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    Após ataque, 90% das empresas vítimas de ransomware pagariam resgate, diz relatório

    Este tipo de ciberataque consiste no “sequestro” e na encriptação dos dados, que só podem ser recuperados por meio do pagamento de um resgate

    João Guerreiro Rodriguesda CNN

    Um relatório da empresa russa de cibrsegurança Kaspersky revela que cerca de 88% das empresas que já sofreram um ataque de ransomware admitem que optariam por pagar o resgate caso voltassem a ser atacadas.

    Este tipo de ciberataque consiste no “sequestro” e na encriptação dos dados, que só podem ser recuperados por meio do pagamento de um resgate.

    “O ransomware tornou-se uma ameaça crítica para as organizações. Surgem regularmente novas versões de ataque e os grupos APT utilizam-nas em ataques avançados. Até mesmo uma infeção acidental pode causar problemas a uma empresa. E como se trata da continuidade de um negócio, os executivos são forçados a tomar decisões difíceis sobre o pagamento ou não do resgate”, afirma Sergei Martsynkyan, vice-presidente da Kaspersky.

    O número diminuiu, no entanto, quando se tratam de organizações que não sofreram um sequestro dos dados da empresa.

    Nestas organizações, apenas 67% dos líderes empresariais admitem escolher a opção de pagar imediatamente pelo resgate dos dados roubados, embora estejam menos inclinados para o fazer de forma imediata.

    Cerca de dois terços das empresas que participaram no inquérito, aproximadamente 64%, admitem já ter sido vítimas do ataque.

    Dentro deste grupo, cerca de 97% dos que pagaram o resgate aos hackers admitem que esta é a forma mais eficaz de recuperar os dados e afirmam estar dispostos a fazê-lo de novo.

    Porém, os especialistas alertam que não é recomendado dar dinheiro a cibercriminosos, uma vez que não é certo que os dados encriptados venham a ser devolvidos, acabando por motivar novos ataques por parte dos hackers.

    “É importante que as empresas sigam princípios de segurança básicos e olhem para soluções de segurança fiáveis que minimizem o risco de sofrer um ataque de ransomware”, alerta Martsynkyan.

    Tendências no cibercrime

    A Kaspersky admite também ter detetado três novas tendências entre os grupos criminosos que utilizam o ransomware como arma.

    A primeira, explicam os especialistas, é a utilização de “capacidades multiplataforma”, com o objetivo de atingir o maior número de sistemas possível com o mesmo vírus.

    Uma outra tendência,observada pelos especialistas desde o final de 2021, é que, buscando facilitar as operações destes grupos criminosos, os piratas têm levado a cabo rebrandings regulares, confundindo e desviando a atenção das autoridades. Além disso, atualizam com frequência as ferramentas de exfiltração de dados.

    O impacto da guerra entre a Rússia e a Ucrânia também afetou severamente o mundo do cibercrime, com vários grupos avançados de ameaça persistente (apelidados de APIT) sendo monitorizados em vários fóruns de cibercrime em várias ações de ransomware relacionadas com a situação.

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