    Em um tweet recente, ele afirmou: “A OpenAI foi criada como uma empresa de código aberto (é por isso que a chamei de ‘Open’ AI), uma empresa sem fins lucrativos para servir de contrapeso ao Google, mas agora se tornou uma empresa de código fechado e lucro máximo efetivamente controlada pela Microsoft. Não é o que eu pretendia”.

    No fim de janeiro, a Microsoft e a OpenAI anunciaram uma “extensão de parceria” com benefícios mútuos com trocas de serviços como armazenamento em nuvem e modelos de linguagem de IA.

    A Microsoft já havia feito investimentos na empresa em 2019 e 2021.