“Anywhere office” é tendência que veio para ficar, diz Patrícia Travassos

Com as medidas adicionais de isolamento e proteção determinadas em muitos lugares para controlar o avanço da variante Ômicron da Covid-19, o “anywhere office”, ou trabalho sem fronteira, ganhou força e mostrou ser uma tendência que veio para ficar.

A Especialista CNN em tecnologia, Patrícia Travassos, falou nesta quarta-feira (9) sobre esse conceito, destacando o fato de que dez países da América Latina, incluindo o Brasil, anunciaram recentemente programas voltados para nômades digitais – profissionais que conseguem trabalhar remotamente por meio da tecnologia.

“A tecnologia derrubou barreiras geográficas, abriu o mercado de trabalho para brasileiros atuarem fora do país – muitas vezes sem saírem do lugar –, e também para talentos estrangeiros se estabelecerem aqui oficialmente, mesmo sem vínculo empregatício no Brasil”, disse Travassos.

Neste segundo cenário, para obter o visto temporário de residente no Brasil os estrangeiros precisam comprovar renda mínima de US$ 1,5 mil (cerca de R$ 7,8 mil) por mês ou ter uma conta bancária com o equivalente a US$ 18 mil (R$ 94,4 mil).

Já para os brasileiros que desejam atuar em empresas no exterior, a Especialista CNN considera que os “horizontes estão se ampliando cada vez mais no mundo digital”.

“No último ano, os brasileiros bateram recorde de inscrição num programa do governo da Estônia que fornece identidade digital para empreendedores e freelancers de todo o mundo que queriam atuar no mercado europeu mesmo sem endereço fixo por lá”, disse.

“Atualmente, já são 900 brasileiro que abriram 200 empresas por meio deste programa de residência digital.”

Para Travassos, o ambiente digital da Estônia também estimula a pensarmos neste universo paralelo que está sendo criado – o Metaverso –, mas isso é tema para outra análise.

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